Conversas Vadias 51

Na quinquagésima primeira edição das Conversas Vadias, marcaram presença os vadios António de Almeida, Fernando Moreira de Sá, João Mendes e José Mário Teixeira, que conversaram sobre irritante, irritado, Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, vichyssoise, chumbos, Elvira Fortunato, Fernando Medina, João Gomes Cravinho, Mariana Vieira da Silva, sociedade civil, PSD, estadistas, desafios do PSD, Pedro Duarte, Carlos Moedas, Câmara Municipal de Lisboa, Cristina Rodrigues, animais, animalistas, Chega, MRPP, morte aos traidores, emigrantes, círculo Europa, PCP, Iniciativa Liberal, BE, transferência de votos, falta de óleo, Espanha, Pacheco Pereira, José Magalhães, Nogueira de Brito, Lobo Xavier e Cavaco Silva.

No fim, as habituais sugestões:

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Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas Vadias 51
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Conversas Vadias 23

Vadios presentes: António de Almeida, Orlando Sousa, José Mário Teixeira, Carlos Araújo Alves, Francisco Miguel Valada, António Fernando Nabais e João Mendes.

Vadiagens: Pacheco Pereira maoísta com o complexo de Noé, eleições autárquicas, o milagre das obras em ano de eleições, Rui Tavares menos livre, Paulo Portas, Otelo, a História e as emoções, a importância de aprender e de estudar História, 25 de Abril sempre ou de vez em quando, FP-25, MDLP, ELP, dos trabalhadores aos colaboradores.

Sugestões: música, gastronomia, livros e tudo.

Conversas Vadias
Conversas Vadias
Conversas Vadias 23
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O fato das alianças, a persistência dos contatos e o massacre contínuo

MAÎTRE DE PHILOSOPHIE. La voix U se forme en rapprochant les dents sans les joindre entièrement, et allongeant les deux lèvres en dehors, les approchant aussi l’une de l’autre sans les joindre tout à fait : U.
MONSIEUR JOURDAIN. Il, U. il n’y a rien de plus véritable : U.
MAÎTRE DE PHILOSOPHIE. Vos deux lèvres s’allongent comme si vous faisiez la moue : d’où vient que si vous la voulez faire à quelqu’un, et vous moquer de lui, vous ne sauriez lui dire que : U.
— Molière, “Le Bourgeois gentilhomme

Considering that the sound /y/ is absent from the vowel space of the subjects in the present study, both at the phonemic and allophonic levels, and consequently that /u/ varies freely, beginner L1 American English learners of L2 French should have difficulty establishing contrastive phonemic categories for /y/ and /u/.
Ruellot

Specifically, the study focused on production by native English speakers of the French vowels /u/ and /y/. French /u/ is realized with variants that are similar, yet acoustically non-identical, to the realizations of the /u/ category of English. French /y/, on the other hand, does not correspond directly to an English vowel, and can therefore be regarded as a new sound for English native speakers who learn French as an L2.
Flege

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Há um importante aspecto — com <c>, que em português do Brasil ilustra /k/ e em português europeu fixa o /ɛ/, impedindo um /ɛ/→[e] (cf. ‘espeto’) — a ter em mente, ao reflectirmos — também com <c>, que ilustra o /k/ subjacente e fixa igualmente o /ɛ/, evitando-se /ɛ/→[ɨ] (cf.repetirmos‘) — sobre a recorrência de grafias como aquela ali à esquerda:

Agora, de forma escorreita.

Há um importante aspecto a ter em mente, [Read more…]

O aceitável

Leio, na edição de hoje do “Público”, que pertencer à Frente Nacional (FN) de Marine Le Pen passou a ser “aceitável”. Quem o observa é Sylvain Crepon, um investigador da Universidade de Tours que estuda a extrema-direita francesa e que conta que, até há pouco, para irem colar cartazes os apoiantes de Le Pen faziam-se proteger com tacos de basebol e iam acompanhados por uns quantos skinheads.  “Agora podem fazer isso em plena luz do dia, o que mostra que as pessoas já estão mais habituadas à FN. Tornou-se mais aceitável.”

