Reflexão sobre a Justiça Portuguesa

Se fossem angolanos estariam safos; mas, sendo portugueses envolvidos em fraude de 22 M € safam-se na mesma.

Ferreira Fernandes, um patife. Nada mais do que um patife

Na crónica de ontem do DN (olha quem, o DN!), Ferreira Fernandes atira-se ao Fernando Moreira de Sá .
Só para lembrar, Ferreira Fernandes escreve diariamente no DN. Ferreira Fernandes viu coleguinhas seus irem directamente para o Governo e de lá sairem para o jornal nas mesmas circunstâncias. Há episódios escandalosos, nos tempos de Sócrates e também nos de Passos Coelho.
Ferreira Fernandes assistiu de muito perto ao fenómeno do Corporações e às movimentações de certa blogosfera organizada a partir do Governo e com meios do próprio Estado. As suas amigas no jornal eram as pontas de lança dessa estratégia, embora curiosamente deixassem o nome para outros.
Ferreira Fernandes esteve do lado, fisicamente ou não, dos Joões, dos Hugos, dos Almeidas, dos Fernandos e de toda essa corja de assessores, chefes de gabinete, membros do Governo que usaram o seu tempo, pago pelo erário público, instalações do Estado, meios informáticos públicos e informação privilegiada para fins de combate político.
Ferreira Fernandes soube quem era Miguel Abrantes, mas nunca lhe ocorreu chamar patife ao autor de tal criação. Nunca lhe ocorreu deixar uma palavra que fosse sobre o assunto. Porque ele próprio fazia parte, quanto mais não fosse por omissão, da patifaria.

Prendas

Pronto, Ronaldo, mereces uma meia-final Portugal-Argentina. E a final com o Brasil, é claro.

A lógica do Imperador

O Expresso continua sob forte ataque por parte de poderosas forças nacionais. Depois do episódio do passado Sábado com as secretas, desta vez foi o  imperador Jardim que decidiu cortar relações com o “Grupo Expresso” (pensei que fosse um semanário, mas o imperador é um homem esclarecido, ele deve saber do que fala…).

Segundo o comunicado enviado ontem ao dito “grupo”, o Governo Regional decretou o fim de “qualquer colaboração” com o Expresso porque esses danados contrataram uma correspondente que desagrada à corte de João Jardim. Parece-me um motivo sensato: não gostamos dela, adeus!

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A prova não se vai realizar no dia 18

Outra vez a prova. Não é nem o Alfa, nem o Crato do nosso sistema educativo, mas é algo que está a mexer com a dignidade profissional, quer dos candidatos ao desemprego, quer dos professores dos quadros que olham para esta medida como uma enorme falta de respeito para com os professores, muitos dos quais com anos e anos de serviço.

Há muitas dúvidas sobre o enquadramento legal que a sustenta e por isso faz todo o sentido a dimensão jurídica que os sindicatos  decidiram desenvolver. Provavelmente, o recurso aos tribunais e as providências já aceites, irão impedir a realização da prova no dia 18. A não ser que hoje aconteça uma surpresa.

Parece-me também que a luta não se fará, no dia 18, através da falta dos avaliados. Esses, na minha opinião, têm mesmo que ir realizar a prova porque não acredito em lutas globais. Quem, no dia 18 (ou num outro qualquer dia), tem que se chegar à frente são os docentes dos quadros.

Obviamente, a GREVE anunciada pela FENPROF pode também ser um instrumento eficaz de combate a mais esta imbecilidade, mas a questão é mais complicada que isso. É que vigiar este tipo de acontecimento não faz parte do conteúdo funcional da profissão (artigo 35º). E, isto, é mais um exemplo da forma incompetente como estas coisas (não) são preparadas pelo Governo.

Pelo sim, pelo não, talvez seja bom estar atento, porque a humilhação não pode fazer parte do nosso dicionário profissional!

No entanto, a minha aposta é esta: dia 18 ninguém vai realizar a prova!

