Muito se tem falado de bandeiras a propósito da ostentação da bandeira monárquica, primeiro na CML, depois no alto do Parque Eduardo VII.
Segundo o Público “A Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Valença está a mobilizar a população, através de SMS, para colocar, na próxima terça-feira, em todas as janelas da cidade uma bandeira espanhola.”.
O artigo em questão conta, à hora a que escrevo, com cerca de 170 comentários. Há-os de todas as sensibilidades e tendências. Mais do que o texto, os comentários reflectem a forma como franjas representativas da população olham o estado actual do país, os seus símbolos, os seus representantes e a sua soberania. “Se o Dantas é português eu quero ser espanhol”, dizia Almada de Negreiros no seu Manifesto Anti-Dantas. Se me derem mais qualquer coisinha eu quero ser espanhol, dizem hoje muitos portugueses. Retrato de um país estilhaçado e de um povo à deriva.
Tens razão, nunca o país esteve nesta situação…
Se os habitantes preferem mudar de nacionalidade em vez de mudar o País pelas próprias mãos, então, o País não deixará de ser o que é.
Pois é e a manipulação é de tal forma nítida, que a gente de Valença ainda não percebeu que está a fazer precisamente o que a superestrutura política de Lisboa quer: a integração.
Ofenderiam muito mais o poder central, se usassem um ou dois neurónios. Ou querem que vos dê “irritantes” exemplos tão actuais? Não vale a pena estar sempre a puxar a brasa à sardinha.