Dizem-nos que “a comunicação social já está quase toda a usar a nova ortografia” e garantem-nos que “a adoção [sic] do AO está em curso acelerado“.
Convém refrear o entusiasmo.
Segundo nos informam, “[e]sta notícia foi escrita nos termos do Acordo Ortográfico”. Parece que esta também. No Correio da Manhã, escrevem ‘pára’ e assumem. Hoje, no Diário da República, mais três ocorrências de ‘fato’ em vez de ‘facto’. Na TVI, “Tino comenta o fato [sic] de não ter ficado nomeado” e a FERLAP pronuncia-se sobre “o fato [sic] de o Ministério da Educação…”. N’A Bola, o “curso” da “adoção [sic]” da “nova ortografia” é tão acelerado que até se despistam nas traduções (sem a elegância de Hänninen).
Efectivamente, está na altura de o baile parar.
??? Sou visceralmente contra o AO, mas os títulos de jornal apresentados parecem-me correctos – a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo “parar” é “pára”, assim, com acento, quer antes quer depois do AO…
Caro Luís Belard da Fonseca, segundo a base IX, 9.º do AO90, não se distingue «pelo acento gráfico: para (á), flexão de parar, e para, preposição»,
http://aventar.eu/2013/01/21/a-apreensao-da-logica-e-da-substancia/
João Belard tem razão – a mesma frase com para sem acento dá uma interpretação mais complicada que a de há pouco tempo do “de” e “da” para os autarcas e o nº de mandatos – há limites para o servilismo do AO que aliás nem está em vigor mesmo que jornalistas que já escreviam mal antes “de” se tenham apressado a escrever bem pior – a degradação do país não reside só aí no OA e no servilismo para com o brasilês
brasilês ou crioulo do brasil ?