Aventar – Foi há 10 anos

No dia 30 deste mês que hoje se inicia, o Aventar vai comemorar 10 anos.

Uma década não é muito. Aliás, uma década não é nada. Num universo de milhares de milhões de anos e de milhares e milhões de pessoas, o que são 10 anos? O que é uma pessoa?

Ainda assim, porque cada um de nós tem uma história, queremos assinalar a data. Porque o Aventar tem sido muito importante na nossa vida. E porque vai perdurar mesmo depois do fim. Por muitas razões, mas sobretudo pelas amizades que se fizeram por aqui ao longo deste tempo.

Queremos que comemorem connosco. Escrevendo, que é o que se faz por aqui. Autores, ex-autores, comentadores, leitores, bloggers, políticos, humoristas e por aí fora. Sobre o que quiserem e da forma que quiserem. Nem que seja para dizerem mal de nós, que poder de encaixe é o que não falta ao pessoal (bem, a alguns…).

Estão todos convidados. O mail para envio dos textos é este:
e

Mas afinal, o que é tão problemático no CETA?

Perguntava-me há dias um colega: mas afinal o que é que ainda há de tão problemático no CETA, já que, à última hora e à pressão, foram anexadas importantes especificações às 1.600 páginas do acordo?

Assinatura do CETA

Da esquerda para a direita, Jean-Claude Juncker, Justin Trudeau, Donald Tusk e Robert Fico (primeiro-ministro da Eslováquia e detentor da presidência rotativa do Conselho da EU) durante a cerimónia de assinatura do CETA. Foto: EU

O instrumento interpretativo conjunto, as declarações unilaterais e os textos da declaração da Bélgica que foram alinhavados ao texto do acordo para possibilitar a sua assinatura, deram alguma contribuição para a clarificação de conceitos difusos incluídos no texto do CETA mas, como não se lhe sobrepõem, o seu valor jurídico é muito limitado.

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L Mirandés : Ũa Lhéngua Minoritaira An Pertual

aventar

A nossa riqueza cultural, nem sempre reconhecida, e muitas vezes desconhecida pela maioria da população portuguesa, tem, na língua falada e escrita, um lastro civilizacional  universal. Numa época em que a uniformização de tudo está na ordem do dia, temos o dever de salvaguardar a diferença. Falamos da segunda  língua oficial portuguesa, o Mirandês. Língua minoritária, é ignorada, ou melhor, é tolerada pelos sucessivos poderes públicos (com honrosas excepções). É olhada muitas vezes como uma excentricidade  de meia dúzia de habitantes das Terras de Miranda.  Pelo contrário, é algo do qual nos deveríamos orgulhar, respeitar, e divulgar.

Por isso, e chegado o Aventar ao  Concurso de Blogs do Ano, onde disputamos o prémio, apresentamo-nos também em Mirandês. Agradecemos a dois ilustres mirandeses, a Celina Pinto, que nos ligou a esta realidade, e a Alfredo Cameirão, que traduziu a apresentação.

Apresentação do Aventar nas duas línguas oficiais de Portugal, português e mirandês: O Aventar / L Aventar.

Quem Salva Quem?

Um filme de Leslie Frank e Herdolor Lorenz

O filme “Quem salva quem?” mostra como os resgates levados a cabo em vários países europeus na sequência da crise financeira despoletada em 2008, mais não foram do que uma estratégia neo-liberal para levar a cabo uma tremenda redistribuição de baixo para cima e um ataque ao estado social. Ninguém formulou esta realidade melhor que Mario Draghi, ex-vice-presidente do Goldmannn Sachs, actual presidente do BCE e que dirige a economia europeia:

“O modelo social europeu passou à história. A salvação do Euro custará muito dinheiro. Isso significa que teremos de abandonar o modelo social europeu”.

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Os ficheiros Banif

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Este espaço agrupa a informação disponível sobre o Caso Banif. Toda a equipa do Aventar está a acompanhar atentamente este caso, nomeadamente a Comissão de Inquérito Parlamentar ao Banif, e promete colocar aqui, de forma sistemática e organizada, a informação disponível. É uma forma de ajudar na recolha de informação e apelar à transparência num caso que é muito grave pela dimensão do buraco financeira, mas também pelo que revela sobre o funcionamento do Estado e das relações entre Estado e Economia.  [Read more…]

Manifesto do DiEM25 – Em Português

Nota: O Manifesto do DiEM25 (Democracy in Europe Movement – Moviemento para a Democracia na Europa) foi apresentado dia 9 de Fevereiro em Berlim por Yannis Varoufakis e contou com a participação de vários convidados Europeus e extra-Europeus. Nesse mesmo dia foi também publicado online o manifesto do movimento. Visto que a página oficial do movimento não conta com uma tradução em Português, o Aventar decidiu traduzir a versão mais longa e publicá-la no blogue. Segundo o próprio site, o DiEM25 conta já com o apoio de 10.757 pessoas desde a data de lançamento.