“Aceitável” graças sobretudo à sagacidade de Marine Le Pen, que soube empurrar para fora de cena um embaraçoso pai incapaz de conter o seu discurso de ódio. A hábil Le Pen faz-se agora chamar apenas de Marine nos cartazes, encheu os comícios de rosas azuis, afectos e sentimentalismo, fala da “França esquecida”, da “França sem voz mas não sem coragem” e reclama para o seu partido a personificação desses “valores franceses”, chavões de conteúdo vago, ideias míticas de uma “França perdida” que é preciso recuperar, um bastião a defender perante a invasão dos outros, dos estrangeiros, dos terroristas. [Read more…]

E o próximo a ser saneado pelo Dinis vai ser…

Pacheco Pereira

Um desenho chega

orçamento de estado-2017

Poderia escrever-se alguma coisa sobre o assunto, mas dissertar sobre revisionismos é uma perda de tempo.

Pacheco Pereira sobre a possibilidade de um novo resgate

Existe um colete de forças que torna o decurso económico independente da mudança de governo, facto que  direita não quer ver. Esta opta pela justificação que lhe serve para o objectivo eleitoral. A esquerda também opta por uma leitura desligada deste percurso ao pretender que a situação está melhor. E até melhorou para as pessoas, mas sobra a dúvida se a melhoria pontual resistirá ao contexto macro. Uma coisa é certa, não é por o país ficar melhor que a situação individual melhora. Isso seria construir uma floresta sem árvores. O país melhora quando os seus cidadãos ficam melhor.

Aliás tudo o que está a acontecer agora não revela qualquer significativa inversão das tendências negativas dos últimos meses da governação PSD -CDS. Acresce que a verdadeira bomba -relógio do sistema bancário, que o governo Passos-Portas-Maria Luís deixou de herança, tinha-lhes rebentado nas mãos e, se compararmos a inépcia e a negligência criminosa do governo PSD-CDS nesta matéria, é provável que os estragos fossem maiores. Aliás, a causa mais provável para haver um novo resgate em Portugal é a situação da banca, e essa responsabilidade vai inteirinha para Passos, Portas e Maria Luís.

O impasse da política portuguesa é apenas este e este “apenas” é gigantesco: se quem manda hoje na Europa, a aliança da Alemanha com alguns países do Centro e Norte da Europa, continuar a impor as mesmas políticas de “ajustamento”, que hoje são criticadas até pelo FMI…, não aceitar proceder a uma mudança que passe pela restruturação das dívidas, pela baixa dos juros, pela maior flexibilidade na gestão dos défices, por políticas de investimento, e pela solidariedade activa dos países mais ricos com os mais pobres, na tradição dos fundadores da União, nem Portugal, nem a Europa sairão dos impasses actuais. [Pacheco Pereira, Visão, 19/08/2016]

O fel

Os visados acusaram o toque. E, no entanto, o relatado sobre o bando que empesta as redes sociais é um facto, tendo um deles sido bem detalhado no Aventar. Incomoda-os que alguém não seja mais uma ovelha no rebanho. Habituem-se.

(…) é muito interessante ver aquilo que são os bas-fonds da nossa direita radical, entre comentários, blogues e twitter. (…) estou a falar de apoiantes do PSD e do CDS, do extinto PAF, muitos “jotas”, mas também gente adulta que enfileirou nos últimos cinco anos do “ajustamento”, vindas de alguns think tanks e amadores da manipulação comunicacional que se formaram nestes anos. São também alguns colunistas no Observador, no Sol, no extinto Diário Económico e nos sites que estes jornais patrocinam com colaboração gratuita para formar uma rede de opinião que funciona para pressionar os órgãos de comunicação que, muitas vezes, de forma muito irresponsável, a ampliam em “informação” como oriunda das “redes sociais”. Não são um grupo muito numeroso, mas escrevem todos os dias e em quantidade, parecem estar de patrulha nas caixas de comentários e no twitter e são muito agressivos. Não se coíbem em usar citações falsas ou manipuladas, boatos, calúnias e insultos (Costa é o “monhé” e o “chamuça”, por exemplo). É na vida política portuguesa um fenómeno novo e não adianta dizer que o mesmo existe à esquerda, porque não é verdade. [Read more…]

Não chega ser do Sporting de Braga

Uma metáfora fantástica de Pacheco Pereira sobre Marcelo.

