O desperdício em dia de recolha de bens para o Banco Alimentar

BA

Apesar da inenarrável Isabel Jonet, a acção do Banco Alimentar é de uma importância inquestionável, nomeadamente nestes tempos em que a pobreza avança de forma preocupante e sem precedentes na era democrática. Como vem sendo habitual nesta altura do ano, a instituição lançou uma campanha de recolha de bens junto das principais superfícies comerciais que o bom coração do português comum, como é seu hábito, decidiu abraçar. [Read more…]

As questões da JSD

Questionar é fundamental numa sociedade democrática. A delegação da JSD no Parlamento tem todo o direito de questionar o que quer que seja como qualquer outro cidadão português e isso inclui questionar o financiamento dos sindicatos. Pena que a sua busca pela transparência não se aplique a outras situações da mesma “natureza”. Será que alguma vez questionaram o orçamento anual da casa real do “avô” Cavaco que custa cerca de 16 milhões de euros por ano? Duvido que todos os sindicatos ligados à Educação juntos recebam 5% desse valor por ano. E se até o “avô” Cavaco não sabe como há-de pagar as suas contas no final do mês, para onde vai tanto dinheiro? Em média, um português paga cerca de 1,60€/ano para manter o PR enquanto o inglês médio paga 0,93€/ano pelo mesmo serviço à Rainha Isabel. Será que a JSD alguma vez questionou este gasto pouco austero? Claro que não! É que a JSD só questiona aquilo que não incomoda verdadeiramente os seus chefes. E só questiona o poder quando é o PS que o ocupa. Durante o resto do tempo a JSD limita-se a brincar às questões. [Read more…]

Ai aguentamos, aguentamos! Resta saber até quando!

Santana Castilho *

Primeiro foi Vítor Gaspar, afirmando que “existe um desvio entre aquilo que os portugueses querem que o Estado social lhes forneça e os impostos que estão dispostos a pagar por esses serviços”. Depois foi Passos Coelho, com mais uma das suas eloquentes trapalhadas, falando da impossibilidade de adiar uma “reforma mais profunda” do Estado (como se já tivesse feito alguma!), caldeando-a com uma coisa que o país inteiro procura agora saber o que significa: “uma refundação do nosso programa de ajustamento”. Fechou o triângulo das trivialidades a boçalidade de um banqueiro, com o “ai aguentam, aguentam!”. Três figurões, com um considerável currículo de asneiras recentes nos negócios que dirigem, inquinaram maliciosamente uma questão essencial para todos. Não a de saber como conseguir o impossível, isto é, pagar em escassos anos uma dívida contraída pelo desgoverno de décadas e onerada por juros agiotas. Mas a de saber o que fazer para pôr a economia a crescer e nos aproximarmos de países que, não tendo mais recursos que o nosso, oferecem aos seus concidadãos um Estado social que os servos da senhora Merkel dizem não ser possível manter. [Read more…]

Que vão gastar o dinheiro público de lá

Projecto da energia das ondas em risco de ir para Espanha.  Pode ser que arranjem 1 milhão, 250 mil euros para 3 meses de funcionamento.

Desperdício

 Buenos Aires gera muito desperdício Buenos Aires gera muito desperdício

 O desperdício.

Ele é a faixa mais larga de todo o acontecer no universo.

E na vida.

Que mundo incrível se perdeu com as pessoas que se não cumpriram, que fração enorme do cérebro ficou sem aplicação.

E numa simples vida, que gasto enorme no comer e no dormir.

(…) nessa desproporção alucinante entre o que se desperdiça e o que se aproveita, o homem cria o espaço para ser maior que o universo.

                                                      (Vergílio Ferreira, Pensar)

50% dos alimentos na UE vão para o lixo

Tecnocratas, higienistas, grossistas, retalhistas & outros istas andaram anos a construir um “maravilhoso mundo novo” no que toca aos padrões de consumo, distribuição e ao que chamam de segurança alimentar.

O resultado está à vista. Desequilíbrios em toda a linha, da produção ao consumo, excesso de resíduos, abandono progressivo da ideia de reutilização, favorecimento das grandes cadeias de distribuição, normalização de produtos, desaparecimento quase total da venda a granel, criação de mentalidades com níveis absurdos de “exigência”.

Agora, o Parlamento Europeu chega a uma infeliz conclusão: 50% dos alimentos na Europa – onde existem 79 milhões de pobres – acabam desperdiçados, no lixo. Criado este cenário de desbragamento e de falta de respeito pelos recursos e alimentos, nós, consumidores domésticos, somos os que mais desperdiçam.

Trata-se de um paradoxo cultural que atravessa as sociedades contemporâneas e que necessita de ser posto rapidamente em causa: quanto mais civilizados nos julgamos, mais incivilizadamente nos portamos.

A água e o seu desperdício – privatizar ?

” O maior desafio é não deixar que a água seja privatizada” diz o sr. William Cosgrove. especialista em água e consultor das Nações Unidas, foi vice-presidente do Banco Mundial.

” As pessoas podem viver sem petróleo mas não podem viver sem água” “A Tunísia, que tem muita pouca água, tem uma estratégia para o sector, começando a cobrar pela água utilizada em função das possibilidades de cada família, e aplicou uma taxa acrescida para o Turismo!”

” Na agricultura são utilizados 3/4 da água existente no mundo, que é suficiente.” “A boa gestão passa por não a desperdiçar, na indústria já se começou a reutilizar a água que aplicam. Em grande parte do mundo não se paga a água que se consome o que leva ao desperdício, uma medida é aplicar taxas segundo o consumo”.

Em Portugal o desperdício da água é muito alto, a ponto de haver quem defenda que o melhor investimento na actividade seria a manutenção da rede de distribuição. Calcula-se que andará pelos 60% a água desperdiçada. Nos últimos anos apareceram várias empresas privadas de distribuição, normalmente associadas aos municípios onde prestam o serviço o que tem vindo a ser visto como o ínicio da privatização do sector.

É um sector absolutamente vital e a água é um recurso natural que pertence à Humanidade, é impensável a sua privatização. Mas é preciso estar alerta!

Um dos sectores que mais consome água é o golf, e pior do que isso, contamina os aquíferos devido aos tratamentos intensivos da relva com fungícidas . Talvez se perceba agora porque temos tantos PINs (projectos de interesse nacional) que não passam de campos de golf. É a isso que se chama “economia periférica” vamos recebendo o que os outros não querem, como aonteceu nos anos 70 com a indústria de celulose, que além de contaminar o ar, suga a água dos solos com os eucaliptos “globulus” a principal matéria prima da pasta de papel!

O desperdício e a solidariedade

Esta ideia de aproveitar o que a sociedade do desperdício deita fora, para ajudar muita gente necessitada, é uma ideia maravilhosa.

 

Estas grandes  ideias nascem porque há pessoas que se preocupam com os desafortunados,pensam neles todos os dias, procuram soluções. Não é com os chás dançantes nem com a caridadesinha que se resolvem estes problemas. Ter a ideia e estruturá-la, arregimentar boas vontades, coordenar acções, dá muito trabalho. É preciso amor ao próximo, determinação, passar a ter disponibilidade  total, para todos os dias se aproximarem de quem vive nas ruas.

 

As multidões que dia a dia, afanosamente, enchem sacos e carrinhos , perdem tempo nas filas das caixas dos hipermercados,  deixam para trás o que será  aproveitado, pela solidariedade, para ocorrer  à miséria que a sociedade  da abundância, paradoxalmente, cria.

 

A esperança no ser humano dá novas razões para acreditar!