Em plena pandemia, os combustíveis subiram em flecha. Sobem há 12 meses. GPL incluído.
As pessoas ficaram em casa, e os combustíveis aumentaram. A produção industrial arrefeceu, e os combustíveis aumentaram. Diminuiu o tráfego rodoviário, e os combustíveis aumentaram. Diminuiu o tráfego aéreo, e os combustíveis aumentaram. Há menos turistas, menos carros alugados, menos caldeiras de hotéis a trabalhar, etc., e os combustíveis aumentaram.
Perante a evidente especulação, o barulho é pouco. Muito pouco. Aliás, até soa a silêncio.
O BE não faz grande barulho, porque defender combustíveis não é ser “esquerda moderna”. O PCP também não, porque não são “direitos dos trabalhadores”. O PAN também, porque não vai defender o consumo de combustíveis, nem o assunto interessa ao bem-estar animal. O PSD também não faz barulho porque… porque, enfim, este PSD não é muito de fazer barulho. O CDS pouco barulho faz, porque não é matéria suficiente para exigir uma demissão ministerial. O mesmo se diga da IL porque, se calhar, ainda não conseguiu arranjar modo de conseguir um bom “soundbite” à custa disso. E o Chega não se rala com o que não pode culpar ciganos, migrantes ou refugiados. E não me esqueci do PS. O PS é que se esqueceu de o ser, e não é de agora.
Enquanto isso, quem tem de trabalhar, de se mover, sem que tenha transportes alternativos excepto o individual, paga cada vez mais caro por isso.
Valha-nos o facto de se estar a salvar a TAP, pois conto com ela para me levar da Areosa à Rotunda da Boavista. A preços módicos, claro.
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