Convidado – para reflectir…

 Estudei com ardor tanta filosofia, Direito e Medicina, e, infelizmente até muita Teologia. A tudo investiguei com esforço e disciplina. E assim me encontro eu, qual pobre tolo, agora, tão sábio e tão instruído quanto fora outrora!

Primeiro fui assistente e em seguida Doutor, dez anos a ensinar, autêntico impostor. A subir e a descer por todos os lados. Estudantes à volta em mim sempre grudados. E chego ao fim de tudo ignorante em tudo! Coração a ferver! Para que tanto estudo! Não tenho mais saber que os tolos e doutores, nem sei mais do que os Mestres, padres e escritores. Dúvidas? Escrúpulos? De tudo já dei cabo.

Não mais me assombra o Inferno e nem mesmo o Diabo, fugiu todo o prazer da minha adolescência, não me interessa mais do Direito e a ciência, nem tampouco a tarefa árdua de ensinar, aos homens converter e tanto doutrinar.

Dinheiro não ganhei, não tenho quase haveres, nem a gloria do mundo e seus doces prazeres; por que tanto viver como se fora um cão! Apego-me à magia. É uma salvação.

Pela força do espírito e o vigor do verbo, as forças naturais, secretas e exacerbo, que com amargo esforço eu tentei revelar não conseguindo nunca a verdade alcançar. Por fim, conheço hoje, o que em todo o mundo. Existe de mais íntimo e de mais profundo. As forças criadoras, forças embrionárias, que palavras não exprimem tão tumultuárias.

Goethe (Fausto)

 

É apenas para reflectirem um pouco. Pode ser de grande ajuda nos tempos que vão.

 

RD

Rolf Dahmer

À pesca na Ria de Aveiro

Pese embora haver reticências e muito incómodo no Partido Socialista e no próprio Governo, já há quem peça a cabeça daqueles senhores de Aveiro que se deviam dedicar à pesca da taínha ( há multidões delas na Ria, mas sabem a lodo) em vez de andarem a investigar crimes.

 

"Espionagem política" nem menos, "tese da cabala" nem mais, o povo socialista está muito nervoso, pode lá ser, a escutar os nossos maiores especialistas, não basta o que já quase se enterrou no Freeport e na Cova da Beira?

 

Entretanto, crescem os especialistas em Direito que defendem que as escutas só podem ser destruídas depois da decisão do processo passar em julgado, pois de outra forma, como podem eventuais acusados defenderem-se havendo provas destruídas? Mesmo que nada resulte contra Sócrates, ou seja ilegal, a verdade material pode estar toda nas escutas e nesse caso, os arguídos têm direito a usá-las para sua defesa.

 

Arguídos já são quinze e o Ministro da Justiça está entalado, acabado de chegar, ou afina pelo mesmo diapasão dos colegas e chama a isto tudo uma "cabala" e perde já, os agentes judiciários, ou vai mesmo ter que dizer que os senhores ministros não têm que se intrometerem na Justiça.

 

Cavaco Silva recebe amanhã Noronha do Nascimento e todos adoravamos ouvir tal conversa. Revemos todos o filme  em que um gajo, que casou com a Geena Davis e, por isso, nunca lhe pronuncio o nome, se transformou numa mosca e entramos na conversa sem direito "a sentido" da Guarda da Presidência .

 

Isto está a passar as marcas ! Principalmente se as escutas apanharam algo criminalmente relevante…

 

Sem Provedor de Justiça há 16 meses!

O mandato do Provedor de Justiça Nascimento Rodrigues terminou em Julho de 2008. Há 16 meses!

Um ano e quatro meses depois, o cargo continua sem titular, por mais promessas que os Partidos tenham feito para resolver a situação. É uma situação vergonhosa.

Nos últimos meses, têm-se avolumado as situações em que era obrigatória a intervenção de um Provedor de Justiça. Mas não existe e não se sabe quando voltará a existir.

Mas não vos preocupeis, amigos leitores. Também não temos Presidente da República há vários anos e ainda não fomos à falência.

A modos de resposta ao post da Carla

O filho de Deus

 

O filho de Deus sobreviveu

revigorado com o sopro divino.

Chegou ao seio da mãe

onde algumas gotas de leite

lhe seguraram a vida

e

sadicamente

o impediram de seguir logo

directamente

sem necessidade de vir a sofrer

as provações de todo um futuro

incerto e traiçoeiro

para a garantida felicidade eterna.

