Os perigos do Salão Erótico de Lisboa

O ano passado fui ver, de perto, ao vivo, as "pornstars". Desde garotinhas com ar triste até mocetonas sem pinga de constrangimento, passando por mulheres com o vício e uma vida dificil, marcados a desgosto na cara enrugada, disfarçada com montes de cosmética, há de tudo. Não há é ponta de alegria.

 

Voyeures de meia idade como este vosso amigo, ficam embasbacados por perceberem que aquela gente é, afinal, como toda a gente. Desmanchada a feira, vão para casa com o "namorado" tomar conta dos filhos e pagar as contas da casa como cada um de nós.

 

Compram-se uns vídeos para se conseguir trocar duas palavras com a "diva" e pede-se um autógrafo que vem com um sorriso cúmplice.Tudo parece mais um talho que uma feira, com montes de corpos "ao dependura" na montra ou ao monte no estrado foleiro que dá suporte ao "show".

 

Mas não se julgue que  é isento de perigos, não é de todo. Aproximei-me de um gajo conhecido, produtor  e realizador de cenários que  iniciam jovens raparigas de Leste na indústria. Com uma certa repugnância, confesso, mas cheguei-me perto para ver de que matéria seria feito o escroque. Então não é que quando dei por mim estava a apertar a mão à besta? E o gajo com ar de "estrela"? Não me contive e gritei-lhe " fuck you !

 

Dei comigo expulso do recinto de pornografia por indecência e má figura, pelo cívico de serviço!

 

 

Nacional, Goleado

BENFICA EM GRANDE, VENCE POR 6-1

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Com um ataque demolidor durante as oito jornadas da Liga (trinta golos marcados e cinco sofridos), e não só (quarenta e oito golos em treze jogos oficiais), esta equipa não deixa ninguém descansado, mesmo se ajudada com penaltis inexistentes.

O Nacional nada conseguiu fazer perante a equipa encarnada. Apesar de ter marcado um golo, o Nacional quase não se aproximou da baliza contrária.

Infelizmente Jesus parece não saber ganhar, ao mostrar quatro dedos ao treinador do Nacional, nos festejos do 4-1. Ficou-lhe muito mal.

Entretanto a equipa da casa joga ininterruptamente como se estivesse a perder. É um caso raro, esta equipa. A ver vamos na próxima semana, aquando do jogo com o Braga, já que são os dois, primeiros classificados da Liga.

O Nacional vê dois dos seus jogadores expulsos, sendo que o de João Aurélio foi directo.

 

FUTaventar: #8 S.L. BENFICA

Uma vitória que vale 3 pontos!

Sugiro que a liga crie uma nova regra: quem perder por menos de 5 na Luz ganha 1 ponto!

Não gostei do gesto do Jorge Jesus!

Exposição Colectiva De Fotografia

Está patente na Rua do Ferraz, nº 38.

Veja pormenores, AQUI.

 

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JFM

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E ninguém prende o homem?

Estou a ter, mais uma vez, o privilégio de assistir a uma magistral exibição dos mágicos da Luz.

Com uma criatividade galopante, o SLB vence o Nacional de forma convincente ao intervalo por 3-0.

É óbvio que o resultado oficial reflecte a 2ª parte das encomendas do sistema para este fim-de-semana: depois do penalty roubado à Académica e ao golo em offside do FCP, seguiu-se, para já, o golo em offside do Nacional e o golo roubado ao SLB.

É evidente que ainda só vamos a meio, pelo que o sistema ainda tem algum tempo para ver a sua estratégia para esta jornada dar frutos. Mas é delicioso ver o desespero. É delicioso ver uma equipa que tem uma categoria que obriga o sistema a abandonar a discrição quando se trata de adulterar resultados.

No entanto, deixo a pergunta: o fulano do apito vai acabar o jogo em liberdade? A PJ e o Ministério Público vão deixar passar esta jornada em claro?

Basta!