O manifesto inclui não só críticas à actual estrutura da União Europeia mas também uma série de propostas que visam democratizar a UE. Esta é a primeira tradução integral do documento.

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Luaty: um português de segunda?

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«O cantor e activista político Henrique Luaty Beirão é angolano, mas é também um cidadão português ilegalmente detido no estrangeiro. Sabemos que está disposto a dar a vida por causas maiores, como a da liberdade e justiça. Também sabemos que a sua morte pode estar próxima, na sequência da sua longa greve de fome. É obrigação constitucional, ética e moral do Governo português não permitir que aconteça. Temos consciência das dificuldades e complexidade das relações diplomáticas entre Angola e Portugal. Porém, nenhum valor pode erguer-se acima da defesa dos Direitos Humanos. E este é um caso de Direitos Humanos. É imperativo que o Governo português tome uma posição e publicamente exija a imediata libertação de Henrique Luaty Beirão. É também obrigação do Governo português comunicar a sua posição a toda a CPLP bem como a toda a comunidade mundial empenhada na defesa dos princípios da liberdade e da igualdade. Portugal não pode persistir como testemunha silenciosa e passiva de um lento assassinato político sem se tornar seu cúmplice.» Assinar

2010-2011: Pedro Passos Coelho em campanha

Para os que não têm memória, para os que acreditam no mito dos mitos urbanos.

Poderosa e Descontrolada: A Troika

Documentário do canal Arte  sobre as intervenções da Troika. Contém cenas eventualmente chocantes, não sendo recomendado a quem acredita na propaganda do governo. Um trabalho de  Harald Schumman (autor de Quando a Europa salva os bancos, quem paga?, que também já legendámos) aqui em segunda versão, com correcções nas legendas e melhor qualidade de vídeo que a primeira.

Esta versão estará em breve disponível para download.

Poderosa e incontrolável: A Troika

Documentário do canal franco-alemão Arte sobre as intervenções da Troika. Contém cenas eventualmente chocantes, não sendo recomendado a quem acredita na propaganda do governo. Nunca será visto num canal português.

Tradução da leitora Isabel Atalaia, que respondeu ao nosso apelo para que fosse legendado e disponibilizado aos portugueses (se necessário, active as legendas carregando na roda dentada do leitor de vídeo do youtube). Muito obrigado.

Sugestões para melhorar a tradução agradecem-se, nesta caixa de comentários.

Tradução e legendagem de Puissante et incontrôlée: La Troika

Este documentário do canal Arte merece ser visto pelos portugueses que não dominam a língua francesa. Para isso pedimos a colaboração dos nossos leitores interessados, que saibam francês e/ou lidar com programas de legendagem.

Basta que manifestem a vossa disponibilidade na caixa de comentários, deixando o vosso endereço de mail no formulário respectivo (que não será divulgado).

Não há tempo para jogos na Europa

Yanis Varoufakis

Yanis Varoufakis

ATENAS— Escrevo este artigo à margem de uma negociação crucial com os credores do meu país — uma negociação cujo resultado poderá marcar uma geração, e tornar-se mesmo um ponto de viragem quanto aos efeitos da experiência da Europa com a união monetária. [Read more…]

Carta Aberta de Alexis Tsipras aos Leitores do Handelsblatt

Alexis_Tsipras © Libération

Mais uma vez, o Aventar na vanguarda do verdadeiro jornalismo, está a apresentar uma tradução colaborativa de um documento essencial para a análise política internacional.

A maior parte de vós, caros leitores do Handelsblatt, terá já uma ideia preconcebida acerca do tema deste artigo, mesmo antes da leitura. Rogo que não cedais a preconceitos. O preconceito nunca foi bom conselheiro, principalmente durante períodos em que uma crise económica reforça estereótipos e gera fanatismo, nacionalismos e até violência. [Read more…]

40 anos de Brigada Vitor Jara, invista, é uma pechincha

Vai a Brigada Vitor Jara lançar uma caixa com a sua discografia completa. Para isso lançou um crowdfunding (gostava de descobrir uma tradução para a palavra mas não consigo), que nos deixa várias possibilidades de apoio, por exemplo com 40€ ficamos com a caixa e ainda levamos uma garrafa de vinho do Porto. Uma excelente oportunidade, que só divulgo porque já contribui… Veja aqui, ainda não esgotou.