Passaram os anos.

Um dia meteram-lhe uma coisa na boca

e disseram-lhe que era Deus

como se Deus coubesse na sua boca!

como se Deus coubesse na sua boca!!!

O mar

infinitamente mais pequeno do que Deus

não cabe em todas as bocas juntas!

Também lhe disseram que era filho de Deus.

Ou gozaram com ele

ou pretenderam fazê-lo acreditar em paranóias.

Como se Deus andasse por aí

a fazer filhos como ele!

Seria preciso que fosse um Deus muito fraco

e irresponsável.

Revelaram-lhe

ainda

que sua mãe era virgem

o que ele não era capaz de entender.

Deus

pelos vistos

seu Pai

ao gritar ao mundo que crescesse

e se multiplicasse

ou se enganara

ou se arrependera

ou estava a gozar

ou fora vítima de contradição.

Disseram cada coisa

que ele chegou a pensar

que mandava nos pássaros

que era capaz de pôr as cobras de joelhos

e que o céu era trigo limpo.

Sendo ele filho de quem era!

Apesar de tudo

sempre foram para ele um tanto estranhas

as atitudes de seu Pai.

Porquê tanto medo do inferno lá de baixo?

O inferno lá de baixo

o das almas penadas

perante o grito de sofrimento dos povos

imbuídos da fé

que tanta e tanta felicidade lhes trouxe

nestes místicos séculos

até parece que não é tão mau como o de cá.

Talvez o diabo não seja como o pintam

os sagrados comungadores

não tanto da hóstia como do ouro.

Eles acham que os espoliados ainda têm pele

eventualmente rentável

e utilizável para fazer tambores

e Deus parece concordar

a avaliar por tudo o que se vê.

E ele começa a ter vergonha de ser filho de Deus

porque nenhum filho gosta que o pai o atraiçoe.

Mas a vida continua

na sua tradicional canção de louvor a Deus.

Ele pensa que seu Pai enlouqueceu

ou perdeu a vergonha.

Ele

que é omnipresente

omnisciente

omnividente e omnipotente

optimiza facciosamente

as condições de vida dos fortes e dos ricos

para que não sofram.

Cria

descaradamente

todas as condições para que as catástrofes

as Torres de Babel e os dilúvios

se abatam sempre sobre as cabeças dos mais fracos!

Tal filho não entende tal Pai!

A estupidez invade a cidade

como uma avalanche de merda

e seu Pai permite que façam dela a bandeira

com que a metafísica apodrece a razão

de todos os criados e reciclados

à sua imagem e semelhança.

 

 

 

Essa coisa chamada protocolo

 

 

Esta imagem pode ou não dizer muito. Conforme a vossa disposição para a interpretar. Eis a minha, em síntese: O Canadiano parece mostrar-se distraído, olha de forma inocente e descontraída. Parece mesmo mais preocupado com a gravata e com os botões do casaco. E provavelmente está. A jovem senhora do protocolo quer recolher o papel com a indicação da localização do representante do Canadá e ele mantém-no preso debaixo do pé.

 

Perante isto, o estado-unidense mantém o olhar  no horizonte. Aquilo que se passa ali não parece ser nada com ele. Olhar firme, embora algo desconfiado, como a testa e o sobrolho parecem destacar. Posse de Estado, sem mais.

 

Já os dois europeus, francês e italiano, estão entretidos. O momento parece diverti-los, embora ao francês se deva atribuir um maior grau de boa disposição e ao italiano uma acentuada cobiça.

Nenhum deles mexeu uma palha para ajudar.

Um aventador de peso

Tenho hoje um grande prazer em apresentar um novo aventador: Artur Moreira. Vai começar dentro de dias e, por todos os motivos, penso que pode ser considerado um aventador de peso.

Nas últimas eleições, Artur Moreira votou no PS, o que, convenhamos, não é um grande cartão de visita. Para além disso, é lampião, mais um a sair da toca nestes dias de justificada euforia vermelha. Cúmulo dos cúmulos, é de Gaia.

Diga-se em abono da verdade que eu não gosto muito dele. Um sentimento que já me invade há alguns anos, mais concretamente desde o dia em que o conheci num célebre jantar em S. Pedro de Raimonda, freguesia do concelho de Paços de Ferreira, essa terra onde vicejam @s veigas e ainda mais os caloteiros.