É que este ano, como o SLB joga o triplo dos rivais, talvez se consiga ganhar contra tudo e contra todos. Mas nem sempre foi assim, e nem sempre será assim…

Morte Súbita

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FALTOU O DESFIBRILHADOR

Kevin Wildemond, jogador de basquetebol da Ovarense, sentiu-se mal, desfaleceu, entrou em paragem cardíaca e morreu, durante o intervalo do último jogo, no domingo.

Segundo informações, nos jornais, a falta de um desfibrilador, foi determinante para a morte do atleta. No recinto, não havia o que seria preciso para tratar casos destes.

Num País tão avançado como o nosso – com tantas auto-estradas, com milhões de telemóveis, com tecnologia de ponta a nível mundial, com ordenados de gestores de nível planetário, quase com TGV e segundo aeroporto na capital, com dinheiros gastos a rodos por tudo quanto é lado, com preços de obras públicas a resvalarem de modo incompreensível, com estádios de futebol, construídos a preços milionários e agora vazios – podemos admitir que nas competições desportivas não existam os meios necessários para salvar vidas?

Quantos mais atletas, ou espectadores, precisam morrer para que as entidades responsáveis entendam que é obrigatório prover as instalações desportivas, ou outras quaisquer onde se realizem espectáculos, com os meios que permitam tratar convenientemente, seja quem for que necessite? Não tivemos já que chegue, ao longo dos anos, em que os mais mediáticos terão sido Pavão e Feher?

Para que têm servido os nossos governos? Para cobrarem dinheiro e não o utilizarem no que é preciso? Para esbanjarem o que é nosso? Para nos tratarem mal?

Haja vergonha.

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O discurso da tomada de posse

do Primeiro-Ministro.

Ainda a propósito do sistema…

Leitura recomendada deste post. Com a certeza de que o jogo de hoje vai ter uma arbitragem habilidosa.

Manifesto pelo fim da divisão na carreira V

A divisão na carreira docente só pode ter um "mérito" – impedir que todos cheguem ao topo e com isso tornar menor a despesa. Se for isso, não concordando, percebo a ideia – assumam que é por isso e não porque querem melhorar a Escola Pública.

Com divisões artificiais não resolvemos nada. E, claro, Luís, não chegam todos a Director de Serviço. Mas ajuda-me a perceber:

 

– a função de um Director de serviço é diferente da função de um médico? Essa(s) função não poderia ser desempenhada por um outro qualquer médico, durante um mandato e depois seria outro, etc…  Repito a questão: são funções diferentes? Justificam carreiras diferentes? Ou são apenas funções que podem ser desempenhadas por qualquer médico?

 

Na escola existe um Director – outro erro deste governo. Talvez o maior.

Existe um Director – é a ele e à equipa por si escolhida que compete "gerir" a escola. De resto, trata-se de dar aulas. Trata-se de desenvolver um trabalho solitário que tem que ser suportado por uma ENORME dimensão colectiva.

Como distinguimos uma e outra: o que é meu e resulta da minha competência, ou da falta dela e o que é dos "outros colegas"?

Uma pergunta simples, caro Leitor@: o que é um bom professor?

Será que não fará mais sentido pensar estas coisas todas ao nível da organização? O que é que faz uma boa escola?

Qual é a diferença entre os grande colégios e as escolas públicas?

FUTaventar: O protegido

Vai apitar hoje na Catedral!

Depois digam que não avisei.

 

O Protegido

Os computadores Portáteis: de ontem e de hoje

O obvious é um dos grandes blogs publicados em Língua Portuguesa – consegue, quase sempre surpreender e se calhar por isso lidera com grande destaque o ranking dos blogs lusos.

Hoje surpreendeu-me com algumas imagens sobre os computadores portáteis – fica o desafio: parece que foi há tanto tempo. Sabe, por exemplo, de onde vem a expressão laptop? Na inveitável Wikipedia pode também saber um pouquinho mais.