Os medíocres contra Pacheco

o editorial do DN que vale a pena ler.

Asfixia democrática no PSD

PP

Com a ajuda de um título sugestivo do Expresso, disseminou-se a ideia de que Pacheco Pereira apoia a candidatura de Marisa Matias à presidência da República pelo simples facto de ter participado num fórum organizado pela mesma. Segundo o mesmo jornal, Duarte Marques ter-se-á mostrado “chocado com o suposto apoio de Pereira à candidatura de Marisa Matias“, algo que o próprio Pacheco Pereira acabaria por desmentir. À boleia desta nada surpreendente manipulação, o deputado do PSD aproveitou o momento para apelar à saída voluntária do histórico social-democrata de um partido pelo qual já lutava ainda Duarte Marques brincava no recreio da escola primária. [Read more…]

Mentira dita com cara de sentido de estado não deixa de ser mentira

Vamos à avantesma. Os nossos dicionários são inequívocos “aparição de uma pessoa morta”, “pessoa ou objecto assustador, disforme ou demasiado grande”. Morto está, mas o Presidente da República ainda lhe permite que mexa, para ainda maior susto dos portugueses. Mete medo? Mete e ainda devia meter mais. Todo o processo da avantesma, o seu “conceito” como agora se diz, está bem explícito na história da devolução dos 35% da sobrecarga do IRS, que agora se verifica ser zero. Porque é que a história da devolução do IRS fantasma está na massa do sangue da avantesma? Porque foi isso que reiteradamente semana sim, semana sim, a coligação fez nestes últimos quatro anos e continua a fazer como quem respira.

É a mentira muito comum na esfera pública e política? É. Há uns especialistas na mentira que estão agora a contas com a justiça e que vinham do lado da geringonça. Mas isso não justifica o uso sistemático da mentira como mecanismo de governação, com a agravante de que uma comunicação social que nunca esteve tão perto do poder, em particular no chamado jornalismo económico, mas não só, dá uma amplificação enorme a estas mentiras. Transformaram-se naquilo que é o mais próximo que já alguma vez conhecemos, do “pensamento único”. E o “único” tem muita força, mas é do domínio dos “objectos disformes”, “demasiado grandes”, das avantesmas. [Público, 21-11-2015,  Pacheco Pereira]

A mentira como estratégia política para manter o poder pelo que o poder oferece. Não deixa de ser irónico que, na sociedade da informação, é a desinformação que dá vitórias eleitorais.

Pacheco Pereira não votará no PSD/CDS

O argumento é o de que foi assim, porque tinha que ser assim. Mas na verdade, não tinha que ser assim, foi assim porque se foi negligente (no Citius), se perdeu o controlo (no Novo Banco) e se fizeram asneiras (no “ir para além da troika”) ou, como no caso dos Estaleiros, porque se quis que fosse assim. Os prejuízos enormes a montante a jusante de muitas das decisões negligentes, impreparadas, imponderadas deste governo, para servir interesses e amigos, por ideologia, ou pior ainda, não podem ser justificadas pelas situações de facto que foram criadas. Algumas foram travadas pelo Tribunal Constitucional ou por outros Tribunais, outras porque o protesto teve força, outras porque estavam tão mal feitas que não passaram do papel. Mas, para mal de Portugal e dos portugueses passaram coisas demais. Mas quem é que quer saber?

Não há-de ser por mim, como aliás por muitos social-democratas que ainda sabem o que designa essa classificação política, que o PaF vai ganhar. Contrariamente à pequena intriga de muitos gnomos dedicados ao dedo twitteiro e facebookiano da coligação, uns amadores, outros profissionais, todos a mostrar serviço, que se saiba ninguém mudou de partido, ninguém faz parte das listas de deputados do PS e ninguém espera cargos e lugares caso o PS ganhe as eleições. Mas são sensíveis à vergonha interior que muitos trabalhadores dos Estaleiros de Viana devem ter tido, ao ver Portas a usá-los.

