Maldosamente, insinua-se que a Justiça não funciona e que havendo tanto a fazer o ministro anda escondido nas trincheiras em vez de vir à luta. O esquecimento da Justiça, como prioridade deste governo é, òbviamente, um objectivo político. Não se pode afrontar quem anda a investigar o Primeiro Ministro, e esta evidência remete-nos para a discussão se bastará a um Primeiro Ministro não estar acusado, mas poder ser suspeito. Não pode como se torna evidente. A paz podre na Justiça é disso prova mais que suficiente.
A ideia com que se fica neste recuo do governo perante as corporações organizadas dentro da Justiça, é que havendo suspeitos no governo ou afins, isso fragiliza quem é investigado e fortalece quem investiga. O governo não tem capacidade de iniciativa nem os actores da Justiça lha reconhecem. A ética é um valor supremo na governação do país, e se não há ética nos governantes, ou parecendo que não há, alguem tira partido disso. Todos tiram partido disso.
Ficamos agora a saber que o Ministro da Justiça, incapaz de tomar as medidas que há muito se tornaram inevitáveis, pois o país não pode continuar a ter este luxo de a Justiça não responder, minimamente, aos interesses da sociedade e da economia, escreveu um livro sobre as medidas que não é capaz de tomar!!!!!!
Estamos a entrar no reino do burlesco, do faz de conta, é como o Ministro e Sócrates, perante o clamor crescente dos que vêm o país ir esgoto abaixo, se ponham a gritar ” estão a ver eu até tenho ideias, eles é que me não deixam pô-las em prática”.
Este país é realmente um caso sério para estudo, do que tem de joguinhos de poder, dos poderes arrogantes de quem devia estar ao serviço do interesse geral e não está, de quem devia estar em casa a escrever as memórias e faz de conta que governa.
Mas ser Ministro desaparecido, não governar e escrever livros sobre o que não lhe deixam fazer, é único no Mundo! Não leiam!
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