
O armamento moderno, nomeadamente os mísseis disparados por submarinos, aviões ou viaturas terrestres, têm hoje um grau de precisão quase milimetrico. Quando atingem uma maternidade, como ontem aconteceu em Mariupol, fazem-no com intenção, revelando a crueldade de quem não hesita em disparar sobre crianças para garantir que o pânico e o medo aterrorizarão todos os que ousarem enfrentar o regime.
Desde Moscovo, Putin ameaça com o seu imenso poderio nuclear quem se atreva a entrar no conflito. Lá dentro, esmaga o idealismo daqueles que ainda não perceberam que a resistência durará enquanto a monstruosa criatura não quiser carregar no acelerador. Bombardear uma maternidade é um aviso à navegação, para que não restem dúvidas sobre o nível de violência que estão preparados para exercer. Cá fora, entre gritinhos e anuncios de guerras económicas sem precedentes, os mais liberais dos governantes do centro da Europa não conseguem embargar o petróleo e o gás russo, porque, alegam, não têm alternativa. E, como não têm alternativa, dizem eles, continuam a financiar a invasão da Ucrânia. Como financiamos a invasão da Georgia ou a ocupação da Crimeia. A crueldade do nosso fornecedor de energia não nasceu há 15 dias.
Acham mesmo que Putin está a perder?
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