Pacheco Pereira explica de forma simples os erros do governo. Exactamente aquilo que o PS tem falhado redondamente.

E mete o dedo na ferida aberta na comunicação social. [Read more…]

O PCP tornado invisível pela comunicação social

Paulo Pereira

José Pacheco Pereira – Até que ponto, em muitos aspectos, a comunicação social é manipulada:

A ler: O PCP tornado invisível pela comunicação social.

Um governo de truques

A história mais recente e que me fez escrever este artigo foi a desfaçatez do truque que o Ministério da Educação usou para marcar os exames aos professores com três dias úteis de pré-aviso, caindo do céu da surpresa no fim de Julho, com grande estrondo. Na verdade, são teoricamente cinco dias, o mínimo exigido por lei, mas só teoricamente. O truque foi pré-assinar um despacho em segredo, no quinto dia divulgá-lo no Diário da República a contar do dia da sua assinatura, para que na prática faltassem, após o anúncio ser conhecido, apenas três dias úteis até ao exame, 17, 18, e 21 de Julho. Professores que já estavam a receber o subsídio de desemprego, que já estavam de férias, e que não sabiam que iam ter um exame para que é suposto prepararem-se, cai-lhes em cima uma data que é já praticamente amanhã. Nem o gado é suposto ser tratado assim, mesmo quando vai para o abate.

Porquê esta rapidez? A resposta é muito simples: para evitar que os sindicatos pudessem apresentar um pré-aviso de greve no prazo exigido pela lei – ou seja, o Governo faz um truque descarado e sem vergonha para contornar uma lei da República, que permite o exercício de um direito. [Pacheco Pereira, no Público]

A pedra no Brave New Word do Portugal empobrecido

A raiva que o manifesto dos 70 provocou.

O Pelotiqueiro

pelotiqueiro

No seu artigo no Público de sábado, Pacheco Pereira entende as mentiras do Primeiro Ministro e a densidade que o mesmo concede à sua própria palavra como fruto de uma geração de políticos que se caracteriza por um “amoralismo que não é um pragmatismo”, nem sequer “um oportunismo”, mas “uma ignorância e uma indiferença, um egoísmo obsessivo, mas de muito pouco alcance”. Mais tarde, salientando que a sua vigarice vocabular não é sequer muito sofisticada e que “o dolo é muitas vezes grosseiro”, conclui que é obsceno e imoral o Primeiro Ministro tratar assim as pessoas.

Pacheco Pereira é um esteta e a sua insuficiência enquanto político nesse simples facto radica. A geração de políticos a que se refere quando pensa no Primeiro Ministro não é propriamente amoral porque a ideologia que subscreve é todo um programa de vida que se tece numa extensa rede de cumplicidades. Passos Coelho e os seus acólitos obedecem a um preciso código recheado de imoralidades, nos termos do qual os fins justificam os meios e os meios justificam qualquer fim,independentemente da vítima e mesmo do resultado. [Read more…]

As fermentações e destilações de Pulido Valente

Vasco Correia Guedes (Pulido Valente apenas aos 17 anos, pouco antes de idade para assistir a filmes para adultos e à ´Revista Portuguesa’) escreve normalmente a dois tons: ‘fermentação e destilação’, vitalizando abundantes microorganismos à volta da matéria orgânica que, mais do que menos vezes, preenche os textos que publica.

No ‘Público’, e a propósito do agora famoso – e incomodativo para o governo e acólitos – desenho do visado (PP) na ‘Quadratura do Círculo’, SICN, o Correia Guedes fermentou e destilou uma composição, dedicada a Pacheco Pereira, iniciada com o seguinte parágrafo:

O regresso à infância do dr. Pacheco Pereira impeliu esse erudito e estudioso cavalheiro a fazer um desenho, que a televisão mostrou e, ao que parece, foi um “sucesso”.

