Esquerda Direita Volver 10 – Caminhos de recuperação e resiliência.

Os caminhos da recuperação e da resiliência são discutidos nesta décima edição do Esquerda Direita Volver. Será que o Plano de Recuperação e Resiliência é a melhor resposta? Quais os caminhos alternativos? Debate entre José Mário Teixeira, Fernando Moreira de Sá, Francisco Salvador Figueiredo e João Mendes. Moderação de Francisco Miguel Valada.

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Esquerda Direita Volver 10 – Caminhos de recuperação e resiliência.
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Sócrates, uma referência no ensino à distância

Socrates UNIV

Não se trata de uma brincadeira de mau gosto, muito menos da mais recente investida de um dos clones com baba no canto do focinho que os terroristas virtuais ao serviço do PàF vão soltando nas redes sociais. O cartaz em cima, onde o incontornável José Sócrates aparece com um look demasiadamente académico para quem concluiu a sua licenciatura num Domingo, terá sido adquirida a um banco de dados pelo consórcio CEDERJ – Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro – e, bem vistas as coisas, a escolha de Sócrates até faz sentido na medida em que se trata aqui de ensino superior à distância e, como sabemos, o preso domiciliário mais famoso do país é aquilo a que se pode chamar uma autoridade no que a tirar cursos à distância diz respeito.

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P.S. No espaço de tempo em que você leu estas linhas, Miguel Relvas licenciou-se em todos os cursos disponíveis na instituição.

Despesismo e regabofe: a lição de Pedro Passos Coelho

Tecnoforma

Seguindo as melhores práticas eleitoralistas da coligação PSD/CDS-PP, que não se inibe, e bem, de recordar a herança socrática, recordemos uma das mais famosas e mal explicadas heranças do nosso primeiro-ministro, homem de peculiar rigor e responsabilidade, que na década passada abria portas para uma empresa que ficou com a fatia de leão dos fundos geridos pelo amigo Relvas através do programa Foral para, entre outras prioridades, ministrar formações para funções que não existiam em aeroportos desactivados. Chama-se a isto acautelar o futuro. Pelo menos o dele e o dos amigos tecnofórmicos. Já a conta ficou a seu cargo caro contribuinte. Parabéns pelo investimento e não se esqueça de votar neste indivíduo. Há mais dinheiro para gastar mal gasto de onde veio este. E se em algum momento se sentir revoltado, pode sempre consumir alguma propaganda com números manipulados sobre a economia e o emprego que deverão ser suficientes para o acalmar até 5 de Outubro. Votos de um óptimo fim-de-semana e não se esqueça de empobrecer que as isenções fiscais do PSI-20 não se pagam sozinhas.

Crato, o patinador

O governo está a chegar ao fim – há quem assegure que, o dito cujo, morreu de morte morrida, mas atendendo as últimas sondagens, começo a pensar que as notícias da sua morte, são manifestamente exageradas. No embrulho dos mortos por falecer está Nuno Crato, um Ministro que não deixa saudades pelo mal que fez à escola e os seus Passos trocados estão muito para além do simples poupar.

No plano ideológico, Nuno Crato tem um conceito muito redutor da Escola Pública- esta, deve estar ao serviço das classes populares para as formatar ao desempenho silencioso na fábrica mais próxima. Essas coisas da Democracia, da Liberdade, da Igualdade de Oportunidades destinam-se apenas a alguns e esses, assegura Nuno Crato, terão financiamento para se servirem da Escola Privada. [Read more…]

Mário Almeida traça o rumo dos escalões jovens

sub213A Field Hockey Zone é uma comunidade espanhola das gentes do hóquei em campo e tem como director uma referência da modalidae no país vizinho, Marc Salinas. Na apresentação do site e da sua página no Facebook, Marc escreve que o projecto “se baseia na união de perfis heterogéneos, unidos por um amor incondicional ao nosso desporto” e “se esperas estar informado, ler opiniões de quem realmente sabe de hóquei e sobretudo disfrutar, partilhando experiências, asseguro que vais ficar connosco por muito tempo”. E acrescenta: “Sejas quem fores, venhas de onde vieres, e acredites naquilo em que acreditas, sente que esta página também é tua, porque é. E lembra-te: não te limites a observar, faz parte do projecto”. [Read more…]

