Parece que na Direcção-Geral da Administração Interna andavam à procura de um meio de determinar automaticamente a freguesia de residência do cidadão. Vai daí um iluminado terá gritado:
– Achei, com o código postal é fácil.
A incompetência é uma coisa que chateia. Até eu sabia que os códigos postais não batem certo. Moro numa daquelas freguesias que já foram paróquias, com fronteiras hoje sem qualquer sentido. Num tira-teimas recente sobre limites fomos, os teimosos, ao código postal: não tinha pés nem cabeça, não batia certo, e a teima continua.
Uma coisa é uma discussão de vizinhos. Outra é a tal DGAI, a quem se pede profissionalismo, tal como o tiveram os CTT:
Diz um senhor dos Correios. Além de hoje, a jusante, baralhar a vida ao eleitor, este disparate, a montante, já fez das suas, uma vez que o número de recenseados determina a composição da Assembleia da Freguesia a eleger.
O mapa das freguesias em grande parte das nossas cidades, é tão desligado da realidade como sucede na minha. Já que fizeram bosta, podiam aproveitar e pensar um bocadinho numa coisa: e que tal racionalizar as fronteiras das freguesias? No meu pequeno bairro estamos divididos em quatro. Pensem lá nisso, mas agora vão todos de castigo para o canto da sala, e sim, metem essas orelhas. As de burro claro.
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