Já o sentimos na pele, Sr. PM

Um português ou uma portuguesa dorme agora menos horas, mas estraga mais o colchão de tantas voltas que dá na cama. O sono não chega, não obstante o cansaço de mais horas de trabalho (para ganhar menos). É a ansiedade, a pressão, o stress, a insegurança, o futuro dos filhos, o futuro dos filhos, o futuro dos filhos.

Ontem tive mais três motivos que me tiraram o sono: o restaurante onde costumo almoçar (cada vez menos) está a trespassar (depois de reduzir o preço da diária há cerca de um ano); o testemunho na primeira pessoa de uma mulher com dois filhos que se vê desempregada; e o pedido de uma aluna na casa dos vinte («Professora, se souber de algum trabalho…»).

É a crise e o desemprego a tocar-nos na pele. Sentimos os seus cheiros.

Recordo, a este propósito, as palavras do jurista Paulo Marcelo (Económico, 29/5): “O desemprego está a tornar-se um lugar-comum; que o digam as mais de 819 mil pessoas que não encontram trabalho. O desemprego espalha-se como um cancro, atingindo 14,9% da população activa). Este valor foi ultrapassado no espaço de apenas 4 meses, estando a passos largos dos 16%, sendo Portugal o terceiro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) onde o desemprego mais cresceu desde julho de 2011.

Como prevenir esta doença? Não há ninguém imune.

Mas temos que seguir em frente. Levar com a nossa vida adiante!

(Dn online )

Comments

  1. MAGRIÇO says:

    O grande drama é que estes oportunistas da política não governam para o país ou para o povo, mas para agradar ao capital internacional.

    • GORDUCHO says:

      E então? não foram democraticamente eleitos pela maioria deste povo burro?

      • eu votei em branco. E continuarei a fazê-lo

        • MAGRIÇO says:

          É mais seguro anular o voto! Longe de mim levantar qualquer tipo de suspeição sobre a nossa impoluta classe política, ainda mais avalizada por uma cândida procuradora…

  2. É melhor não votar em branco pois o seu voto pode ser aproveitado para ser desviado para outro e nem se pode demonstrar o que farão do seu voto – Já estive numa mesa de voto e a partir de certa altura não se sabe o que lhe é feito quando todos os votos vão selados e enviados para o Governo civil e, a partir daqui, só estas controlam – Vote no partido mais pequeno – eu passei a votar Partido da Terra fundado por Ribeiro Telles que nem representação tem na AR, ainda – Não faz mal a ninguém e nunca se sabe se valerá a pena e acho que vale e nunca deixo de votar – Quanto ao “Gorducho” que chama BURRO ao povo não é bonito porque uma coisa é o que os grades partidos dizem que farão outra é, pelos vistos, e pior do que nunca, o que estão a fazer – Votei toda a vida PS e veja no que deu – até morrer não votarei mais no “habitual” “arco do poder” – até o voto nos “comem” e um dia, disse Saramago, que devámos todos votar em branco, mas há sempre os que votam e mesmo, no capital, bastando saber quem está e tem estado na AR (quase só advogados), aumentam e inventam as regalias e nem perdem subsídios e almoçam diariamente banquetes indecentes e têm mias e mis topos de gama que exibem como se viu e servem os que lhe enchem os escritórios – têm os subsídios que nunca sabemos quais são e os seus “cartórios” que alimentam porque há sempre quem precise deles – e têm depois o caminho aberto para a UE onde nunca votam a favor de Portugal, como se vê porque já atigiram o patamar “durão”, o único que lhes interessai

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