Literally reality show

Para muito boa gente que por ai anda. Uns emigram, outros desenrascam-se, alguns têm sorte e poucos conseguem furar o sistema e sobem alto de forma honesta. Há também um conjunto significativo que tem tachos. Tachos que crescem e se multiplicam, pirâmide acima, pirâmide abaixo. Tachos sem cortes, reestruturações ou limites orçamentais. Tachos imunes à austeridade. Tachos que como baratas sobrevivem ao cataclismo nuclear da crise. Tantos tachos que fica difícil saber quantos são. Sabemos apenas quem os paga. Que fáceis que somos.

A prova no Porto e no Funchal

Portugal é um país surpreendente. Somos um país que forma Enfermeiros e Engenheiros e depois os exporta com bilhete apenas de ida. Infelizmente, esta fuga, no caso dos professores, é algo já com uns anos. Se os estaleiros de Viana colocaram no desemprego 600 trabalhadores, o Ministério da Educação, nos últimos anos, reduziu o número de professores contratados de 38 mil para 14 mil. Sim. Leram bem – saíram do sistema, para além dos que se aposentaram, 24 mil docentes. Uma parte deles desistiu da profissão, mas há alguns que insistem em correr atrás de um sonho. Só assim se percebe a forma como lutaram contra a Prova que Nuno Crato, estupidamente, decidiu aplicar.

Depois de ter feito um acordo completamente imbecil com a FNE, Nuno Crato manteve a obrigatoriedade da prova para menos de 500 professores, porque os outros 13 mil que têm menos de cinco anos de serviço, não estão a trabalhar. Logo, a qualidade que Nuno Crato quer trazer à Escola Pública reduz-se a 500 dos cerca de 100 mil docentes em exercício. Há números que falam por si.

Mas, esta é a dimensão política onde, no dia 18, os professores deram uma resposta avassaladora. Há uma outra área em plena actividade: a jurídica. Depois do Tribunal do Porto, agora é a vez do Tribunal do Funchal.

Nuno Crato, és o elo mais fraco! Adeus!

Liberdade

Matias Alves, do terrear:

“Da natureza da função docente

Ora, a forma como se exerce o ensino (…) transcende a feição burocrática dos serviços públicos.
Não podem ser objecto de ordens, e reclamam antes uma fiscalização, até porque, em regra, nem são funcionários do Estado aqueles cuja acção é fiscalizada. E mesmo quando – como sucede com os médicos escolares, ou com os professores oficiais – esses indivíduos são funcionários, eles não estão sujeitos a determinações ou ordens relativas aos serviços que executam como os outros funcionários. A um professor nada se pode ordenar concretamente sobre o exercício das funções. Nenhum director geral pode dizer a um professor que ensine desta ou daquela maneira. Pode, porém, haver uma Inspecção que verifique se eles cumprem os seus deveres.
Um professor não pode deixar de ter liberdade.

In António Pires Lima (1945). Administração Pública, Porto: Porto Editora”

Mudar o mundo todo, uma pessoa de cada vez

A utopia é um elemento essencial da nossa identidade porque no dia em que  o sonho deixar de estar presente, o caminho para o amanhã desaparece também. No entanto, a utopia tem que ser um sonho que se materializa nas práticas diárias, nas opções que vamos fazendo a cada momento.

Malala é uma menina que faz a sua parte e que procurava, na sua comunidade, fazer a diferença.

“Um aluno, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. A educação é a única solução. Educação primeiro”

Esta VERDADE apresentada por Malala na ONU leva-me para um terreno absolutamente oposto ao de Nuno Crato e dos seus seguidores. A aposta na Educação é um valor entendido até nos territórios mais deprimidos do nosso planeta, enquanto por cá um grupo de boys parece comprometido com o fim da escola pública. A jovem Paquistanesa além da defesa da Educação enquanto valor global, apresenta como urgente a formação das mulheres. [Read more…]

Branqueamento de Capitais

Não, não é piada: a elevus existe, e pede alguém com Formação superior em Gestão; Finanças; Direito ou similar;  Experiência mínima de 3 anos como formador na área referida (factor eliminatório). 