Mais recentemente, convidei-o para jantar em minha casa e, de forma diabólica, sabotei a cadeira em que ele ia comer (na foto). A ideia era que fosse pôr uma cruz no PS com uma palhinha na boca, mas devia ter serrado as quatro pernas da cadeira e não apenas uma.

Mas trabalho é trabalho e Artur Moreira vem enriquecer o Aventar. É isso que interessa nesta fase em que voltamos às audiências a sério, esquecidos que estão os malditos «hackers» que nos deixaram de olhos em bico.

Tratem-no bem, por favor, senão ele começa a disparatar e nunca mais se cala – acreditem que é verdade. 

 

O Porto debaixo da terra

O Canal História vai apresentar, em breve, “Porto Debaixo de Terra”. É um conjunto de seis episódios de um documentário inserido na série “Cidades Debaixo de Terra”, que estreia em todo o mundo muito em breve.

 

Esta é uma produção própria do conceituado canal televisivo dedicado à história e será apresentada na quinta-feira, no Porto.

 

Em Dezembro, estreia mundialmente a terceira temporada de “Cidades Debaixo de Terra”, dando a conhecer os tesouros subterrâneos de cidades como Nápoles, Roma ou Las Vegas. A Invicta será uma das cidades analisadas.

 

O Canal História está presente em 135 países e chega a mais 225 milhões de espectadores em todo o mundo.

Será que o João Miguel Tavares vai ser processado de novo?

Carta Aberta ao Primeiro-Ministro José Sócrates

 

Excelentíssimo senhor primeiro-ministro: Sensibilizado com o que tudo indica ser mais uma triste confusão envolvendo o senhor e o seu grande amigo Armando Vara, venho desde já solidarizar-me com a sua pessoa, vítima de uma nova e terrível injustiça. Quererem agora pô-lo numa telenovela – perdoe-me o neologismo – digna do horário nobre da TVI é mais um sintoma do atraso a que chegámos e da falta de atenção das pessoas para as palavras que tão sabiamente proferiu aquando do último congresso do PS: "Em democracia, quem governa é quem o povo escolhe, e não um qualquer director de jornal ou uma qualquer estação de televisão." O senhor acabou de ser reeleito, o tal director de jornal já se foi embora, a referida estação de televisão mudou de gerência, e mesmo assim continuam a importuná-lo. Que vergonha.

Embora no momento em que escrevo estas linhas não sejam ainda claros todos os contornos das suas amigáveis conversas, parece-me desde já evidente que este caso só pode estar baseado num enorme mal-entendido, provocado pelo facto de o senhor ter a infelicidade de estar para as trapalhadas como o pólen para as abelhas – há aí uma química azarada que não se explica. Os meses passam, as legislaturas sucedem-se, os primos revezam-se e o senhor engenheiro continua a ser alvo de campanhas negras, cabalas, urdiduras e toda a espécie de maldades que podem ser orquestradas contra um primeiro-ministro. Nem um mineiro de carvão tem tanto negrume à sua volta. Depois da licenciatura na Independente, depois dos projectos de engenharia da Guarda, depois do apartamento da Rua Braamcamp, depois do processo Cova da Beira, depois do caso Freeport, eis que a "Face Oculta", essa investigação com nome de bar de alterne, tinha de vir incomodar uma pessoa tão ocupada. Jesus Cristo nas mãos dos romanos foi mais poupado do que o senhor engenheiro tem sido pela joint venture investigação criminal/comunicação social. Uma infâmia.

Mas eu não tenho a menor dúvida, senhor engenheiro, de que vossa excelência é uma pessoa tão impoluta como as águas do Tejo, tirando aquela parte onde desagua o Trancão. E não duvido por um momento que aquilo que mais deseja é o bem do País. É isso que Portugal teima em não perceber: quando uma pessoa quer o melhor para o País e está simultaneamente convencida de que ela própria é a melhor coisa que o País tem, é natural que haja um certo entusiasmo na resolução de problemas, incluindo um ou outro que possa sair fora da sua alçada. Desde quando o excesso de voluntarismo é pecado? Mas eu estou consigo, caro senhor engenheiro. E, com alguma sorte, o procurador-geral da República também.

Atentamente, JMT.

João Miguel Tavares, in «Diário de Notícias», 12/11/09

Hoje vão morrer de fome 17 mil crianças

Na edição de hoje do Diário IOL, conta-se que na abertura da Cimeira da FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon “lembrou que há mil milhões de pessoas com fome no planeta e que a produção de alimentos terá de aumentar para fazer face a estas carências e ainda ao aumento de população que se regista.”

