Car@ leitor@,
o povo Português votou e deixou uma mensagem muito claro: a divisão na carreira docente tem que terminar.
Nos Programas que cada um dos partidos apresentou às eleições podemos ler:
– BE: “O Bloco de Esquerda compromete-se na defesa:da estabilidade profissional e contra a precarização; do fim da fractura entre professores de primeira e de segunda;”
– CDS-PP: “O CDS entende que se deve caminhar para uma carreira docente em que se considere o trabalho desenvolvido ao longo de toda a carreira, que se desenvolva em estrutura única, mas que permita, por opção do professor, um percurso diferenciado em função de responsabilidades de direcção e de natureza administrativa, tendo em conta a necessária formação especializada para o exercício das mesmas.”
– CDU: “Presente na luta pela defesa da dignificação da carreira docente, o PCP defende a revogação do Estatuto da Carreira Docente, tendo como prioridades: a revisão da estrutura da carreira docente eliminando a sua divisão em categorias.”
– PS: “Acompanhar e avaliar a aplicação do Estatuto da Carreira Docente.”
– PSD: “Reveremos o Estatuto da Carreira Docente, nomeadamente no respeitante ao regime de progressão na carreira, corrigindo as injustiças do modelo vigente e abolindo a divisão, nos termos actuais, na carreira docente.”
Podemos facilmente perceber que 3241444 Portugueses, que constituem 57,28% dos votantes, escolheram o fim da divisão da carreira docente.
Assim, apelo a todos os docentes que se envolvam de modo a garantir que esta escolha dos Portugueses seja efectivada. Todos e todas podem e devem juntar-se a este movimento que deverá incluir todos os agentes, sejam eles sindicatos, movimentos, bloggers e todos os que pretenderem terminar com a mais aberrante medida da governação educativa de José Sócrates e Maria de Lurdes.
O nosso APELO tem que ser concretizado no programa do novo governo ou em última análise através de uma iniciativa parlamentar, que simbolicamente deverá ser a primeira dos partidos que se vierem a constituir como a oposição ao novo Governo.
Fim à sua divisão entre titulares e não titulares. Não há professores “de segunda”, apoiemos a revisão da carreira docente!
Os tais 3 milhões e tal (se forem como eu) nem sabiam que havia divisão da carreira docente (ia a escrever decente). Para os tais 3 milhões e tal a carreira dos docentes interessa-lhes tanto como campeonato de pinguepongue. Os docentes (assim autointitulados) é que se julgam no centro das preocupações do mundo. O que preocupa os 3 milhões é a educação. O que diferente da carreira docente dos professores do ensino secundário. O estado democrático, ao contrário do que julgam os docentes (já agora os juizes, os magistrados do MP, os pilotos da TAP) deixou de ser corporativo em 1974, a 25 de Abril. Votamos um governo, não votamos direcções sindicais.
Meu caro Carlos Gomes, o que fiz foi uma leitura dos programas, cujas partes leu, certamente, no Post. O que me parece é que os votos são no programa e não numa parte dele, certo? Ou há umas medidas que são para concretizar e outras que não? Quanto à centralidade da educação, estamos todos de acordo. Quanto aos comentários laterais, esses ficam aí mesmo – na lateral!
É a democracia, caro Carlos Gomes. Se a oposição apresentar uma proposta para acabar com a divisão da Carreira Docente, única em todo o mundo, provavelmente a divisão acaba mesmo.
O problema da divisão da carreira docente pode parecer ínfimo aos teus olhos, Carlos Gomes, por não estares no “meio” e não podes opinar com toda a justiçao, se não estás a viver o problema.Os docentes não se julgam no centro das preocupações do mundo, estás errado. O que os preocupa, assim como aos 3 milhões, é a educação. E, se os docentes forem maltratados, humilhados e desprezados como o foram durante os últimos 4 anos, não vejo como a educação deste país poderá melhorar.Com o actual sistema de ensino os docentes estão a formar analfabetos funcionais, a fazer transitar de ano alunos com 7 e 8 níveis negativos só porque já é a 2ª ou a 3ª vez que esses alunos estão em risco de não transitar. Trata-se de um facilitismo que em nada facilita a boa formação dos nossos alunos.Aos docentes tratam-nos como uns fantoches que estão ali a fazer figura de corpo presente. Somos constantemente desautorizados pelos alunos, pelos encarregados de educação e pelo governo que temos tido.Não sei como isso poderá dar uma melhor educação aos nossos alunos.Mas que sei eu? Sou apenas uma professora… há 23 anos.