António Costa tem de explicar

Completamente de acordo com a grande Mariana Mortágua e com essa criaturinha adorável que dá pelo nome de João Galamba. As provisões do Banco de Portugal devem estar ao serviço das políticas públicas.
Agora que o Grupo de Trabalho fez o seu (excelente) trabalho, cabe ao primeiro-ministro António Costa explicar se concorda ou não com as suas conclusões: as provisões, a reestruturação da dívida, etc.
É que, se não concordar, tem de explicar por que razão é contra um conjunto de soluções que reduz a dívida pública para cerca de 90% do PIB. E se for contra, terá de arcar com as responsabilidades da sua decisão.

Novo Banco reestrutura dívida a amigo de Ricardo Salgado

NB

Há reestruturações de dívida e reestruturações de dívida. Se a dívida a reestruturar for, por exemplo, a de uma nação como Portugal, imediatamente se eleva um coro de moralistas liberais e conservadores que protesta com veemência, ora por se tratar de uma irresponsabilidade, ora porque se trata de um mau sinal para os investidores, ora porque as dívidas são para pagar porque os devedores devem ser indivíduos de palavra e os credores não lhes pediram que se endividassem. Mesmo quando o próprio FMI afirma que a dívida de uma nação como Portugal devia ter sido reestruturada por ser insustentável. [Read more…]

Porque eles não querem sequer ouvir falar em reestruturação da dívida

A recusa em aceitar esta evidência, que espantosamente é ainda dominante em Portugal, só pode ser explicada pelo facto da dívida desempenhar um papel instrumental central na legitimação da agenda política conservadora que tem vindo a ser aplicada.” [Alexandre Abreu@Expresso]

Reestruturar? nunca

O FMI já admite que a dívida é de alto risco e poderá ser reestruturada.

O perigoso pensamento económico da esquerdalhada

hammer and sickle

Há pouco mais de 3 meses surgia o Manifesto dos 70, uma iniciativa levada a cabo por um grupo de personalidades de diferentes áreas da sociedade, que conseguiu a proeza de afinar pelo mesmo diapasão gente tão diferente como Francisco Louça ou Bagão Félix. Os subscritores deste manifesto defendiam que a solução para a crise que o pais atravessa passaria forçosamente pela reestruturação da dívida e, como seria de esperar, a tropa de choque do governo e das entidades que compõem a Troika veio rapidamente a terreiro diabolizar a iniciativa.

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Esta esquerdalhada irresponsável!

FMI diz que afinal teria sido melhor reestruturar a dívida de Portugal

Não conhece o Manifesto dos 70

Mas defende a reestruturação da dívida portuguesa. Insurjamo-nos contra este Nobel blasfemo!

Reestruturar a dívida? jamais!

Afinal eles reestruturam, silenciosamente. Era irrevogável.

Renegociação da dívida, mais uma voz

Enquanto por cá se instala o novo governo, se apresentam malabarismos vários e se jura a pés juntos que Portugal não reestruturará a sua dívida, crescem, noutras paragens, as opiniões de que tal será uma inevitabilidade.

Agora foi a vez de Mohamed El-Erian, CEO da PIMCO, o maior trader de títulos do mundo. Segundo ele a dívida grega é demasiado grande para permitir crescimento, situação que intoxicará o resto da economia europeia, comparando a situação a uma bola de neve que rola encosta abaixo, aumentando de tamanho e de velocidade de forma cada vez mais desordenada.

Assim continuamos a actualizar a lista de vozes que defendem – ou vêem como inevitável – e renegociação das dívidas dos países europeus intervencionados pela troika:

PCP

BE

Boaventura Sousa Santos

António Nogueira Leite, dirigente do PSD, economista

Thomas Mayer, economista-chefe do Deutsche Bank

Alberto Garzón Espinosa, Conselho Científico da ATTAC Espanha

Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia [Read more…]

Portugal pode ter de sair do Euro

Quem ler as recentes afirmações de Nouriel Roubini sobre a reestruturação de dívida, o futuro do euro e o devir mais próximo da economia europeia e mundial, devia prestar atenção ao conteúdo e reflectir um pouco.

Não é isso que vejo nos comentários nos blogues e jornais, bem pelo contrário. Desde verem veladas ameaças americanas nas suas palavras, a fazerem chalaças sobre a clarividência de economistas, tudo serve para mandar bocas para o ar e não reflectir.

É exactamente por isso que estamos na actual situação apesar de todos os avisos.

Há quem tenha que bater com a cabeça na parede para ver que há parede e perceber que tem cabeça, ainda que esta, nesses casos, sirva para pouco mais do que usar chapéu.

Renegociação da Dívida: surpresa?

Conjecturei em artigos anteriores que cada vez mais vozes se levantariam  defendendo uma renegociação da dívida portuguesa e que haveria, com o tempo, opiniões vindas de sítios e pessoas “surpreendentes”. A verdade é que não tem sido necessário esperar assim tanto tempo e começa a tornar-se óbvio para muitos.

Quanto a ser surpreendente, pronuncie-se o leitor: João Duque, Presidente do ISEG, conselheiro do líder do PSD e eventual ministro das finanças de Passos Coelho, admite já que Portugal vai ter de reestruturar a dívida.

Das duas uma: ou João Duque não quer ser Ministro das Finanças e afasta assim qualquer possibilidade de convite, ou começa a preparar o terreno. Se, ainda assim, for convidado, podemos adivinhar o que pensa Pedro Passos Coelho sobre o assunto.

Acrescente-se ainda Nouriel Roubini, um dos economistas a quem se fez orelhas moucas sobre o estado da economia e sobre as consequências do excesso de liberalismo e que previu, por exemplo, a crise financeira de 2007.

Eis a lista, em crescimento:

PCP

BE

Boaventura Sousa Santos

António Nogueira Leite, dirigente do PSD, economista

Thomas Mayer, economista-chefe do Deutsche Bank [Read more…]

Renegociação da dívida: e esta?

Prometi ir actualizando uma lista de opiniões favoráveis à renegociação (reestruturação) da dívida à troika e afirmei que esta lista iria, com o tempo, aumentar muito e de forma surpreendente.

Não me enganei. Agora entrou em cena, nada mais, nada menos, a Alemanha. É certo que se refere à Grécia mas, o tempo encarregar-se-á de o mostrar, nas entrelinhas pode ler-se Portugal. Nisto, os alemães são bons: adiantam-se e tentam resolver antes que tudo desmorone, não vá o deixa andar mediterrânico tecê-las e ficarem os credores alemães a arder.

Ora, com este peso-pesado, a lista está assim (e continua em construção):

PCP

BE

Boaventura Sousa Santos

António Nogueira Leite, dirigente do PSD, economista

Thomas Mayer, economista-chefe do Deutsche Bank

Alberto Garzón Espinosa, Conselho Científico da ATTAC Espanha

Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia

Wolfgang Schauble, ministro das Finanças da Alemanha

Renegociação da Dívida: a somar

Prometi, num post anterior, ir actualizando uma lista de organizações e personalidades que começam a defender a renegociação (reestruturação) da dívida portuguesa. Como disse então, aposto que esta lista vai crescer muito e juntará cada vez mais pessoas oriundas de diferentes quadrantes políticos.

Agora chegou a vez do economista-chefe do Deutsche Bank, Thomas Mayer, falar nisso.  [Read more…]