 

Como já é habitual quando se fala nestas questões, o ambiente parece ser de desencanto e cepticismo quanto à intenção dos países mais ricos em dar resposta a esta catástrofe que condena à morte anualmente 36 milhões de pessoas, das quais seis milhões são crianças.

 

Do grupo de países que compõem o G8, esses que são os mais industrializados e economicamente mais desenvolvidos do planeta, faltaram à Cimeira os EUA, o Japão, a Alemanha, o Reino Unido, a França, o Canadá e a Rússia. Isto é, apenas compareceu o chefe de governo italiano, Silvio Berlusconi, e suspeita-se que apenas porque era o anfitrião.

As ausências, digo eu, são reveladoras da importância que atribuem ao tema.

E para quem não sabe ler?

É contada na 1ª pessoa e com algum sentido de humor porque de um humorista se trata, mas poderia ter sido bem mais dramática se não fosse detectado o erro humano a tempo e horas. Senão vejamos. Ou antes… passemos à leitura do caso contado por António Feio que, como todos sabemos, anda a contas com um bichinho malvado que lhe quer causar estragos e que ele quer debelar com muita determinação e força.

"Na semana passada fiz a minha primeira sessão de quimioterapia. O meu Oncologista receitou-me um medicamento para os enjoos (SOS) que eu muito cautelosamente fui comprar à farmácia. Eram 13h30 e estava eu à porta da Farmácia para aviar a receita. Para espanto meu, percebo que a Farmácia fecha à hora de almoço. Ok. A solução era voltar uma hora mais tarde e assim o fiz. 

Quando voltei pouco antes das 14h30 (hora de reabrir) esperei que a porta abrisse. Esperei e continuei a esperar até às 14h45. E lá chegou uma senhora a falar ao telemóvel que devia estar a tratar de um assunto muito importante porque a porta primeiro que abrisse ainda demorou mais uns cinco minutos.

Finalmente consegui entregar a receita à senhora da Farmácia. Confesso que o ar da senhora era no mínimo assustador. A receita (ainda a tenho comigo, assim como o recibo do remédio) tinha escrito METOCLOPRAMIDE.

Paguei e vim-me embora.

Durante esse dia e os seguintes, os tais sintomas de enjoos e náuseas provocados pela quimioterapia deitaram-me completamente abaixo. Fui mesmo obrigado a cancelar os espectáculos que tinha a norte do País.

Na sexta-feira fui ter com o meu oncologista para lhe pedir qualquer coisa que me aliviasse o mal estar. Ele assim o fez e receitou-me um outro remédio que comecei a tomar logo e que rapidamente começou a fazer efeito. No Sábado, Domingo e Segunda, voltei a sentir-me bem.

Hoje fui novamente ao Hospital para fazer a segunda sessão de quimioterapia e, qual não é o meu espanto, quando falava do meu estado de má disposição da semana passada e mostrava os comprimidos que andava a tomar, quando percebi que o remédio que eu andava a tomar para os enjoos não era para os enjoos mas sim para a Diabetes. Em vez do tal METOCLOPRAMIDE, estava a tomar METFORMINA.

A senhora da Farmácia tinha-me, pura e simplesmente, dado um medicamento errado.

Não só passei vários dias a tomar um remédio que não me aliviava, como ainda por cima, me diminuía os níveis de açúcar no sangue!!!

Podia só ter tido um ataque de hipoglicemia.

Este texto é só um desabafo.

Agora saiam da frente que eu vou ali abaixo "TRATAR DA SAÚDE" à senhora da Farmácia. Ou não fosse hoje o DIA MUNDIAL DA SAÚDE (LOL)"

 

Parece uma "Conversa da Treta" mas foi de verdade! Dá para acreditar? Como é possível existir pessoas com tamanha incapacidade para o bom desempenho das suas funções profissionais?Em lugares como este não é suposto estar alguém de idoneidade comprovada para a função? Assim… não!!!! Sempre ouvi dizer que: – "com a saúde não se brinca"

A VIDA É LINDA …   SORRIA  PARA ELA!

Todo este engano e mais que se têm verificado,são em minha opinião por culpa dos médicos e dos políticos não só dos farmaceuticos.

Senão vejamos: Porque carga de água  90%  dos médicos continuam a escrever aquela letra chamada de médico, que eu raramente entendo uma letra quanto mais uma palavra. Será que este tipo de escrita não pode enganar um farmaceutico, quando se trata de um medicamento com nome parecido como foi o caso desta situação?

