Professores – avaliados em tribunal

Sejamos sérios! Os sindicatos estão contra os professores que cumpriram com as suas obrigações. Quem não entregou a avaliação sabia muito bem que seria prejudicado, não pode vir agora dizer que a haver alguem prejudicado, seja quem cumpriu.  Não pode, a não ser que não entregar a avaliação não seja um acto de consciência mas uma bravata! Tomar uma opção de fundo no que diz respeito a uma matéria que dividiu os professores e o país e, depois, querer que essa opção não tenha consequências, é uma herezia.                                                                                                                                                                                                          Uma cobardia que os professores que não entregaram a avaliação não merecem ! E, mais uma vez, são os sindicatos no afã de agradar à maioria que empurra os professores para uma posição pouco digna. Porque a posição dos professores que não entregaram a avaliação foi digna, não quiseram colaborar numa medida que consideravam injusta e sem condições para ser efectuada.

Os sindicatos , tomam uma posição que não tem a ver com a carreira dos professores nem com as condições em que trabalham, tem a ver com uma política que querem implementar no Ministério da Educação mas para a qual não foram mandatados em eleições democráticas. Mas pior, usam argumentos que em nada podem atribuir a quem cumpriu com a entrega da avaliação.

E se os professores assim prejudicados ( a concretizar-se a ameaça) movessem acções judiciais contra os sindicatos e o Ministério ? Porque eles sim, têm expectativas fundamentadas para verem cumpridas as promessas que os levaram a entregar a avaliação!

Comments

  1. Luís, vais-me desculpar, mas hoje não estás a escrever com a razão, mas com o sentimento.
    A questão que se coloca não é essa. Eu explico.

    – há professores que foram avaliados com 9, por exemplo. Mas, por causa das quotas, não tiveram a nota correspondente ao 9, mas antes um bom que vai só até 7,9.
    No formulário dos concursos o ME pede as duas informações, mas por questões de programação, um professor nesta situação tem que mentir.
    Se coloca o 9 não pode colocar o bom que teve.
    Se coloca BOM não pode colocar o 9 que teve.

    A questão é técnica.
    E, mais uma vez, a máquina do ME a meter água.
    Autonomia e JÁ!
    JP

  2. Luis Moreira says:

    JP, eu sei que é informática, mas esses problemas resolvem-se. A verdadeira questão é prejudicar quem cumpriu. E é isso que os sindicatos estão a pedir.

  3. Luis Moreira says:

    E, claro, autonomia já, com as escolas entregues a quem nela trabalha.

  4. Luis Moreira says:

    “…no sentido de a avaliação de desempenho não ser tida em conta neste concurso de colocação de professores…”
    É esta a questão nuclear que está em equação e que está a ser discutida, como estando informalmente aceite pelo ministério.
    O argumento técnico é apenas isso.
    “…ao assegurar, ontem, que a avaliação de desempenho vai contar para a graduação dos professores que está a decorrer, Isabel Alçada, poderá ter comprado a primeira grande guerra com os docentes. A expressão foi utilizada por…Mário Nogueira…

  5. maria monteiro says:

    escolas públicas com autonomia assim entendo “as escolas a quem nela trabalha” caso contrário será o passo intermédio para se transfigurarem e se juntarem ao grupo das escolas privadas mas com subsídios públicos

  6. maria monteiro says:

    faz-me lembrar “a terra a quem a trabalha” daí se multiplicarem campos de golfe e outras grandes zonas de lazer

  7. antonio martins says:

    Os professores avaliados apenas respeitaram a legislação em vigor e não podem ser prejudicados.
    A questão das quotas, que gerou grandes injustiças, resolve-se com a sua abolição e a reposição da avaliação marecida.
    Haja vontade política de resolver o problema.
    Afinal o que é que compensa? Cumprir ou não cumprir a LEI?

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