Ao artigo deu o título ‘ As 200 famílias (nova edição) ‘, inspirada no facto de um político francês, Daladier da Frente Popular, ter denunciado em 1936 que 200 famílias controlavam o Banco de França, então privado.

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O PP tem sempre razão

Sou um incondicional do Pacheco Pereira, um homem livre, como há poucos.

Se concordo sempre com ele?

Claro que não, mas gosto da forma livre e inteligente como ele exerce a sua participação no Espaço Público. Não resisto, ainda que isso possa não estar no manual de boas práticas da blogosfera,  a reproduzir integralmente os dois últimos escritos no Abrupto:

O Material tem sempre razão (6)

Vale a pena repetir. Existe democracia quando se verificam duas condições: a soberania popular expressa pelo voto, e o primado da lei. DUAS CONDIÇÕES.

O Material tem sempre razão (5)

Há várias  coisas que nunca se devem esquecer: esta gente é vingativa e não se importa de estragar tudo à sua volta para parecer que tem razão. Já nem sequer é por convicção, é por vaidade e imagem.
Outra coisa, ainda mais complicada, que também não deve ser esquecida: o governo considera bem-vindas as ameaças da troika. São a chantagem que precisam, pedem e combinam. Não são uma voz alheia, nem dos “credores”, nem da troika, nem de ninguém, são o auto falante agressivo que o governo necessita para tornar a sua política inquestionável e servir de ameaça a todas as críticas. E por último, e não é de menos, esta gente é perigosa e, na agonia, muito mais perigosa ainda.

(A propósito do despacho do ministro Vítor Gaspar de 8 de Abril que pára o funcionamento do estado português, atribuindo essa decisão ao Tribunal Constitucional. O governo entrou numa guerra institucional dentro do estado, em colaboração com a troika, para abrir caminho a políticas de duvidosa legalidade e legitimidade baseadas no relatório que fez em conjunto com o FMI. Não conheço nenhum motivo mais forte e justificado para a dissolução da Assembleia da República por parte do Presidente do que este acto revanchista contra os portugueses.)

Pacheco Pereira a Lobo Xavier explicam a democracia a António Costa

O Papa abdica, o povo é que exerce censura sobre os governantes e António Costa defende o Relvas. O fim do mundo foi mesmo em Dezembro,

Fala Pacheco

Quando ouço falar do “festim do crédito”, quem é que é responsável pelo “festim”? Quem deu a festa para recolher lucros, ou participou nela para ter vida mais fácil? A resposta justa é: pelo menos os dois. A injustiça da resposta é que só um aparece como “culpado” do “festim”, e só um lhe paga os custos. E se falarmos mesmo dos muitos milhares de milhões que constituem a dívida nacional, que hoje é apontada como um fardo moral para os pobres que “viveram acima das suas posses”, com esse plural majestático do “nós”, em “nós vivemos acima das nossas posses”, eles não foram certamente para o bolso das pessoas comuns que hoje lhes pagam o custo. Não foram os pobres, nem os funcionários públicos, nem a classe média baixa que fez as PPP. O discurso do poder é todo feito para culpabilizar os de baixo, enquanto quase pede desculpa para moderar um pouco os de cima. A resposta dos de baixo é uma rasoira populista e igualitária, que também não promete nada de bom para o futuro.

Há uns imbecis que dizem que falar assim é falar como o Bloco de Esquerda. [Read more…]

Olha pra mim a publicar uma crónica do Pacheco Pereira

Aqui está, o artigo do Pacheco Pereira no Público de hoje. Nem faço a ressalva de não concordar com tudo, o que é óbvio, a História tem o condão de unir os que a estudaram, e basta.

Vai ser um verdadeiro 31!

O 31 da Armada fez 5 anos. Resolveu festejar a 25 de Novembro no Campo Pequeno com a apresentação de uma curta-metragem (segundo sei já inscrita num festival internacional de curtas) chamada “O Jacaré” – A Vida e a Obra de José Pacheco Pereira.

