Rui Rio: para que não restem dúvidas sobre o que aí vem

Fotografia: Luís Barra@Expresso

Nas jornadas parlamentares, na segunda-feira, Rui Rio e Santana Lopes falaram aos deputados à porta fechada. No final da intervenção do antigo autarca do Porto, alguns deputados relataram que Rio disse que teria “feito igual ou pior” no lugar de Maria Luís Albuquerque para manter as contas públicas em ordem.

Questionado pela Lusa, o candidato à liderança do PSD esclareceu o contexto da afirmação, que partiu de uma pergunta do deputado Paulo Rios – que apoia Rui Rio -, que o questionou se iria haver uma rutura e como é que um grupo parlamentar alinhado numa determinada política – desenhada por Passos Coelho – poderia defender outra completamente contrária.

“Na resposta, expliquei que não há mudança de rumo, estamos no mesmo partido”, disse, salientando que desde sempre, até enquanto deputado na Assembleia da República, defendeu o rigor das contas públicas.

Tendo Maria Luís Albuquerque à sua frente na sala das jornadas, Rui Rio dirigiu-se depois à deputada e vice-presidente, dizendo que, apesar de terem tido muitas divergências no passado, “nunca contestou o rumo seguido”.

“Comigo se estivesse nesse lugar o rumo seria inalterável. Não sei se disse ‘pior’, eventualmente mais inflexível no rigor”, afirmou, acrescentando que sempre foi o que defendeu toda a sua vida.

[via Expresso]

Paulo Trigo Pereira

na sua primeira intervenção como deputado independente pelo PS, lembrando a legitimidade democrática não apenas  do Governo cessante como do que se posiciona para ser empossado, e fazendo a Passos Coelho duas perguntas fundamentais. Aqui.
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O dia em que a dívida pública aumentou 153 milhões

Sem se conhecerem os planos de pagamento, são contas de mercearia mas, mais milhão menos milhão, o grande sucesso da compra de 3000 milhões de euros a 5,11%  corresponde a um aumento da dívida pública na casa dos 153 milhões.

É esta a parte do preço de uma coisa que ninguém sabe exactamente o que será, mas que leva o epíteto de “saída limpa”, e que se soma a anteriores “sucessos”.

Mas apesar de tanto “sucesso”, há fortes contradições no discurso e nos factos, o que indicia que algo vai mal no reino da Dinamarca. [Read more…]

Assembleia do absurdo

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Paulo Macedo responde às perguntas sobre a actual política financeira do Estado (austeridade e sustentabilidade da dívida pública) com respostas sobre a obra já feita pelo seu Ministério. Isto no âmbito de uma interpelação ao Governo em que também os partidos da coligação que governa aproveitam a cobertura mediática para fazer propaganda (perguntando e respondendo).

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“O que o país precisa para superar esta situação de dificuldade não é de mais austeridade. Portugal já vive em austeridade.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

Ainda havia material para mais uns textos e lá voltaremos, o mais tardar, em 2015. Já sabem responder-me a esta pergunta?

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“A politica de privatizações em Portugal será criminosa nos próximos anos se visar apenas vender activos ao desbarato para arranjar dinheiro.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Não se pode manter o país a gerir a austeridade sem reforma estrutural, sem crescimento.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Eu penso que não é dito que os salários mais baixos da função publica possam não perder poder de compra, isto é serem actualizados apenas pelo nível da inflação; e portanto só há duas maneiras de fazer isto: tributar mais, também, o capital financeiro, com certeza que sim.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Aqueles que hoje cumprem, esses não têm a ajuda de ninguém, esses pagam a crise. Esses têm de pagar mais impostos.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“…. de tratar os Portugueses à bruta e de lhes dizer: agora não há outra solução, nós temos um défice muito grande e os senhores vão ter que o pagar.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
Visto aqui e lido aqui.

(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Na prática estão a preparar-se para aumentar a carga fiscal. Como? Reduzindo as deduções que nós podemos fazer em sede de IRS.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Não sou a favor de mais impostos. Acho que o Estado tem que dar o exemplo. Nós não devemos aumentar os impostos. O orçamento que foi apresentado na AR este ano, de alguma maneira, vai buscar a quem não pode fugir. E portanto precisamos de um Governo não socialista em Portugal.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

Artur Baptista da Silva é candidato a Primeiro-Ministro

Coelhartur“Não podemos aumentar esta receita aumentando mais os impostos, porque de cada vez que tivemos um problema de finanças públicas em Portugal, a receita foi sempre a mesma: foi a de pôr as famílias e as empresas a pagar mais impostos.”

Pedro Passos Coelho, candidato a Primeiro-Ministro
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(continua)

BPN: mais um desvio de 500 milhões de fundos públicos

 

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Há notícias pouco precisas sobre o investimento público na nacionalização do BPN. Umas vezes fala-se de 4,7 mil milhões de euros, outras de 5,2 mil M. Independente do valor ser o primeiro ou o segundo, foi, de facto,  uma operação pesada e desastrosa para as finanças públicas, feita pela CGD com o aval do Estado (Ministério das Finanças). O argumento do governo sustentou-se no objectivo de evitar o abalo do sistema financeiro nacional. Conversa fiada!

A imprensa dita de referência, DN, Expresso e Público, anuncia a hipótese – mais do que certa, obviamente – do Governo investir no BPN mais 500 M de euros, cerca de 0,3% do PIB, para resolver a “insuficiência de capitais e a falta de cumprimento de rácios prudenciais” denunciadas pelo Banco de Portugal. [Read more…]

TGV – ‘No money no honey’

 

Sei que o provérbio, de origem anglo-saxónica, tem conotações com práticas de prostíbulo – ‘no money no sex’ é a forma menos eufemística de retirar a ideia de prazeres libidinosos a desventurados sem vintém.

Todavia, como outros, tal adágio é generalizável a inúmeros contextos. Pode, por exemplo, ser alternativa para caracterizar a decisão de anular o concurso da ligação Lisboa-Poceirão, A obra deste troço integrava-se no projecto do TGV, cuja realização, no todo, parece condenada a adiamento até data indeterminada.

Todos os cortes de despesa deste género, na conjuntura actual, constituem desfechos esperados. E, por maioria de razão, o ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mendonça, deveria ser o primeiro a saber, atempadamente, da inevitabilidade da decisão governamental; poupar-se-ia, ele próprio, à triste figura de, em Julho passado, se ter deslocado a Badajoz para acompanhar os testes de carga da ligação por TGV entre Lisboa e Madrid.  

A somar ao erro político, o ministro, até por formação, jamais poderia ter ignorado os gastos para o erário público de actos inúteis. Sem se excluir, é claro, os ‘custos de oportunidade’ gerados, dessa forma, por si próprio e pela comitiva de acompanhantes. São comitivas normalmente numerosas e cujos participantes, na maioria, usufruem de remunerações do Estado.