Mafalda, a personagem de banda desenhada que o argentino Quino começou por desenhar para um anúncio a electrodomésticos, transformou-se numa das mais divertidas comentadoras políticas da actualidade mundial nos anos 1960 e 70. Hoje, celebra 45 anos.
Desde 1973 que Quino não desenha, nem dá vida a Mafalda. É extraordinário que ainda hoje continue a acumular admiradores de várias gerações e que, em grande parte, continue a ter uma profunda actualidade.
Concebida com traços simples, cabelo negro farto e muito opinativa, além de não gostar de sopa, Mafalda surgiu pela primeira vez a 29 de Setembro de 1964 nas páginas do semanário argentino Primera Plana. Quino, então com 32 anos, nem imaginava o sucesso daquelas tiras humorísticas, que se prolongaram por nove anos em tiras originais. E por muitos mais em jornais e livros.
O que teria Mafalda para dizer nos dias de hoje…
O meu director de pessoal Dr.Miguel Saraiva, benfiquista encartado com lugar cativo na zona VIP, já numa fase muito debilitada da sua vida (faleceu com cancro num 13 de Maio) ofereceu-me o livro “O Mundo da Mafalda” no sentido de eu não deixar de “contestatária”… Obrigada MSaraiva
… não diria nada. Mas abrisse a boca era logo processada por difamação e teria que ceder todos os direitos de publicação por um período de 80 anos.