Não lembra ao Diabo. Lembra a Deus! Aliás, só podia lembrar a Deus e aos seus companheiros do fabuloso 31 da Armada produzir e realizar uma curta metragem sobre Pacheco Pereira e lançar a dita num cinema, mais precisamente, numa das salas de cinema do Campo Pequeno em Lisboa (19h30 da próxima sexta-feira).

Se fico admirado? Não. É genial como só RMD sabe ser. Como é normal no 31 da Armada.

Meus caros(as), se vivem em Lisboa ou perto, não percam este momento histórico da blogosfera portuguesa.

Pacheco Pereira, Maria de Lurdes Rodrigues e as Novas Oportunidades

Santana Castilho *

1. Em artigo intitulado “Notas de campanha (1)”, Pacheco Pereira classifica de “reprimenda mal-educada” a Passos Coelho aquilo que eu disse sobre o programa do PSD para a Educação. Pacheco Pereira foi atrevido. Falou do que não conhecia. Deturpou e distorceu. Porque não aceito lições de Pacheco Pereira, ignoraria a diatribe, não fora o respeito que me merecem os leitores do “Público”, que cumpre esclarecer. Passos Coelho prefaciou um livro meu e apresentou-o. O livro é um contributo para um programa de actuação política no domínio da Educação. Por iniciativa própria, Passos Coelho esclareceu aspectos de uma colaboração que me pediu. E entendeu, naquele acto público, referir o meu desapontamento (que lhe comuniquei em privado) com a versão final do programa eleitoral para a Educação do PSD e anunciar que o iria melhorar. Passos Coelho falou antes de eu ter falado e teve a hombridade de reconhecer (coisa pouco usual na prática política corrente) que o programa devia ser melhorado. Porque foi Passos Coelho a tomar a iniciativa de se referir ao que eu não abordaria na apresentação do livro, entendi escolher, para o referenciar, os aspectos que melhor poderiam servir a decisão, autónoma e prévia, (e sublinho o “prévia”) de Pedro Passos Coelho. Do espírito e da forma do que foi dito, quer por Passos Coelho quer por mim, ressaltou frontalidade e cordialidade. Só por ignorância ou má fé alguém pode falar de má-educação. A sala estava cheia. Duzentas pessoas podem testemunhar o que aqui fica, preto no branco. E Pacheco Pereira não estava lá. Ficar-lhe-á bem pedir desculpa. [Read more…]

Pacheco, o SMS, uma memória selectiva e porque raio veio agora com isto?

Pacheco Pereira lembrou-se ontem na Quadratura do Círculo que recebeu a 11 de Março um SMS onde, supostamente, os deputados do PSD deveriam estar “calados até à noite para não prejudicar as negociações do Governo” na cimeira europeia em que o executivo levou o PEC IV e que foi vetado pela oposição a 23 de Março.

Hoje tem sido um fartote em blogues e redes sociais a análise do tema, os potenciais engulhos que este ‘caso’ pode provocar no PSD, cuja direcção é claramente um brutamontes com um lápis azul em riste.

Luís Paixão Martins decidiu, no seu blogue, divulgar o conteúdo da mensagem. Rezava assim: A Direcção do Grupo Parlamentar solicita aos senhores deputados que aguardem pelo final da reunião dos chefes de Governo da zona Euro para comentar as respectivas conclusões, a situação financeira do país e as novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo.

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Avaliação dos professores: perceber a revogação

Carta aberta à ministra da Educação

São inumeráveis as coisas que ignoro: a vida íntima da formiga branca, os elementos da tabela periódica, os hábitos alimentares dos povos indígenas do Chile, as vicissitudes do quotidiano profissional que não seja o meu. Como sei que sei pouco, é usual – digo-o com toda a imodéstia – reduzir-me ao silêncio sobre todos esses muitos assuntos sobre os quais ignoro tudo. Como se costuma dizer: reduzo-me à minha ignorância. Ou ainda: procuro ser do tamanho daquilo que sei. Mais: se não sei, calo-me ou, no máximo, pergunto.