Charlie Hebdo, o pdf

4554744_6_315c_la-une-de-charlie-hebdo-a-paraitre_d73c9388c981f7d63f82aaf5ae3822a9Eu também comprava um, se tivesse onde.  E comprarei, se encontrar. Para o povo que lê línguas de deus, como diria um romano, e não ficou viciado em línguas bárbaras, como diria o mesmo romano, há a outra parte, ler mesmo o nº 1178 do Charlie Hebdo (como tenho constatado nos últimos dias ver só os bnécos não dá, estou farto de fazer traduções de bd), o número que saiu hoje.

Podem descarregar o pdf: Charlie Hebdo #1178. [Read more…]

Submarinos, Estaleiros de Viana, corrupção internacional: uma investigação jornalística


Entrevista com o autor do documentário pela Renascença aqui.

Barreiro Rocks 2014

Barreiro-Rocks2014

Três dias de Barreiro Rocks, de 5 a 7 de Dezembro.
Video Promocional / Ipsilon – Público / Facebook

Danças no salão da existência

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«Ninguém sabe dizer o que é a alma», e nem sequer «a sua versão científica, a mente», começa por escrever José Luís Pio Abreu no prólogo do seu último livro, O bailado da alma. [Read more…]

Censurado

nos bolsos deles
Do ensaio visual A luta voltou ao muro, de Ricardo Campos, censurado da revista Análise Social.

AO90: vogais fechadas para balanço

susceptível

Há três anos, um aluno, ao ler um texto do manual, pronunciou a – por assim dizer – palavra “atores” fechando o A inicial.

Este ano, durante uma aula de oitavo ano, uma excelente aluna está a ler um texto em voz alta. No manual, é assaltada por um “suscetível”. A aluna (excelente, repita-se) lê o E da segunda sílaba do mesmo modo que leria os de “apetite”. Numa idade em que não se consegue evitar reacções a erros alheios, a turma, com excepção de uma aluna, manteve-se impávida: para a maioria, não houve erro de leitura. Ninguém me contou estas histórias, acrescente-se. [Read more…]

A praia: fronteira com o mar

Museu Marítimo de Ílhavo: no próximo dia 21 de Outubro, uma conferência por John Mack, curador do British Museum e autor do livro The Sea, a Cultural History (Reaktion Books, 2011) abre um seminário que quer pensar em voz alta a nossa relação com o mar, nos domínios cultural, estético e científico.

 

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Uma organização do CIEMar-Ílhavo. Participação gratuita.

Obrigada por este bocadinho, François! (III)

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Na montra de uma livraria em França onde o livro da ex de Hollande não está à venda, um poster de um filme imaginário com menção ao caso do tweet contra Ségolène Royal com que Trierweiler desafiou Hollande

Alguns livreiros recusam-se a vender o livro de Valérie Trierweiler, Merci pour ce moment, revoltados que estão com o fenómeno estapafúrdio gerado por um livro que, com justeza, consideram sem qualidades, apesar de ter vendido numa só semana o que a maior parte dos escritores franceses não consegue numa vida literária. [Read more…]

O mar-mãe

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Um seminário itinerante vai percorrer o País pensando o Espaço e a Paisagem no cinema português, território em que desde logo cabe o mar, sendo-lhe dedicada a primeira sessão já no próximo dia 17 de Setembro no Museu Marítimo de Ílhavo, um dos mais belos e importantes lugares de memória de Portugal. [Read more…]

Rita Hayworth em Moçambique em 1950 (ou o nascimento de um fotógrafo)

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© Jean-Charles Pinheira

Em 1950, quando Jean-Charles Pinheira (n. 1932) trabalhava na alfândega do Lumbo, em Nampula, o príncipe Aly Khan visitou a região na companhia da sua mulher, Rita Hayworth, tendo o casal ficado hospedado no Grande Hotel do Lumbo. Foi nesse momento que Jean-Charles Pinheira meteu na cabeça que haveria de fotografar Rita Hayworth sem os óculos com que habitualmente se escudava. Pediu emprestada uma Kodak 6X9, e sentou-se numa cadeira junto à suite de Rita Hayworth à espera da hora H. [Read more…]

Arte-Assistência

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© Fernando Aguiar, Troika e Crises

Dando continuidade à iniciativa que teve lugar nas ruas de Lisboa, no dia 21 de Agosto, a Casa da Liberdade – Mário Cesariny inaugura “Arte – Assistência: 15 artistas para AMI(gos)” – uma exposição mais alargada com trabalhos originais de todos os autores que participaram da 3ª edição de “Arte Urbana em Mupies”.
Autores: Alberto Pimenta, Albino Moura, Alfredo Luz, Cabral Nunes, Carlos Zingaro, Eurico Gonçalves, Fernando Aguiar, Fernando Grade, Henrique Vaz Duarte, João Garcia Miguel, Jorge Pé Curto, Manuel João Vieira, Maria João Franco, Raquel Rocha e Vítor Rua.