Creio que às vezes nem conseguimos perceber como as coisas mudam – em temos sonharam com um computador abaixo dos 100 dólares para todas as crianças do mundo… Hoje temos o Magalhães.

 

A posse do governo

Cavaco foi dizendo que o governo não só tem legitimidade com não tem desculpas nenhumas

 

Chamou a atençaõ para um fantasma de que o governo não fala -a dívida pública- e sublinhou que a verdadeira tarefa é relançar a economia, o tecido empresarial na produção de bens transacionáveis e exportáveis. O resto é mais do mesmo, desorçamentação, investimentos que nos atiram para a cauda da UE, desemprego e empobrecimento a prazo.

 

Sócrates, vem lembrar que as políticas são para continuar, casamentos dos homosexuais e megainvestimentos. Não diz é como os vai pagar. A responsabilidade é de todos, incluindo, evidentemente o Presidente. Nem uma palavra quanto às contas criativas e  ao tecido empresarial,  impostos  e tudo o que pode ser uma chatice.

 

Daqui a oito meses Cavaco começa a não poder fazer nada, entra no período da renovação do mandato, paz celestial e só podemos contar com as maiorias de ocasião para travar tentações, "quem vem atrás que feche a porta".

 

Sócrates começa – a bem da verdade nunca deixou de o ser- o quero, posso e mando, de sempre, não muda um milimetro das políticas que nos levaram à linda situação em que estamos.

 

Não é determinado. É teimoso e muito ignorante!

A máquina do tempo: a juventude é um lugar estranho

 

«A Antiguidade do tempo é a juventude do mundo», disse Francis Bacon, político e filósofo inglês do século XVII. E com este pensamento, respeitável, poético e profundo, inicio uma feérica girândola de citações sobre o tema da juventude. Um tema inesgotável (como quase todos os temas). Vamos a isso.

Era Bernard Shaw, o escritor irlandês, prémio Nobel de 1925,  quem dizia que a «juventude é uma coisa maravilhosa», acrescentando cinicamente, «só é pena ser desperdiçada nos jovens». Herbert Asquith, um político britânico do princípio do século XX, disse quase a mesma coisa, mas de uma maneira mais prosaica: «A juventude seria uma idade ideal se chegasse numa fase mais tardia da vida». Shaw, obviamente, através de um dito espirituoso, faz uma afirmação igualmente profunda: os jovens vivem a juventude, mas não têm nem tempo nem distância para a poder apreciar. Apenas o nostálgico filtro da idade permite avaliar tudo o que a juventude teve de bom.

Paul Nizan, o escritor e filósofo francês, em «Aden Arabie» punha a questão em termos mais introspectivos e pessimistas – «Eu tinha vinte anos. Não deixarei ninguém dizer que é a mais bela idade da vida». Nizan, mesmo aos velhos, que em sonhos regressam todos os dias à sua juventude, idealizando-a já que não a conseguem reviver, recorda-lhes a terrível angústia dos vinte anos – a protecção, que nos acompanhou até ao fim da adolescência, terminou, abrindo-se agora o mundo para uma paisagem nebulosa, onde se esfumam as convicções da criança e a experiência do adulto é quase nenhuma. Ou seja, abre-se uma porta para o desconhecido. A isto junta-se a revolta por nada ser como o desejaríamos, num mundo dominado pelos velhos (pelos que têm mais de trinta anos). Para creditar o pessimismo de Nizan, aprecie-se o número de jovens que, por volta dos vinte anos, se suicidam. A juventude é um lugar estranho.

