(primeira parte aqui)
Caricatura de Gualdino Gomes por Rafael Bordalo Pinheiro (1900).
do
, pois além desses pequenos folhetos, escreve ao todo pouco mais de uma dúzia de artigos, dispersos por revistas e jornais. Publica também um soneto na Seara Nova, para além desse tal outro que, ridicularizado por Fialho, é, segundo Gualdino a causa próxima da ruína da sua carreira. É talvez muito pouco para justificar uma vida que se prolongou por mais de 90 anos e em que pelos menos 70 foram votados à literatura. Porém, não esqueçamos, Gualdino Gomes é sobretudo um leitor, a sua função é ler e dar a sua opinião, nem sempre caridosa, mas sempre honesta e desassombrada. As «balas de papel» que disparou não foram muitas, mas aquelas que fez de palavras proferidas nas mesas do Café Chiado, da Brasileira, ou do Martinho, tiveram preponderante influência em sucessivas gerações de gente das letras. Algumas perduram até aos nossos dias. E, se pensarmos bem, isso já não é pouco.
Aproveitando as novas tecnologias, dá sempre para publicar esta informação na wikipédia. Pelo menos não ficará totalmente esquecido. Ando a tentar perceber como é que se publicam lá os artigos. Não é tão simples quanto isso. E é também uma forma de continuar a influenciar as gerações seguintes.
É uma boa ideia, Isac . Vou tentar – o velho Gualdino que, embora tenha coexistido comigo durante nove ou dez anos, não conheci, pois só fui frequentador dos cafés onde ele ia uns bons dez anos depois, merece o esforço e é uma pena perder-se completamentea sua memória. Vou tentar. Obrigado.