CASA DA LIBERDADE – MÁRIO CESARINY | Rua das Escolas Gerais nº 13 – 1100-218 Lisboa
De 2ª-feira a sábado das 14h às 20h | Tel.: 218822607/8

1ª edição dos Encontros de Fotografia de Lagoa

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Exposição integrada na primeira edição dos Encontros de Fotografia de Lagoa, organizados pelo Município de Lagoa e pela Universidade do Algarve.

Natureza dupla em Tavira

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Um é sempre mais
A organização da natureza é política. Resulta de um gesto político ou da sua ausência. (…) “Natureza Dupla” reúne um conjunto de imagens a que dá segunda vida no diálogo que lhes atribui no espaço da exposição.(…) Os retratos estão todos presos a histórias rarefeitas, parecidas com as fitas desarticuladas que os rios inscrevem na paisagem e que os mapas reproduzem com inadequado rigor. A segunda organização política da natureza vem do olhar que a viu assim.
Cristina Peres
Julho 2014

Sim, Carolina

Na semana passada a Sílvia Caneco trouxe no i esta arrepiante história daquilo em que nos estamos a tornar, enquanto sociedade. Primeiro revoltei-me, depois angustiei-me, e depois fui tentanto digerir aquilo, enquanto olhava para o meu filho, da idade da Carolina. Só um pouco mais  novo que os rapazes que lhe fizeram aquilo. Apanhei-o à porta da escola e olhei para lá. Vi as raparigas todas a saírem para a rua, tão cheias de graça e de vida. Foi nesse dia que recebi uma mensagem Mãe que Capotou, a perguntar o que poderíamos fazer. Foi também quando a Sónia Morais Santos partilhou a ideia que nascera em modo quadripolar. E foi o que me fez voltar ao Aventar, para vos dizer que é preciso devolver a vida à Carolina e aos pais dela. Depois soube que está tudo a encaminhar-se. Indignem-se, por favor, mas reajam. O mínimo que podemos fazer por nós e pelas nossas Carolinas é isso. Não permitir que voltem a pintar-lhe lagartos na saia.Dúvidas e dádivas podem ir bater ao e-mail quadripolaridades@hotmail.com

Ou de como a blogosfera continua a ser uma âncora, no meio desta tempestade.

 

Manifesto para uma União Política do Euro

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«A União Europeia atravessa uma crise existencial, tal como no-lo lembrarão muito em breve e de forma inequívoca as eleições europeias. O facto afecta de forma especial os países da zona euro, mergulhados num clima de desconfiança e numa crise da dívida pública que está muito longe do seu termo, enquanto o desemprego persiste e a deflação espreita. Seria completamente errado pensar que o pior já ficou para trás.

Eis porque acolhemos com o maior interesse as propostas formuladas no final de 2013 pelos nossos amigos alemães do grupo de Glienicke visando um reforço da união política e orçamental dos países da zona euro. Estamos cientes de que os nossos dois países [Alemanha e França] terão um peso cada vez mais relativo no contexto da actual economia global. Se não nos unirmos a tempo de levar o nosso modelo de sociedade para a globalização, a tentação do fechamento nacionalista acabará sem dúvida por vingar, provocando frustrações e tensões que, por comparação, farão as dificuldades da união parecer coisa pouca.

A reflexão europeia está nalguns aspectos muito mais avançada na Alemanha do que em França. Economistas, políticos, jornalistas, e antes de mais cidadãos e cidadãs europeus, não aceitamos a resignação que actualmente paralisa o nosso país. A partir desta tribuna, queremos contribuir para o debate sobre o futuro democrático da Europa, levando mais longe ainda as propostas do grupo de Glienicke.

Zona euro: uma indefinição insustentável
É tempo de reconhecê-lo: as actuais instituições europeias são disfuncionais e devem ser repensadas. O que está em jogo é simples: é preciso que a democracia e o poder público possam retomar o controlo da situação, a fim de regular eficazmente o capitalismo financeiro globalizado do século XXI, e de tornar exequíveis as políticas de progresso social que hoje em dia estão cruelmente ausentes da vida dos europeus. [Read more…]

Foi assim o dia 25 no Aventar

 O Aventar agradece as colaborações recebidas. Daqui a outros 40 (ou antes) há mais.

A seguir, os artigos do dia 25 no Aventar. [Read more…]