Ordem dos Advogados: Marinho e Pinto Vencedor Destacado*

Segundo informações que nos chegam, Marinho e Pinto, actual Bastonário da Ordem dos Advogados e candidato a novo mandato, lidera  a contagem de votos no Porto, Coimbra e Açores com grande vantagem. Resultados até agora.

O Aventar estará atento e actualizará os resultados sempre que possível.

* Contagem de votos a decorrer, resultados provisórios.

90% de chumbos ! E do grosso!

Na Ordem dos Advogados os candidatos a estagiários foram corridos a chumbo grosso!

Os alunos dizem que é assim porque a Ordem quer limitar o acesso à profissão. O bastonário diz que os alunos estão mal preparados!

E o que dirá quem passa a licença de abertura dos cursos e autoriza o número de vagas? O Ministério da Educação!

Em outros países decentes costuma funcionar o mercado, mas como o mercado não tem “mão invisivel” os interessados resposáveis regulamentam, analisam e verificam se andam a vender gato por lebre. Aqui quem se lixa é o aluno, o que tem menos força, não está organizado nem tem voz, atraem-no a um curso e depois verifica que o tão desejado curso não tem saídas profissionais.

E se estes alunos todos accionassem judicialmente o Ministério da Educação, exigindo compensações pecuniárias pelos prejuízos? E as Universidades? Seria que todos estes irresponsáveis não teriam mais cuidado em abrir cursos que sabem à partida não terem futuro?

Ou o melhor é os alunos inscreverem-se nas Juventudes partidárias?

Advogados – relatório e contas rejeitado.

O relatório e Contas referente a 2009 apresentado pela actual Direcção liderada por Marinho e Pinto, foi rejeitado  por 122 votos a favor e 1192 votos contra!

Nunca vi uma diferença tão grande num assunto aparentemente pacífico. Ou muito me engano ou há borrasca no ar!

Aqui no Aventar siga a par e passo esta Assembleia Geral da Ordem dos Advogados!

Presente e futuro da advocacia: uma questão de República (5)

Continuando o que já escrevi aqui.

O Direito aprende-se na Faculdade, não é na Ordem dos Advogados (OA). Nesta deve-se aprender teoria e prática forense, a par de deontologia e ética profissionais.

Não podem, pois, os candidatos à Advocacia, continuarem a ter um modelo de estágio afastado da realidade forense, que só os prejudica, bem como prejudica quantos, no presente e no futuro próximo, se irão socorrer dos seus préstimos.

Nem é aceitável que a formação profissional do estagiário seja paga. Ela deverá ser gratuita, na melhor tradição da OA.

Hoje, os estagiários não podem exercer em sede de Apoio Judiciário, pois que é entendido pela actual Direcção da OA que o Apoio Judiciário não deve transformar-se em instrumento de financiamento dos estagiários. Nem estes, uma vez que não estão definitivamente dados como aptos para o exercício da profissão – que só acontece com o exame final de agregação com que se conclui o estágio -, deverão exercer o Patrocínio forense, pois que lhes falta a devida preparação para representar e intervir em juízo em nome de terceiros.

Concordo com o entendimento. Mas falta fazer com que à falta de meios financeiros, se assegure a subsistência dos estagiários durante o tirocínio. Até mesmo para que o elemento económico não seja um crivo de selecção, por tão injusto que é. E para tal, não é necessário que a OA assuma o encargo de remunerar o estágio. É necessário, sim, que se chame o Estado às suas responsabilidades – as mesmas que, como já disse aqui e aqui -, [Read more…]

Presente e futuro da advocacia: uma questão de República (4)

Continuando o que escrevi aqui.

A percepção e posicionamento face à massificação da Advocacia que os números expressam, não é unânime. Bem pelo contrário.

Há quem entenda que tal massificação urge ser travada, pelo perigo que representa, dificultando-se o acesso à profissão. Mas há, também, quem entenda o contrário e que acredite que deverá ser o mercado a seleccionar mantendo-se a Ordem dos Advogados (OA), e assim a própria Advocacia, aberta a este crescendo, sendo depois a lógica da “procura versus oferta” a estabelecer o equilíbrio.

A entrada para a profissão, continuaria aberta a quem preenchesse os legais requisitos, e posteriormente seria o mercado a seleccionar. Basicamente, aquilo que tem vindo a acontecer, e que a actual Direcção da OA está a tentar inverter.

Já quem defende a restrição no acesso à profissão – que é o meu caso -, entende que a massificação traz consideráveis perigos para o respeito e prestígio da profissão. Exactamente porque a lógica de mercado não conhece limites éticos ou deontológicos. E uma Advocacia que perca o seu sentido ético, o seu sentido deontológico, é uma Advocacia, também ela, perdida.

As regras do mercado, a lógica da “procura versus oferta” poderá funcionar para a generalidade da prestação de serviços, mas não para o Patrocínio forense, onde imperam deveres éticos para com os colegas e para com os clientes.

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