Ficámos a saber, através da página do Facebook da ILC contra o Acordo Ortográfico, que o ministro da Educação terá dito o seguinte à Lusa: «O Acordo Ortográfico não está nas agendas dos dois ministros [da Educação do Brasil e de Portugal], “sendo um assunto sobretudo da área dos Negócios Estrangeiros”».
Acredito que o assunto não esteja na agenda deste encontro. Contudo, é grave deixar-se entender que o assunto não está “nas agendas dos dois ministros”, porque é “sobretudo da área dos Negócios Estrangeiros”. Ao ler-se esta notícia, julgar-se-á que o Ministério de Crato deixou de estar mandatado para tratar deste assunto e que sobre ele só o Ministério de Paulo Portas se pronunciará.
Recordemos duas das assinaturas que constam da Declaração de Luanda, em que se incumbe
o Secretariado Técnico Permanente (Portugal/ Angola/ Moçambique) para, junto e com o apoio do Conselho Científico do IILP e de instituições académicas dos Estados Membros, proceder a: 3.1. Um diagnóstico relativo aos constrangimentos e estrangulamentos na aplicação do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990; 3.2. Acções conducentes à apresentação de uma proposta de ajustamento do Acordo Ortográfico de Língua Portuguesa de 1990, na sequência da apresentação do referido diagnóstico:
– Aricélia Ribeiro do Nascimento, Coordenadora Geral do Ensino Fundamental, em representação do Ministro da Educação da República Federativa do Brasil
– Nuno Crato, Ministro da Educação e Ciência da República Portuguesa.
Exactamente.
Parecia que não eram mas estam a revelar-se uns vende Pátrias como os outros! Pena.