Todas estas características fazem de mim alguém completamente inapto para poder ser um comentador moderno, como um Miguel Sousa Tavares ou um José Leite Pereira ou um Pacheco Pereira, gente abrangente, capaz de perorar sobre tudo com base em nada.

Para aqueles que desejem continuar sem saber quais eram os erros contidos no modelo de avaliação dos professores, é aconselhável que continuem a ler os comentadores modernos. Se preferirem saber, podem, por exemplo, seguir a ligação para a carta aberta à ministra da Educação e lê-la. É certo que tem a desvantagem de ter sido escrita por quem percebe do assunto, mas, por vezes, é preciso experimentar coisas novas: uma pessoa até corre o risco de ficar informada.

Conta! Conta! Conta!

Estamos todos à espera e já todos o esperavam

PSD – Directas #8: Estamos esclarecidos

Se as fontes da jornalista Paula Sá do DN são boas:

Paulo Rangel conta com outro nome de peso no grupo parlamentar, o de Pacheco Pereira, que se empenhou no sucesso da sua candidatura. O deputado social- -democrata foi um dos que apelou à desistência de Aguiar-Branco a favor do eurodeputado. E tem a experiência necessária no lugar, pois foi líder parlamentar no fim do cavaquismo.

Entretanto, fazendo fé nas mesmas:

Manuela Ferreira Leite, essa, já anunciou que se manterá de pedra e cal no Parlamento seja qual for o líder do partido. Mas como foi a primeira a tentar convencer Paulo Rangel a correr para a liderança,é normal que seja mais cooperante nas tarefas parlamentares caso seja o rosto deste candidato o próximo a fazer parte da galeria de líderes na São Caetano à Lapa

A pontaPEC

A abstenção do PSD hoje na votação sobre o PEC pode vir a ser fatal para o partido sendo-o, quase de certeza, para o país. Este Programa de Estabilidade e Crescimento é um logro. Ao PSD só restaria uma decisão: votar contra.

Um plano que castiga a classe média e as classes baixas, que não fomenta o crescimento económico e que não dá resposta às necessidades dos verdadeiros promotores de riqueza e emprego (as empresas), nunca pode merecer um voto favorável ou uma abstenção estilo lavar as mãos como pilatos.

O Partido Socialista agradeceu a Manuela Ferreira Leite. Eu, no lugar deles, faria o mesmo pelo enorme frete. Foi um verdadeiro beijo fatal em MFL e Pacheco Pereira. A líder do PSD afirmou que votou desta forma por colocar em primeiro lugar os interesses do país e só depois os do partido. Falso, foi exactamente o oposto. Quem coloca os interesses de Portugal e dos portugueses acima de tudo só poderia ter votado contra.

A partir de agora, seja no Abrupto ou na Quadratura do Círculo, o ilustre Pacheco Pereira deixou de ter espaço para criticar as políticas económicas deste governo. Ele calou, ele consentiu, ele é cúmplice neste erro.

O Ricardo, aqui no Aventar, afirma que o país nunca mais perdoará ao PSD por esta votação. Espero que amanhã, os militantes do PSD, respondam ao Ricardo, a todos os portugueses que como ele não são militantes de nenhum partido, dando um sinal claro que querem mudar, que querem outro PSD sem Manuela, Pacheco e aqueles que estes dois apoiam. Caso contrário, terei que me juntar aos Ricardos e nunca mais perdoar.

ETA tanta coisinha da boa…

No dia em que o Aventar faz história com a posta mais hilariante da blogosfera nacional e já que se fala de terrorismo, ficamos a saber que a ETA também gosta de Óbidos, onde tinha aquilo que todos nós desconfiávamos mas as autoridades nunca quiseram assumir: a ETA utiliza Portugal como um dos centros operacionais.

Entretanto, a polémica lei com custos idênticos ao Euromilhões desta noite, acabou aprovada. Só falta saber se o governo vai querer continuar a prolongar este momento silly da season.

Em época de lampreia, nada como o regresso dos robalos como entrada para uma jantarada saudável. Mesmo quem não gosta do abrupto JPP, terá de concordar que o homem não é gago e está carregadinho de razão – nesta matéria.