Sim miserável: o desemprego é uma oportunidade. Não tens como pagar as contas? Não sabes o que comer amanhã? Não podes pagar cuidados de saúde? O banco quer despejar-te? Não sejas piegas e agarra lá essa oportunidade que é ser desempregado. Mau seria se o primeiro-ministro andasse a sugerir aos portugueses que deixassem de fumar ou que passassem a fazer mais uso dos transportes públicos. Isso é coisa de esquerdalhada subsídio-dependente que não quer empreender.
“Estar desempregado não pode ser (…) um sinal negativo” – odeio violência física, mas só por esta frase este homem merecia ser espancado ao sair dali por meia dúzia de desempregados desesperados. Ele e toda a sua família e amigos devem flutuar em quaisquer ondas de gravidade mental, para terem um desconhecimento tão profundo da realidade nacional.
Asqueroso!
Enquanto Galileu era julgado pela Inquisição e pronunciava a negação da suas teoria do movimento da Terra em volta o Sol, ia dizendo entre dentes “E contudo, ela move-se”.
Que tem isto a ver com as imbecilidades de PPC?
É que enquanto ele tem o descaramento de pronunciar todos estes dislates, nós somos obrigados a dizee entre dentes : “E contudo estes mercenários, têm maiorias relativas e absolutas”.
Ditosa Pátria que tais filhos tem … dizia Camões.
E sobre D. Fernando, dizia o mesmo Camões: “Fraco rei que transforma em fraca a forte gente”.
Escolha-se agora onde se situa PPC, os seus dizeres imbecis e o povo que os escuta e os elege.
Pessoalmente, com este povo, não dou mais para peditórios.
Quem se não respeita, dificilmente pode esperar que seja respeitado.. .
É verdade que choca e nos coloca perante um descomunal ponto de interrogação,”mas como é possível???” Porém, acho que a chave do busílis é que a causalidade não é tão linear assim, precisa de ser diferenciada; continua a haver muita ignorância pelo país fora e, nos média, demasiada propaganda favorável para encobrir esta gente canalha. Depois há aquela camada de yuppies que aspira a saltar para o combóio dos ganhadores e, na outra ponta, gente que teme que as coisas piorem ainda mais, se se atreverem a sonhar com uma vida melhor… E claro, há ainda os próprios tais mercenários, que enchem os bolsos enquanto dizem enormidades. De tudo isso (e talvez mais) é feito o saco dessa maioria impensável.