Bem, pode ser uma formação destinada ao investigadores policiais e judiciais, vamos acreditar nisso.

Mas tenham mais cuidado na forma como colocam anúncios.

Formador de Violações
Formador em Homicídios violentos

ia cair mal. Mas vai dar ao mesmo

O caso Passos, Relvas, dois coelhos e muitas cajadadas no estado

Em formato pdf e como foi investigado por José António Cerejo, vindo hoje a Público enquanto não o despedem.

É tudo uma questão de oportunidade

Diz o tipo que estar desempregado é uma oportunidade. Logo, encerra as Novas Oportunidades. Estar Desempregado é A NOVA oportunidade. Excelente. Grande ideia!

Desta vez o relógio de Jesus estava acertado

 Uma das propostas que têm em cima da mesa é que estrangeiros só internacionais, mas Portugal não tem capacidade financeira para os contratar. O campeonato em Portugal é competitivo porque somos formadores de jogadores, de portugueses e de estrangeiros. Quando falam de restringir estrangeiros têm de saber o que estão a dizer

disse, e muito bem. Na indústria futebolística somos dos melhores do mundo a treinar e formar jogadores. Internacionais são caros e logo dão menos lucro quando se exportam, defender o jogador português é outra conversa.

Por acaso gostava de saber como anda o balanço do import-export financeiro ligado ao negócio da bola, desconfio que é das poucas coisas que tem dado lucro. Quem ficou sem mar, terra e indústria, que se dedique ao que sobra, e onde é muito competitivo e está bem organizado.

Presente e futuro da advocacia: uma questão de República (4)

Continuando o que escrevi aqui.

A percepção e posicionamento face à massificação da Advocacia que os números expressam, não é unânime. Bem pelo contrário.

Há quem entenda que tal massificação urge ser travada, pelo perigo que representa, dificultando-se o acesso à profissão. Mas há, também, quem entenda o contrário e que acredite que deverá ser o mercado a seleccionar mantendo-se a Ordem dos Advogados (OA), e assim a própria Advocacia, aberta a este crescendo, sendo depois a lógica da “procura versus oferta” a estabelecer o equilíbrio.

A entrada para a profissão, continuaria aberta a quem preenchesse os legais requisitos, e posteriormente seria o mercado a seleccionar. Basicamente, aquilo que tem vindo a acontecer, e que a actual Direcção da OA está a tentar inverter.

Já quem defende a restrição no acesso à profissão – que é o meu caso -, entende que a massificação traz consideráveis perigos para o respeito e prestígio da profissão. Exactamente porque a lógica de mercado não conhece limites éticos ou deontológicos. E uma Advocacia que perca o seu sentido ético, o seu sentido deontológico, é uma Advocacia, também ela, perdida.

As regras do mercado, a lógica da “procura versus oferta” poderá funcionar para a generalidade da prestação de serviços, mas não para o Patrocínio forense, onde imperam deveres éticos para com os colegas e para com os clientes.

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Xenofobia / desenvolvimento

Recebi, já por segunda vez, um texto algo xenófobo que passo a comentar como segue:

Deixem-me ver se ( desta vez) me faço entender…

O princípio é sempre: cá se fazem, cá se pagam! Quem se queixa de uma situação, que procure a responsabilidade em primeiro lugar junto de si próprio. O texto abaixo referido pode constituir uma válvula de escape para dar um certo alívio mental aos menos esclarecidos mas não resolve os problemas.

Quem se porta como a União Europeia se tem portado nos últimos 40 anos (subvencionismo, egocentrismo), cria este tipo de atracção fatal sobre outros povos que ficando cada vez mais pobres por causa do comportamento da UE, se abeiram às nossas fronteiras para dar o salto. [Read more…]