Porquê os politicos não criam lei para que estes senhores sejam obrigados a escrever  letra bem legível ou até de imprensa para evitar situações gravíssimas para os doentes.

 

 

 


 

No Centenário (4): Faces Ocultas de ontem e de hoje

 

 "Ill.mº Ex,mº Srº

 

Ahi vão as informações que me deu sobre o celebre Affonso Costa o official da contabilidade de secretaria da universidade.

 

O Affonso Costa, antes de ser deputado, e depois de sahir de Coimbra, abonava as faltas com certidões de medicos que attestavam a doença d’elle, e contava-se-lhe e recebia todos os mezes o ordenado. Como o abuso se prolongava, baixou da reitoria uma ordem para não aceitar certidão de abonação de faltas. Desde que foi elleito deputado, sempre se lhe tem contado ordenado, e elle tem-no recebido, sendo o bedel da faculdade que o recebe e lh’o remete para Lisboa. O ordenado conta-se-lhe sempre, porque quando a camara está fechada, pertence elle a uma comissão extra-parlamentar, não sei de quê, mas que obteve da camara para poder receber o ordenado sem trabalho. Este é um dos catões que se propoem salvar a pátria!

 

Sou de

V.ª Ex.ª

Manuel d’Oliveira Chaves Castro

 

Coimbra, 22 deJunho de 1910"

 

 

Apenas uma nota: torna-se bastante difícil continuar a ignomínia do alçamento das "excelsas virtudes" de apregoados grandes vultos. Se este aspecto comezinho – no dizer ou possível opinião do dr. M. Soares – não chega, acrescentem-se então ao palmarés do Costa de outrora, a cacetagem, o incentivo ao crime físico com a eliminação de adversários, a censura a priori à imprensa, a fraude eleitoral, o radical cerceamento dos cadernos de eleitores, o nepotismo descarado, o ataque cerrado ao Partido Socialista de Azedo Gneco – acusado de conspiração com o rei -, a promoção dos antecessores da PIDE – a famosa Formiga Branca – e um sem fim de iniquidades. Na Comissão do Centenário, o dr. Augusto Santos Silva parece querer patrocinar isto. Lendo as notícias deste nosso "habitual quotidiano", anotamos a coerência. Vê-se!

Ricardo Rodrigues: um deputado com pergaminhos

Transcrevo em seguida parte de um artigo publicado no suspenso Semanário Privado, e que retirei do seu blogue. É uma estória exemplar da capacidade de um partido em acarinhar os seus nas horas difíceis, levantá-los do chão, dar-lhes um rumo e um amparo para a vida. Pungente exemplo da solidariedade que faz do PS uma família.

Ricardo  Manuel de Amaral Rodrigues tem sido membro do Conselho Superior do Ministério Público, e foi dado como possível Ministro da Agricultura, e mais tarde como provável Secretário de Estado da Justiça.

Por algo que se deve aproximar do pudor continua deputado, e já se fez ouvir, contestando as propostas legislativas de combate à corrupção. Com toda a naturalidade, é claro.

 

 

Passo a citar:

 

O deputado Ricardo Rodrigues, vice-presidente da bancada socialista – e figura proeminente do partido -, parece não se conseguir livrar de um passado menos claro e que, volta e meia, teima a vir ao de cima.

 

Estávamos em Novembro de 2003, era Ricardo Rodrigues secretário regional da Agricultura e Pescas do governo de Carlos César, quando rebenta um enorme escândalo de pedofilia nos Açores, conhecido também por «caso garagem do Farfalha». Várias figuras conhecidas da discreta «boa sociedade» de Ponta Delgada vêem o seu nome enredado no escândalo, entre elas um conhecido médico e um procurador-adjunto, convenientemente transferido para o Tribunal de Contas do Funchal – e nunca, ao contrário do primeiro, «incomodado» judicialmente.

Rodrigues vê, também, o seu nome «enlameado» pelo diz-que-diz insular e, antes que a coisa atinja outras proporções, demite-se do Governo Regional. Porém, apesar do falatório, o agora deputado nunca foi constituído arguido no processo. Mas, azar dos azares, no início de Janeiro de 2004, são conhecidas ligações de Ricardo Rodrigues a um outro escândalo, neste caso financeiro, que envolvia uma burla tendo por alvo a agência da Caixa Geral de Depósitos de Vila Franca do Campo, S. Miguel, a poucos quilómetros de Ponta Delgada.