O Ensino Privado

empurrou a Ana Leal?

“O Católico Mais Javardo do Mundo”

Esse mesmo, o Abominável César das Neves

Diz o Bruno Nogueira

Que o César das Neves tem barbicha porque não gosta de ostras!

A destruição do Odeon

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Esse inimigo do património que se chama António Costa prepara-se para lançar novamente o seu cutelo sobre um edifício de elevado valor arquitectónico de Lisboa. Ao que parece, o Odeon tem os seus dias contados. Ao que parece, para ali instalar um centro comercial com o respectivo parque de estacionamento.
Porque a corrupção campeia neste país de bandidos, o palco, o tecto de madeira do Brasil, a iluminação de neon ou os varandins metálicos são elementos únicos que vão à vida.
E ninguém se indigna?

O pândego João Miguel Tavares

João Miguel Tavares sempre foi um pândego, todos o sabem. E por mais que ouvi-lo em rádio seja extremamente desagradável (certas pessoas deviam abster-se de falar na rádio), a verdade é que o seu contacto próximo com o Ricardo Araújo Pereira tem tornado o homem mais divertido, mais humorado. Mais pândego.
Hoje, na última página do «Público», o João Miguel Tavares aborda a polémica do momento e, façamos-lhe essa homenagem, dá nome ao «consultor» a que a maior parte dos que escreveram sobre o assunto se recusou a dar nome. É isso mesmo, chama-se Fernando Moreira de Sá.
Está visto que João Miguel Tavares, desatento quando o assunto não é atirar-se a José Sócrates, não sabia quem era Fernando Moreira de Sá. Acredito. Se soubesse quem era, e se o conhecesse pessoalmente, não escreveria as alarvidades que escreveu.
«Amplificar a verdade» – lemos o vómito de João Miguel Tavares e percebemos que, afinal, foi esse o crime do Fernando Moreira de Sá. Desvendar aquilo que, afinal, como o próprio pândego-mor diz, «todos já desconfiávamos».

Da garrafa para o brinquedo

Verdadeiramente brutal porque nos confronta com as nossas práticas que são solidárias com esta violência!

Amadores everywhere

Li ontem no site do Expresso que a Irlanda recusou negociar um programa cautelar com as instituições europeias que integram a Troika por “falta de clareza” das mesmas. As palavras são do Ministro das Finanças irlandês Michale Noonan que, entre outras coisas, afirma que “manteve contactos com os parceiros de alguns países “chave” e com os responsáveis da troika e constatou que, além de obter conselhos diferentes, nenhum deles era baseado em dados sólidos: “Diziam-nos sempre, ‘olhem, decidam como decidirem, apoiar-vos-emos na mesma, porque pensamos que a Irlanda está a fazer tudo bem e que vocês estão numa boa posição'”.

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Ulrich, o político, banqueiro a tempo parcial

O caudal e o tom das declarações políticas de Fernando Ulrich, vice do BPI, sempre em defesa do PSD, tornaram-se em repugnante rotina. Trata-se de mais uma originalidade portuguesa.

Com o célebre “Ai aguenta, aguenta”, o político Ulrich, banqueiro a tempo parcial, passou a encarnar o papel de “picareta falante”, outrora desempenhado por Guterres. A despeito da evasão extemporânea, tinha outra fluência e qualidade no discurso.

Ulrich sofre de incontinência verbal e não se liberta de um sectarismo partidário (PSD), a meu ver nocivo para o próprio BPI. Nem todos os clientes do banco apoiam o governo.

O derradeiro disparate de Ulrich relaciona-se com a eventualidade de Portugal recorrer ou não ao programa cautelar. Confia plenamente no primeiro-ministro, na ministra das finanças e no governador do BdP para decidir sobre o citado programa – se a inspiração vem da Irlanda, o também economista, que jamais se licenciou, teria de ler e analisar com atenção esta entrevista.

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