O humorista do Tejo anda com piadas novas

O piadista João Miguel Tavares, aquele a quem no Governo Sombra cumpre o papel de soltar uma larachas para animar a conversa quando vai mais séria, anda numa estafada campanha contra os que nas universidades não cumprem as suas premissas ideológicas. É uma doença velha da nossa direita, agora impedida de resolver o assunto à Salazar, quando por exemplo Sílvio Lima foi corrido da docência universitária porque lhe deu para arrasar a mediocridade científica do amigo Cerejeira. Encanitam-se porque se faz em Portugal investigação nas ciências sociais e humanas sem a objectividade positivista de um Ramos ou de uma Bonifácio, malta que à força de estudar o séc. XIX acha que as humanidades estagnaram ali, que nestas coisas os ingleses é que sabem.

Ora conta-nos hoje o Tavares ter trocado o doutoramento académico pelo jornalismo, pela família a sustentar, pela casa e pelo carro, que isso de ser bolseiro implica sacrifícios, já sabíamos. O jornalismo esperava pelo João Miguel, e nele singrou. Não é para todos. Quando em 2008 era director-adjunto da Time Out, uma publicação portuguesa embora não pareça, e precisava de mão-de-obra sem casa, sem carro e sem família, saiu este anúncio:

Procura-se Jornalista Estagiário

Se és jovem, sabes a diferença entre “à” e “há”, és lavadinho e conheces Lisboa como a palma da tua mão, junta-te a nós! A Time Out Lisboa procura estagiários que não se importem de trabalhar de borla durante 3 meses, mas num ambiente muito agradável (e onde nem sequer se pede que nos vão buscar café).

Como bolseiros de doutoramento talvez trabalhassem na mesma os três meses usando as poupanças, mas sempre contribuíam para aquela coisa que nem lhe passa pela cabeça ser fundamental num país: a investigação científica. Terminaram por viver o mesmo sacrifício trabalhando numa publicação pateta, mas tenho a certeza que se fartaram de rir com as piadas da tágide do humor luso.

Portugueses falidos que resgatam bancos

Passos e Salgado

Tal como quando se nacionalizou o banco do regime cavaquista, também por altura da intervenção do Estado no BES nos foi dito que pouco ou nada havia a temer e que os interesses dos cidadãos, tal como as suas carteiras, estavam salvaguardados. Claro que, diz a nossa experiência colectiva recente, as palavras que saem do aparelho vocal dos responsáveis políticos tendem a valer cada vez menos. E enquanto a factura do BPN parece não ter fim, a factura do BES é ainda uma incógnita que ameaça transformar-se num prolongado sorvedouro de recursos públicos, sem que as perspectivas de que algum dia alguém venha a ser responsabilizado pelo sucedido sejam particularmente animadoras.

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A Grécia fora do euro:

Está quase!

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A segurança ortográfica

É de admirar, portanto, que na moção aprovada pelo fórum-colóquio Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao ‘Acordo Ortográfico’ de 1990, realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 14 de abril [sic] p. p. […], se considere que a nova ortografia traz «total insegurança ortográfica»

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa, 20 de Abril de 2015

dre 20 de Abril de 2015

“Ninguém para o TGV japonês”,

escrevem. E acrescentam: “E isto é apenas mais um teste”. Sim, mais um teste à lógica da base IX do Acordo Ortográfico de 1990.

Depois do afastamento pré-eleitoral

Miguel Albuquerque expõe toda a sua admiração e vassalagem a Alberto João Jardim. Na Madeira, o regime será sempre o regime.

A distribuição de panelas no IV Reich

Existem 149 cargos de gestão de topo na UE, cerca de 1/6 (23) são ocupados por alemães. Os restantes 126 que se dividam entre os outros 27 países que constituem o império. E não se queixem, dá quase 5 lugares para cada um.

Contos para crianças IV: estabilidade no sector privado

Insolvências de empresas voltam a aumentar no primeiro trimestre” (via Diário Económico)

Parece que a Alemanha precisa de mais emigrantes

Governo quer mais vagas para cursos superiores de engenharia, ciência e informática

Desmembrar a Segurança Social para dar negócio às IPSS

Primeiro foi a descapitalização da Segurança Social via pagamentos de indemnizações por despedimento e subsídios se desemprego, consequência da escolha política da austeridade como rumo – ir além da troika. Houve a tentativa de a descapitalizar ainda mais gravemente com o abandonado projecto da revisão da TSU. Passos Coelho já veio dizer que retomará este projecto como bandeira do seu programa eleitoral, afirmando que o fará para aumentar o emprego. Note-se que, para desmontar a agenda escondida de desmantelamento da Segurança Social, o mesmo argumento poderia ter sido usado quanto a qualquer outra taxa ou imposto mas não foi. Na saúde já veio um secretário das IPSS, perdão, de estado dizer que as IPSS podem complementar a rede de camas hospitalares. A colocação de desempregados que a Segurança Social faz também passou a ser feita por uns amigos do privado, pago pelo orçamento de estado, claro. Agora são as amas a passar da Segurança Social para as IPSS

Cavaco é conivente, por inacção, com o desmembramento da Segurança Social. E o PS, mais o seu estado social de encher a boca, onde é que andou nestes quatro anos? Vamos continuar a assistir à destruição do estado sem oposição?

Agora venham daí os arautos do estado mais leve e que não cria emprego e etc.

Os nossos amigos da Fosun estão em todas

REN, Tranquilidade, Espírito Santo Saúde e, quem sabe, o Novo Banco, e ainda têm tempo para ir ali comprar o Cirque du Soleil. Eles andem aí!

Esta coisa é para levar a sério?

Barroso gostaria de ter visto plano de resgate menos exigente“. Já que lhe deu para cinismo,  sai também uma declaração sobre o Iraque?