 

«Nos olhos do jovem arde a chama, nos olhos do velho brilha a luz», disse o grande escritor francês Victor Hugo. É um lugar-comum o atribuir-se esse ardor indomável à juventude e a luz da sabedoria à velhice. Como se não houvesse jovens néscios, preguiçosos e cobardes e velhos estúpidos e ignaros como carros de bois. Mas, como veio do grande Victor Hugo, deixemos passar. Adulando a juventude, os velhos, ou melhor, a sociedade, procuram instrumentalizá-la, aproveitando o seu entusiasmo e energia, canalizando-os para os seus objectivos. Positivos ou negativos (geralmente, negativos)

Guevara, que nunca chegou a ser velho, dizia: «o alicerce fundamental da nossa obra é a juventude». Mussolini foi, na história recente, um dos primeiros a aperceber-se do enorme potencial de energia gratuita que a juventude, no seu conjunto, contém. Não é por acaso que o hino fascista se chamava «Giovinezza» (juventude), dizendo no seu saltitante estribilho: «Giovinezza, giovinezza,/Primavera di bellezza…»

A Opera Nazionale Balilla, arregimentando os jovens e enquadrando-os politicamente, foi uma das forças primordiais do regime. Os bandos de adolescentes de camisa negra, empunhando matracas, aterrorizavam, batiam, matavam. Entravam num café e quem, por exemplo, não fizesse de imediato a saudação fascista era espancado e por vezes os rapazes só paravam quando o «infractor» estava desfeito, morto. É que os jovens têm certezas e dificilmente aceitam que se possa pôr em dúvida as suas convicções. Por isso eu falei em canalização positiva ou negativa do ardor e da energia juvenis.

Hitler, com as suas «hitlerjugend» seguiu as pisadas do ditador italiano no aproveitamento da juventude. Não poucos foram os pais denunciados pelos filhos que punham o ideal e o führer acima da família, como lhes era ensinado. Franco, não se fez rogado e criou as suas «juventudes», os jovens camisas azuis, dispostos a abdicar da vida e do amor em prol da «causa» – «Cara al sol con la camisa nueva,/que tú en rojo bordaste ayer /me hallará la muerte si me lleva/y no te volvo a ver…»

Em Portugal, Salazar, embora tentando fugir dos arroubos fascistas (porque mais do que fascista, ele era salazarista), não resistiu à pressão dos entusiastas e criou a Mocidade Portuguesa: «Lá vamos que o sonho é lindo,/Torres e torres erguendo,/Clarões, clareiras abrindo/Alva de luz imortal…» Os movimentos comunistas não perderam também essa energia. Na União Soviética, na China Popular, na Jugoslávia de Tito, na Cuba de Fidel, não se desperdiçou esse caudal de força, esse pilar, como lhe chamou o Che.

Usa-se muito nos partidos políticos o lugar comum – «a juventude é o futuro», como se isso fosse uma coisa importante. Porque o que é importante é saber que futuro vai haver, em que mundo os jovens vão viver amanhã., em suma, que futuro lhes vamos legar. O futuro não é necessária nem garantidamente melhor do que o presente. Joseph Joubert alimentou também o mito com uma frase célebre: «Nos homens apenas há de bom os seus jovens sentimentos e os seus velhos sentimentos». Benjamin Disraeli, um primeiro – ministro da rainha Vitória considerou «A juventude de uma nação é a depositária da posteridade». Bonitas palavras para nada dizerem.

Há também os que afirmam, como Samuel Ullman, que «a juventude não é uma época da vida, é um estado espírito». Claro que, sob diversas variantes, esta frase é extremamente agradável aos que já não são jovens. O grande arquitecto norte-americano Frank Lloyd Wright disse o mesmo por outras palavras – «A juventude é uma qualidade e não uma questão de circunstância». Na realidade, há velhos com espírito jovem (veja-se Manoel de Oliveira). Pablo Picasso dizia mesmo: «Precisamos de muito tempo para nos tornarmos jovens». Não que seja mentira, mas estamos, neste caso, não a falar de idades, mas de graus de inteligência, de vivacidade, de entusiasmo. Que, claro, não são sentimentos exclusivos dos jovens.