 

Ligações perigosas

 

Nessa época conturbada, a comunicação social passou a dizer à boca cheia o que se segredava à boca pequena e, «indignado», o responsável socialista resolveu processar um jornalista que, não só referiu este caso, como também o malfadado escândalo de pedofilia. Cinco anos depois, o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão e, desgraça das desgraças, espanta-se, no acórdão, por o deputado não ter sido investigado nem ter ido a julgamento, no processo de Vila Franca do Campo.

 

O inquérito policial que investigou Ricardo Rodrigues por crimes de «viciação de cartas de crédito e branqueamento de capitais» remonta a 1997 (nº 433/97.8JAPDL), sendo que relatórios da PJ enfatizam a sua estreita ligação à principal arguida, Débora Maria Cabral Raposo, entretanto detida e em cumprimento de pena, depois de vários anos com mandados de captura internacionais, e classificada pela polícia como «burlona e traficante de estupefacientes».

 

Rodrigues foi sócio e advogado de Débora, sendo que com ela frequentou os melhores hotéis e utilizou os serviços das mais conceituadas agências de viagens, tendo deixado um considerável rasto de «calotes»…

(…)

O estratagema encontrado para lesar a Caixa Geral de Depósitos foi gizado por Débora, ex-bancária e apontada como «cérebro da operação». Esta e o gerente da CGD, Duarte Borges, engendraram um esquema de acesso a empréstimos fraudulentos servindo-se de um singular expediente. Como Borges usufruía de capacidade para conceder empréstimos até 2.500 contos, apenas com a finalidade de «adquirir novilhas para recria», angariavam putativos agricultores para acederem ao crédito, a troco de algumas dezenas de contos.

 

Denunciado em acareação

 

Este expediente, permitiu à «associação criminosa» prejudicar o banco do Estado num valor aproximado de 1 milhão e meio de contos, utilizados em operações de «engenharia financeira» muito duvidosas e, segundo a PJ, com ligações a redes internacionais de tráfico de droga, com quem Débora Raposo teria estreitas relações. Um dos tentáculos destas operações era o Colégio Internacional, no Funchal, cujos sócios eram Débora , Ricardo Rodrigues e a sociedade offshore Hartland Holdings Limited, uma obscura empresa com sede num apartado da Ilha de Man, no Reino Unido.

 

As declarações nos autos do ex-gerente da CGD são esclarecedores: «Foi referido pelo arguido detido, Duarte Borges, na acareação (…), que tem consciência que enviou vários milhares de contos (da CGD, provenientes de empréstimos agrícolas) à Débora Raposo / colaboradores, tendo indicado, entre outros, o arguido Ricardo Rodrigues. Mais, referiu que a Débora e os colaboradores, onde se encontra o arguido Ricardo Rodrigues, negociavam Cartas de Crédito, com dinheiros dos empréstimos fraudulentos em vários países».

 

Como, em 2003, referia uma fonte policial, «os indícios e elementos probatórios fortes, nunca foram assim entendidos pelo Ministério Público, vá-se lá saber porquê». Seis anos depois, a Relação de Lisboa deu razão retroactiva ao agente policial. Entretanto, vá-se lá também saber porquê, depois do destapar mediático do escândalo financeiro e dos rumores da pedofilia, que levaram o então secretário regional a demitir-se «por uma questão de honra», Ricardo Rodrigues teve uma das mais meteóricas ascensões na nomenclatura socialista. É caso para dizer que o PS protege os que caem em desgraça…

 

Ei-los Que Partem, Velhos e Novos

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EXPULSOS

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Os partidos de centro direita vão expulsar militantes.

Só no Porto, e no partido do governo são mais de cem.

No PSD, é em Viana do Castelo que se sabe haver maior número, são cerca de trinta.

E no CDS, há dois casos por esse País fora.

No BE e no PCP, não se conhecem casos, mas da forma como este partidos funcionam, isso não quer dizer que não existam expulsões.

O assunto é polémico e pode trazer um ou outro amargo de boca a quem o pratica. Os elementos que concorreram às últimas eleições, contra o partido a que pertencem, em listas próprias ou de outros, listas independentes, cometeram um pecado mortal, e, segundo as cúpulas dos partidos, merecem ser castigados. Mas este castigo, pode reverter-se em prejuízo. Quem votou nessas pessoas, é capaz de não aceitar muito bem que elas sejam castigadas dessa forma. O partido é que fica mal visto nesse caso. A publicidade a estes casos não é boa.

