A Geração do Não Chega Lá

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Nos meus idos vinte anos olhava para os distantes quarentões como aqueles que tinham encontrado o lado estável da vida. Era o achar que nunca se teria uma daquelas barriguinhas dos petiscos, que o cabelo seria sempre viçoso e que a juventude era uma característica pessoal. Mas sabendo que inexoravelmente se lá chegaria e que o conforto da democracia burguesa desculparia alguma coisa.

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Um Novo Hino


Onde é que assino?

Lunaticidade em Portugal e na Venezuela

Temos rido algo sobranceiramente daquelas manias Venezuelanas de antecipar o Natal. Ora, o que se passa aqui é que o FMI vai prolongar a Quaresma. É mais ou menos a mesma coisa, [mas] em vez de [se] antecipar [, perpétua-se]. A época dos jejuns (…), dos sacrifícios, …» RAP, no Governo Sombra.

É de ouvir.

O exame não resolve, complica

Parece-me que o país começa a perceber o que está a acontecer à Escola Pública. Nas revistas de sábado alguém (tenho que voltar a procurar) escrevia sobre o desespero da e na Escola Pública. É um tema que merece uma atenção muito especial, porque a coisa complicou mesmo! Mas, por agora, vamos ao exame.

A questão do exame está longe, MUITO longe de ser uma questão central. É uma questão importante (MUITO!) para os professores, mas é uma medida completamente acessória. Ou, antes pelo contrário, é uma medida que só vem complicar.

Com Nuno Crato a sua (dele!) Escola passou a ter professores a mais: [Read more…]

Dividir para reinar

Maria do Carmo Vieira

Revejo ainda com nitidez, passados que são alguns anos, o rodopio de colegas, correndo atabalhoadamente, com um papel na mão, na direcção do Conselho Executivo, a fim de esclarecer uma série de dúvidas sobre os itens de uma suposta avaliação que privilegiava quase exclusivamente cargos, esquecendo a primordial função de um professor (ensinar), na esperança de aceder ao almejado lugar de «professor titular». Durante dias sucessivos, somaram-se pontuações, tentando-se, por vezes, ansiosamente, descobrir na Secretaria qualquer função que tivesse sido desempenhada e que correspondesse aos pontos necessários para atingir a pontuação mínima exigida. [Read more…]

Capciosa provocação do governo ao TC

Membros do governo, das mais diversas áreas e hierarquias, têm difundido a mensagem – ou quimera? – de que foram feitos ciclópicos esforços para cumprir a Constituição, nomeadamente no domínio de medidas sociais e económicas do OGE 2014.

Estava em plena fase digestiva, pós-jantar, e senti fortes perturbações gastrointestinais, embora silenciosas, quando li no ‘Público’:

Governo isenta de corte auxiliares, motoristas e secretariado dos gabinetes

Assevero, com solene palavra de honra, que nada me move contra os auxiliares, motoristas e secretariado dos gabinetes. Que se governem, aproveitando o dinheiro dos contribuintes e a generosidade dos governantes. A estes exijo apenas equidade e justiça nas medidas.

O que, de facto, me desinquieta o espírito é verificar que o governo de Coelho e Portas, que move céus, terras, Berlim e Bruxelas contra a CRP, tenha o desplante de lançar tão capciosa provocação ao Tribunal Constitucional.

Efectivamente, tome-se em consideração:

  1. O princípio de confiança preceituado no n.º do 2 da CRP.
  2. O preceituado pelo n.º 2 do Artigo 13.º da CRP:

“Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.”

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Sara Marujo

a132t5_3bCastro Marim, 2001 in História para Vivos