No dia em que arranca mais uma edição da Festa do Avante, apenas um breve «post» evocativo. Eu estive lá, uma vez, em 1995. Vim directamente da Madeira e, por ter chegado a meio da noite, tive de dormir com a minha namorada, hoje minha mulher, no chão do Aeroporto.
Foram três dias cheios. Lindos. Cheguei mesmo a ver, a dois metros de mim, o Álvaro Cunhal. Era então um jovem sem consciência política e a única coisa que me interessava era a música, os comes-e-bebes, a festa. O que me divertia quando as pessoas me chamavam camarada!
Catorze anos volvidos, posso dizer: «Eu estive lá». É que, digam o que disserem, seja qual for a cor partidária, não há mesmo festa como esta.
A Festa do Avante é a festa do convívio, da amizade, … é a festa de todas as festas…. e também o comício de encerramento marca a “reentré” politica do PCP. Este ano, porque estamos a escassos dias de eleições, apenas vos posso dizer que… de norte a sul do Pais todos os caminhos vão dar à… Quinta da Atalaia Num setembro dum qualquer ano, passem por lá vivam a diferença onde… não há diferenças… depois também poderão dizer «Eu estive lá»
Maria,tire fotos e envie para o aventar…
Caro Ricardo, e não há mesmo festa como esta! Eu sou muito pouco festivaleiro, e detesto festas políticas. Por outro lado, sou independente e não pertenço a qualquer partido. Mas esta, a despeito de ser política, consegue ser profundamente social, internacionalista, pedagógica, cultural e artística. É, com efeito, o maior e mais completo fenómeno cultural do país, cuja realização, espírito e conteúdo não estão nem nunca estarão ao alcance de qualquer partido, organização ou empresa deste país, por muito dinheiro de que disponham. Seria o mesmo que tentar comprar inteligência para uma cabeça que a não tem.
Fui, salvo erro, quatro vezes à Festa. As duas últimas, já na quinta da Atalaia. A Festa do Avante transcende, de facto, a dimensão do PCP – como um coração muito grande num corpo pequeno. Demonstra-nos como podia ser maravilhoso viver numa sociedade fraterna que não fosse filtrada pelo calculismo de aparelhos políticos. É a utopia em todo o seu esplendor.
Desculpem lá, mas aqui o nortenho não sempre atracção pela festa do avante e até acho que os grupos rock/pop que ali vão são demasiado «burgueses» para o espiírito do local…Mas considero que é um clássico já e não faz mal a ningué. Caro R, essa fase dos comes e bebes etc etc e tal se não te importas eu mantenho-a ainda hoje e penso que para sempre!
»não sente atracção» queria eu dizer…