Diz um ditado popular que «com o teu amo, não jogues às pêras, que ele dá-te as verdes e fica com as maduras», e neste caso, as pêras verdes chamam-se expulsões. E as pessoas que incorrem no risco de expulsão, sabiam muito bem ao que iam.

Os partido têm regras, e quem não as seguir, não deverá lá estar.

É assim!

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A máquina do tempo: Parabéns Saramago!

 

 José Saramago faz hoje 87 anos e continua a escrever. A escrever bem. Não gostei do seu «Caim», mas gostei muito do «Levantado do Chão», do «Memorial do Convento», de «O Ano da Morte de Ricardo Reis», do «Ensaio sobre a Cegueira»… E de outros de que gostei mais moderadamente, além de outros ainda dos quais gostei pouco ou não gostei nada. Sou só um leitor entre os milhões de leitores que tem espalhados pelo mundo. E não sou admirador incondicional de nenhum escritor . Os autores sabem que cada livro é sujeito a julgamento e cada leitor é um juiz.. Ter escrito tantos livros, entre os quais três ou quatro obras-primas, não é para todos. Diga-se o que se disser, goste-se dele ou não, Saramago é um grande escritor. Como juiz, este é o meu veredicto.

O que é pena é o cidadão José Saramago às vezes dizer coisas que não ficam bem ao escritor José Saramago. E não me estou a referir a esta questão da Bíblia, uma boa acção de marketing por parte do escritor e uma tontice por parte da Igreja. Refiro-me, por exemplo, à defesa da absorção de Portugal pelo estado espanhol, que é, como se costuma dizer, uma ideia de cabo de esquadra!  Mas hoje é dia de festa, cantam as nossas almas, como diz a estúpida letra brasileira da imbecil canção ianque, e antecedi este texto de uma declaração de Saramago que subscrevo inteiramente. Uma definição exemplar, na minha opinião, evidentemente, da falsa democracia em que vivemos. Em poucas palavras, disse aquilo que eu andei aqui semanas a tentar transmitir. Deste vez, o cidadão foi digno do escritor. E vou contar uma história.

Corria o ano de graça de 1966, mais precisamente o dia 24 de Novembro. Por esses anos, semanalmente, quando a censura não cortava tudo, publicava uma crítica de poesia no «Suplemento Literário» do Jornal de Notícias. José Saramago que, nessa altura era um nome apenas conhecido no meio editorial, publicara um livro na colecção Poetas de Hoje da Portugália Editora – “Os Poemas Possíveis” – e teve a amabilidade de mo mandar com uma simpática dedicatória.

Ao contrário do que na maior parte das vezes acontecia, gostei da colectânea e escrevi um texto muito favorável que terminava assim: «Em conclusão. “Os Poemas Possíveis” é um livro bem escrito, onde se evidencia um meritoso trabalho de oficina, sem concessões à proverbial «inspiração» poética. Apenas nesta medida, apenas quem não pretenda pedir outras razões a José Saramago que as de um trabalho bem feito, este livro agradará plenamente.» Como já tenho dito, por aqueles tempos discutia-se muito a prevalência, ou não, do conteúdo sobre a forma. O poemário de Saramago ia ao encontro do que eu defendia semanalmente naquela pequena tribuna.

Até aqui, tudo estava a correr bem. Acontece que quem fazia a paginação do suplemento se enganou e no título, em grandes letras, a seguir ao nome da obra escreveu JOSÉ SERRANO. Guardei para sempre a cópia dactilografada para, em caso de dúvida, poder provar que a culpa não foi minha. Escrevi repetidamente ao director do suplemento (Nuno Teixeira Neves) pedindo-lhe que escrevesse ao autor, em nome do jornal, pedindo desculpa. O que, segundo me disseram, ele não fez. Por isso, espero que Saramago não se lembre do obscuro crítico literário que há mais de quarenta anos ficou sob suspeita de lhe ter trocado o nome.  

Há catorze ou quinze anos, estava no Aeroporto da Portela com o editor Lyon de Castro. Íamos, salvo erro, para Francoforte, para a feira anual dos editores, e de repente quem pára junto a nós – o José Saramago que cumprimentou o Francisco Lyon de Castro. (Saramago, num dos seus Cadernos de Lanzarote faz-lhe uma curiosa alusão; num sonho, o editor vem abrir-lhe um portão).

