No dia em que arranca mais um ano parlamentar, permitam-me caros deputados que vos coloque uma exigência em torno da Escola Pública, pilar que considero central da sociedade Democrática e Livre que sonho para o nosso país.
E começo apenas pela questão central: ” Para que serve a escola Pública?”.
Considero que a Escola Pública não pode estar ao serviço dos liberais (neo?) que apenas desejam ter uma instituição barata que lhes forme os funcionários, eficazes, mas incultos, cumpridores, mas analfabetos!
Eu desejo e sonho com algo diferente.
António Nóvoa dizia:
[…]ASSEGURAR QUE TODAS AS CRIANÇAS TENHAM VERDADEIRAMENTE SUCESSO IMPLICA[…].EM PRIMEIRO LUGAR, VALORIZAR O TRABALHO ESCOLAR, RECENTRANDO OS NOSSOS ESFORÇOS NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS.
A ESCOLA NÃO ESTÁ AO SERVIÇO DE UM PROJECTO DE OCUPAÇÃO, DE GUARDA OU DE ENTRETENIMENTO DAS CRIANÇAS.
ESTÁ AO SERVIÇO DE UM PROJECTO DE APRENDIZAGEM. […]
A escola Pública não pode ser um parque de estacionamento onde os pais estacionam os putos durante o dia.
Mas, também não pode ser uma peça de uma cadeia de montagem que deseja criar funcionários “funcionais” para as suas cadeias de produção.
A direita de Cascais que tem liderado a opinião publicada pensa, tal como os burocratas do ME, que a coisa se resolve criando condições para que os desgraçados andem entretidos – por isso criam os CEF’s.
Cursos de Educação e Formação. Um puto com oito negas, passa do 6º para o 7º porque vai para o CEF… e Em dois anos tem o 9º.
Isto para não falar de outras histórias de faz de conta das nossas escolas.
Dito isto, importa dizer que à Escola Pública se exige currículo e aprendizagens. O que devemos exigir é que os meninos das Escolas Públicas tenham a possibilidade de aprender porque isso é o que, hoje, os distingue dos meninos das privadas. Veja-se os rankings – uns sabem conteúdos (privado). Os outros ensaiam competências.
Fica o desafio – criem condições para que na escola Pública se possa aprender em vez de entreter!
João Paulo, conseguiste falar na Escola Pública sem uma só vez nomeares os professores! Criem as condições? Quem é que cria ? Os professores não têm nada a ver com isso?