Sim, sim. Prá porrada!

Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Sim, sim. Prá porrada!
O vídeo que se segue foi publicado pelo juiz Rui Fonseca e Castro. Neste vídeo, declara que irá apresentar uma queixa-crime contra Magina da Silva, Director Nacional da PSP, a quem acusa de ser maçom. No final, desafia Magina para uma luta de MMA (Artes Marciais Mistas), a fazer lembrar as ameaças que os meus colegas e eu trocávamos no oitavo ano, “lá fora vais ver”.
Do ponto de vista humano, é um documento interessantíssimo. No que respeita ao processo de selecção dos magistrados, é caso para ficarmos todos preocupados.
Já ameaçou ir aos cornos de todos os utilizadores do Facebook que se atrevam a criticar a mulher.
Da Ucrânia democrática, com amor.
É tão alto ver o baixo que está abaixo do alto como não ver para cima. Confusos? eu também. [Read more…]
No meu tempo de estudante, havia rufias que se metiam com os mais fracos.
Houve sempre rufias. Houve e continuará a haver.
Parece-me que a diferença nos dias de hoje, é que a comunicação entre pais e filhos não será a melhor. O que os pais dão aos filhos, afasta-os do diálogo: computadores, mp4 com auscultadores, consolas de jogos, telemóveis para mandar mensagens e ouvir música, etc. E como parecem muito dinâmicos a mexer em tudo que é aparelhos e afins, todos dão ares de independência e sagacidade. Esta diferença leva a que os pais estejam convencidos que os filhos estão bem, porque estão lá no mundo deles. E o mundo deles é cada vez mais distante. Esquecendo-se, os pais, que os filhos continuam crianças, com as suas naturais fragilidades e os seus naturais medos e vergonhas.
Há pouco tempo, soube de um comentário de uma miúda de 10 anos que confessando a sua paixoneta por um colega de escola, o caracterizou como bom rapaz, não porque seja bom aluno, mas porque não é daqueles que batem nas raparigas.
Se fosse minha filha, eu trataria, imediatamente, de indagar que coisa é essa de rapazes baterem em raparigas, e cuidaria de responsabilizar não só a direcção da escola como, acima de tudo, os pais das crianças agressoras. E sem rodeios afirmo, que se algo acontecesse com uma filha minha, seria o pai do agressor o primeiro a levar troco. Depois se veria o que acontecia.
Infelizmente este é um país cultural e civilizacionalmente tão inábil, que até precisa de usar expressões estrangeiras como “bullying” para rotular comportamentos rufias, pela simples razão que com tal rótulo estrangeiro transformam tudo num complexo fenómeno sem fronteiras, próprio das sociedades modernas, com o qual temos de lidar com muito cuidado, sem ofender ninguém, e só depois de se ouvir variados especialistas na matéria.
No meu tempo de criança e adolescente, assuntos de rufias resolvia-se com um pouco de porrada. E confesso que, neste particular, tenho alguma saudade desse tempo.
O caso do Leandro, o miúdo que se suicidou porque estava farto de levar porrada dos grandes, obriga-me a escrever enquanto professor.
Enquanto professor, embora há muitos anos não lide com a arraia mais miúda, não tenho a mínima hesitação em apontar o dedo à escola e aos meus colegas: a culpa também e muito principalmente é vossa.
Faço esta acusação porque conheço as práticas correntes de gingeira. Porque sei do hábito instalado de achar que putos à porrada é normal, e desde que não partam a cabeça é deixá-los andar. Porque vi a indiferença instalada desde sempre perante situações de abuso dos grandes perante os pequenos.
E faço-a com a memória de, num belo dia em que numa visita de estudo agarrei um matulão que pontapeava um pequenitote e lhe enfardei da comida que estava a dar, ainda ter tido de ouvir uns responsos dos meus colegas, cujo eduquês entendia que uma participação para adormecer num cesto dos papéis qualquer é que era.
É claro que o sistema facilita. Seja o das legislações patetas, seja o da falta de auxiliares, vigilantes (sim, algumas escolas precisam mesmo de seguranças), psicólogos e assistentes sociais, seja a não responsabilização dos adultos por situações destas, a que assistem impávidos e serenos.
Ainda uma nota sobre a merda da palavra que aparece sempre nestas ocasiões, bulingue ou lá como dizem. Como a Maria João muito bem assinala o dito bulingue não é de hoje, é de sempre. Precisamente por ser de sempre é que é tolerado. E não precisa de palavras em línguas foleiras para ser descrito: praxe serve muito bem para o efeito, na generalidade dos casos.
Tempos atrás discutia este assunto com um amigo e colega da minha criação, que jurava a pés juntos que isto agora não tinha nada a ver com o nosso tempo, os putos são mais violentos, o dito bulingue é uma novidade, e o camandro.
Tive de lhe avivar a memória:
– Olha lá, não te lembras que sempre foste um matulão do caraças, e que na primária eras o primeiro a bater? E nunca levavas?
E lá teve de se lembrar.
Este é dos meus (e provavelmente é meu familiar, eheheheh):
Nos últimos dias foram publicadas duas notícias que são todo um programa para o que nos espera nos próximos tempos. A primeira foi no Observador, uma entrevista ao Presidente do Grupo Jerónimo Martins onde ele explica que estamos a caminhar para uma crise grave, muito grave. Profunda, nas suas palavras. “Relativamente ao Plano de Recuperação […]
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
“O que os magistrados de bancada não percebem é que a Justiça tem um tempo próprio. Que é o tempo de deixar prescrever os crimes.”
«White, Anglo-Saxon and Protestant» (WASP) e «homogenous, North European, white, male, and elite». Homogenous, homogeneous…
e não é. Mas parece que é o protesto possível: a Petição pelo afastamento do Juiz Ivo Rosa de Toda a Magistratura.
E como protesto colectivo, neste momento, para que seja ouvido, vale quase tudo.
Confirma-se, eram apenas escutas.
Pode ler aqui as mais de 6000 páginas que fundamentam a decisão do Juiz Ivo Rosa:
Mais de seis mil páginas e papel desperdiçado.
Não teria sido mais fácil usar só uma e escrever:
“O Ministério Público é incompetente, os poderosos são sempre ilibados e o juiz Ivo Rosa é um choninhas”.
Entreguem a conta à Amazónia.
Quando finalizar o número “Victor Hugo Cardinali” da Operação Marquês, esperemos que se abra a “Operação Múmia”.
É que nisto das amizades, os amigos de Ricardo Salgado levam vantagem. Até Cavaco Silva.
Isto é como diz a velha História: São 11 contra 11 e no final o Sócrates sai ilibado.
Há uns dias, ouvíamos um juíz a desafiar um gajo para a porrada. Agora, ouvimos um juíz a dar porrada a um povo inteiro.
A culpa ainda vai ser do Passos.
Faleceu o Duque de Edimburgo, o marido de Isabel II. Com 99 anos.
«Doidas, doidas, doidas
Andam as galinhas
Para pôr o ovo lá no buraquinho
Raspam, raspam, raspam
Para alisar a terra
Bicam, bicam, bicam
Para fazer o ninho»
Suzana Garcia não exclui acordo com o Chega (a primeira entrevista da candidata do PSD à Amadora)
A prisão onde estão os maus banqueiros islandeses. Por cá, o problema está nos apoios sociais.
O Tratado da Carta da Energia coloca algemas às medidas de acção climática:
Ontem, Cristiano Ronaldo falhou um golo só com o guarda-redes pela frente. Eu, se fosse o árbitro, saía do campo e atirava com o apito.
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