A falácia do casamento gay -2

Como seria de esperar os comentários críticos ao meu texto “A falácia do casamento gay” assentaram nos seguintes argumentos.1) discriminação,2) afectivas /humanitárias,3) demagógica! Quanto ao argumento de que os gays são discriminados por razão da sua orientação sexual, julgo que ficou claro que não são de todo.Um gay pode casar se o fizer com uma pessoa do sexo diferente.Está rigorosamente em pé de igualdade com qualquer outra pessoa. Da mesma forma que um negro não pode dizer que é a sua condição de ser negro que lhe dá acesso ao casamento.Não!É por ser homem e querer casar com uma mulher.O mesmo se aplica às mulheres como é óbvio!As razões afectivas tentam desencadear sentimentos de compaixão pelas pessoas a quem supostamente é impedido o acesso ao casamento, como se lhes fosse negado o acesso à felicidade.Ora casar não é sinónimo de felicidade!E depois invoca-se ( em certa medida tambem o faço)a generalidade das pessoas que aceitam o casamento gay o que, não sei se é assim tão verdade.Eu próprio tendo a apresentar como fim pacífico de conversa algo como “se isso os faz felizes pois assim seja”! Mas há uma questão que é muito importante para muita gente e que raramente é invocada.São as questões inerentes à adulteração do casamento civil tal como o conhecemos, eliminando-se a sua marca mais importante (entre um homem e uma mulher)!Para muita gente o casamento é a célula principal (estaminal chama-lhe o Prof Paulo Pulido Adragão) da sociedade.Não pode ser de ânimo leve que os políticos mudem radicalmente um conceito social de tal importância sem que o povo seja ouvido!E a dignidade dos homosexuais e a sua segurança jurídica e patrimonial já está garantida com o conceito “uniões de facto dos homosexuais”!

Comments

  1. Sobre os argumentos apresentados, já disse o que havia para dizer no comentário ao post anterior (talvez em breve aborde a matéria em texto próprio). Se é preciso que se ouça o povo, que sim, que se ouça. Faça-se um referendo. Já agora, aproveitemos para perguntar se o povo é a favor do casamento entre homens e mulheres, entre brancos e negros (ou amarelos), e de outros direitos civis. Até mesmo, porque não, se é a favor da liberdade. Afinal, algumas pessoas não são livres de casar com quem desejam.

  2. Luis Moreira says:

    Podem casar com quem desejam desde que sejam de sexos opostos.Se forem do mesmo sexo unem-se! Quanto á cor o que se quer dizer é que ele pode casar desde que seja com uma mulher, não por ser negro .É uma boa discussão e é preciso conhecer os argumentos prós e contra.

  3. Claro Luís, “podem casar com quem desejam desde que sejam de sexos opostos”. Mas “não são livres de casar com quem desejam”.

  4. Luis Moreira says:

    Mas José, é preciso saber se a adulteração do casamento tal como o conhecemos vale essa questão.Têm outros conceitos de união.O casamento é entre sexos diferentes com o intuito de procriar.Um gago tambem não pode ser pivot de telejornal.Há regras em toda a nossa vida.

  5. […] demagógica! Quanto ao argumento de que os gays são discriminados … fique por dentro clique aqui. Fonte: […]

  6. Caro Luis, o senhor simplesmente baseia os seus argumentos no facto de normalmente o casamento ser entre um homem e uma mulher… Mas lá porque foi/era/é assim, não significa que não possa mudar.A discriminação acontece no momento da liberdade. Um heterossexual tem liberdade de escolher a pessoa com quem casar (actualmente é claro, pois à alguns anos atras eram os pais que escolhiam) e um homossexual não tem essa liberdade de escolha. Podemos discutir o casamento por amor, por necessidade ou por simples desejo, mas acho desnecessário desde o momento em que o que se discute é o direito de duas pessoas livres, adultas, conscientes e que cumprem os seus deveres de exigerem o acesso a um direito que neste momento lhe é barrado. sendo que quem diz que “o casamento é o pilar da sociedade” ou não vê a realidade à sua volta (familias monoparentais, disfuncionais, crianças abandonadas) ou deveria ser era contra o Divórcio! Pois esse sim corrói o tal pilar.Bem haja 😉

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