Há maniqueísmos entre os jovens, considerando todos os velhos caducos e ultrapassados, e entre os velhos abundam os aforismos sobre a inépcia dos jovens. No fundo, como sempre que se generaliza, erra-se, porque nem a juventude é sempre impetuosa e ardente, nem a velhice é sempre sábia e iluminada. Um estúpido é um estúpido, tenha a idade que tiver. O contrário é igualmente verdade. Neste sentido, Blaise Pascal reconheceu que «quando somos jovens ajuizamos mal as coisas e quando somos velhos também.» e Ambrose Gwinett Bierce, um jornalista americano do princípio do século XX, afirmou que «se chama experiência a quando renunciamos dos erros da juventude para os substituir pelos da velhice».

O surrealista Jean-Louis Bédouin, no seu livro «André Breton» (1955), rebela-se contra os «conselhos» que os mais velhos se acham no direito de ministrar aos jovens: «Porque se existe algo que, para nós, incarne o surrealismo é a juventude; a juventude que não sabe o que fazer com os conselhos dos velhos, os infames velhos que, não contentes em nos terem legado a memória de duas guerras, um mundo corrompido e a ameaça de uma terceira matança, levam a impudência ao ponto de nos querer ensinar quem vive e quem morre…»

«Se pudesse voltar à juventude, cometeria todos os erros que cometi. Só que os cometeria mais cedo», disse Tallulah Bankhead, a actriz americana dos anos 40 do século passado, num registo bem-humorado e lúcido. De facto, aos velhos nada de melhor resta do que reconciliarem-se com o seu «eu» de décadas atrás e aos jovens, se me estivessem a ler, recomendaria prudência. Porque, como também disse Francis Bacon, «os desatinos da juventude são conspirações contra a velhice e pagam-se caro ao anoitecer as loucuras praticadas pela manhã».

E, com esta, por hoje, me retiro.

O ovo no cu da galinha

Quando se fala de megainvestimentos, fala-se como sendo " ovo em cú de galinha".Mais negócios para as grandes empresas Portuguesas, mais trabalho para a mão de obra nacional , mais estudos para os consultores nacionais, mais empréstimos para os bancos da praça

 

Quando se adjudica por ajuste directo, evitando a Lei, e os concursos públicos, entrega-se de mão beijada à Motta-Engil, e andou que temos pressa. Claro que tambem nos custa dinheiro porque o Estado faz por 100 o que poderia fazer por 50, como é o caso dos Contentores de Alcântara.

 

Havendo concursos públicos, e a alguns deles não podemos fugir por exigirem concurso internacional, pode acontecer  que a FCC, grupo Espanhol, apresente um preço inferior em 424 milhões de Euros à proposta da Motta-Engil, e assim ganhar o concurso, para a construção da componente rodoviária da terceira travessia do Tejo em Lisboa

 

Jorge Coelho afadiga-se agora, com um grupo de técnicos muito bem pagos, a esmiúçar a proposta vencedora para verificar se há marosca, porque uma diferença tão grande só pode resultar de uma inovação nos procedimentos ou na aplicação de materiais de alta tecnologia. Ora a Motta-Engil não conhece nem uns nem outros que tenham aparecido assim, sem mais, no mercado.

 

Resta um preço irreal a contar com as obras a mais e indemnizações por parte do Estado, por não cumprir os termos do contrato. Esmiúçando, Dumping !

 

E na situação em que as finanças públicas estão, é certo que muitos incumprimentos vão acontecer!

Amizade

Escrever sobre um sentimento, não precisa citações. A amizade é uma   afeição recíproca entre duas pessoas que cultivam boas relações. É a sinceridade entre essas duas pessoas que sabem partilhar sentimentos e calar. Em uma palavra, é a confiança mutua entre pessoas de qualquer idade que sabem tomar conta uma da outra, sem entrar pela vida privada do outro. É um sentimento de nunca abandonar a pessoa por quem se sente afectividade Os gregos clássico definiam a amizade como Aristóteles a tinha pensado: Assim como os motivos da Amizade diferem em espécie, também diferem as respectivas formas de afeição e de amizade. Existem três espécies de Amizade, e igual número de motivação do afecto, pois na esfera de cada espécie deve haver afeição mútua e mutuamente reconhecida.

