Como seria de esperar, a TVI 24 não demorou muito a classificar a participação da Fernanda Câncio no programa “A torto e a Direito” como um erro de casting. É claro que não foi um erro, foi uma opção muito bem pensada e muito mal implementada. Bem pensada pelas razões que interessam para um programa ter audiência. Mal implementada porque não é possível, e muito menos em televisão, discutir com alguem que troca a razão pelo coração.
Já tínhamos discutido com a própria essa questão, não é possível ficar à margem dos sentimentos, por muito que se seja profissional e que se separe “a notícia da opinião ” como rezava o argumento das Jugulares. Admiro a têmpera da Fernanda Câncio (como em momento luminoso de amizade lhe chamou a Maria João Pires) mas há riscos que são de evitar. Um deles é os médicos tratarem os filhos. Não é, Dra. Ana Matos Pires?
Claro que não foi um erro de casting. O grande Francis Ford Coppola também não errou ao escolher a filha para participar em O Padrinho III. Sofia só não era grande actriz. Está bem melhor atrás das câmaras, como realizadora.
Caro Luís, descodifique lá a última frase do seu texto, por favor…
caro Snail a Ana Matos Pires é médica e um dos argumentos que eu apresentei é que os médicos não tratam os filhos exactamente por não conseguirem afastar as emoções e, perante a doença, não serem suficientemente racionais.