Aqueles que têm Amizade desejam o bem do amigo de acordo com o motivo da sua amizade; desse modo, aqueles cujo motivo é a utilidade não têm Amizade realmente um pelo outro, mas apenas na medida em que recebem um bem do outro.

Aqueles cujo motivo é o prazer estão em caso semelhante: isto é, têm Amizade por pessoas de fácil graciosidade, não em virtude de seu carácter, mas porque elas lhes são agradáveis. Assim, aqueles cujo motivo da Amizade é a utilidade amam seus amigos pelo que é bom para si mesmo; aqueles cujo motivo é o prazer o fazem pelo que é prazeroso a si mesmo; ou seja, não em função daquilo que a pessoa estimada é, mas na medida em que ela é útil ou agradável. Essas Amizades são portanto circunstanciais: pois que o objecto não é amado por ser a pessoa que é, mas pelo que fornece de vantagem ou prazer, conforme o caso. A fonte de esta ideia é o livro Ética a Nicômaco de 333 antes de nossa era, versão francesa de 1992, Presses Pocket, Paris.

Texto que define não apenas uma intimidade entre duas pessoas, bem como o interesse ou despertar a simpatia de outra pessoa sobre nós, e, de forma reciproca, da outra sobre nós, que não nos abandona e não espera nada de nós, excepto essa mutua confiança

. Falar de amizade tem muitas palavras para serem usadas, é todo um tratado como os dos filósofos ou o interessante livro de Marguerite Yourcenar: O tempo, esse grande escultor, de 1994 a primeira edição, 2006, a segunda, publicados por Difel, Paris e Lisboa. Defende a ideia que serve de entrada a este curto texto.

O que mais esperamos da amizade é a companhia, a simpatia, o não abandono, o sermos precisados e visitados pela pessoa ou pessoas em quem depositamos confiança, sem erotismo no meio. É o pensamento que tina esse amigo Luís Miguel sobre os outros. É o que eu espero sobre os outros: a solidão nada esculpe, nada entrega. É o tempo quem nós oferece a emotividade da afeição. Como todos esses os meus denominados amigos que, foram esculpidos durante um tempo, até acabar a necessidade e entregar a sua confiança a outros mais importantes para os seus objectivos. É o neo-liberalismo destes dias que não entende de sentimentos, mas sim de lucro. Nicômaco recebeu uma grande mostra de amizade, um apreciado presnte com o livro de Aristóteles: era o pai do filósofo…

FotoBlogger Convidado

Paulo Abrantes

Talento vs Sistema

Também fui dos que teve o privilégio de, na última 5ª, ir ao Estádio da Luz ver aquele magnifico recital ao vivo.

Durante momentos, sonhei.

Este fim-de-semana acordei para a realidade: O Porto ganha 3-2 com um penalty perdoado ao Bruno Alves quando estava 0-0 (como com o Leixões), e ainda um golo em offside do Farías, tipo o que aconteceu em Paços de Ferreira (com a diferença de que lá seria o Paços a marcar, e o jogador estava em posição regular).

Nos últimos anos uma parte de mim diz para me ir habituando. Lembro-me da época passada, em que, não tendo jogado particularmente bem, o SLB provavelmente teria sido campeão, não estivesse o nosso futebol controladissimo por uma certa máfia que os adeptos do FCP continuam a deixar que reine o seu clube.

Mas penso: este ano vai ser diferente. Este ano podem anular 3 golos por jogo ao SLB que as vitórias continuarão a suceder-se.

Contudo, no meio dos meus pensamentos e receios por ver, mais uma vez, o FCP a ser levado ao colo, penso algo mais profundo: que o futebol português é demasiado corrupto para merecer a minha atenção. Valham estes momentos para saborear a glória de ver um SLB de classe mundial conseguir, a custo, estar em igualdade pontual com um dos Portos mais mediocres dos últimos anos. Mas custa levar uma tabela tão desvirtuada a sério…