Estávamos perto do free shop e logo me afastei a ver com atenção excessiva uma qualquer mercadoria que ali se vendia. O Lyon de Castro ainda olhou para mim, com evidente vontade de me apresentar (ele adorava brilhar, e o Saramago ainda não ganhara o Nobel, mas já era um escritor muito conhecido). Pelo canto do olho observei as movimentações e debrucei-me ainda mais sobre qualquer artigo. Não fosse o Saramago lembrar-se do dia em que fui suspeito de lhe ter trocado o nome…Talvez tenha feito mal, pois era uma boa altura para lhe ter pedido desculpa por esse erro que não cometi. O que faço hoje com 43 anos de atraso.

Parabéns, José Saramago!

 

 

O humor muito nosso

Perante as situações dificeis, a tendência muito portuguesa é arranjar umas anedotas que sempre aliviam a pressão, dando azo a umas conversas laterais, e daí a falar de futebol e gajas é um saltinho.

 

– a dívida não é externa, é eterna!

 

– as inundações ocorrem porque o país se afunda!

 

– é proíbido roubar porque o governo não admite concorrência

 

– este governo é como o bikini, ninguem sabe como se segura mas todos querem que caia

 

– as p… ao governo porque com os seus filhos não vamos lá

 

– nem atrás nem por baixo, o governo c… em cima

 

Até as anedotas, velhas de séculos, são adaptadas:

 

"Esta senhora entrou no quarto com este senhor e depois despiram-se, meteram-se na cama…

E depois ? pergunta o marido

Depois nada, apagaram a luz

Vamos ficar para sempre com essa dúvida, finaliza o marido"

 

Isto quanto às escutas de Sócrates, todos sabem que há marosca, mas ninguem ouviu.

 

Enfim, do mal o menos, ninguem entra em depressão, ninguem acredita em ninguem, mas a gente diverte-se à brava!

 

Agora só falta aqui é cimento

Ao minuto e 20 segundos desta apresentação do documentário Pare, Escute e Olhe, acendem-se umas luzes sobre o perigo que representa para José Sócrates ser escutado quando pensa que não o está a ser. Não sou adepto do jornalismo dos microfones unidireccionais, das teleobjectivas que se escondem na longa distância, e menos ainda das escutas telefónicas como meio sistemático de prova, mas há casos em que se justificam. Este primeiro-ministro é um deles.

 

 

 

En defensa del ateísmo, de la discusion y del pemsamiento libre

En defensa del ateísmo, de la discusión y del pensamiento libre

 

Jorge Luis Rojas D’Onofrio

Rebelión

 

(4) Un enfoque científico

Existe una gran variedad de concepciones ateas del mundo, algunas son naturalistas, otras supersticiosas, religiosas, agnósticas… En este texto queremos presentar una concepción del mundo que podríamos llamar naturalista o científica, y que puede ser calificada de atea o de agnóstica dependiendo del sentido que se le dé a dichas palabras. Esta concepción del mundo no es ajena a ninguna persona, ya que todos, en mayor o menor medida, actuamos, a veces sin siquiera percatarnos, siguiendo los principios del método científico. Incluso existe evidencia de que muchos animales también actúan basados en los mismos principios. En este enfoque, las creencias no son nociones absolutas que pasan intactas de padres a hijos o a través de escrituras sagradas, sino que son nociones establecidas siguiendo una serie de pasos, y que pueden modificarse y ampliarse una vez establecidas. Este método puede ser resumido en las siguientes etapas: 

 

Percepción del exterior: nuestros sentidos nos permiten percibir lo que ocurre tanto en el exterior como en el interior de nuestro cuerpo. La vista, el oído, el gusto, el olor, el tacto, el hambre, la sed, el dolor, la comezón, el frío, el calor, son algunos de estos sentidos.

Percepción de nuestro estado de ánimo: nuestros sentimientos o sensaciones nos permiten percibir los estados emocionales en nuestra mente. La alegría, la tristeza, el afecto, el odio, el deseo, la sorpresa, el tedio, la decepción, el miedo, la melancolía, son algunos de estos sentimientos o sensaciones.

Formulación de hipótesis (inducción): nuestra mente crea creencias haciendo suposiciones a partir de las percepciones realizadas por los sentidos, sensaciones y sentimientos, estableciendo relaciones de causa y efecto. Por ejemplo, observar el encendido de una lámpara después de presionar un botón, puede llevar a la suposición de que el encendido de la lámpara es consecuencia de presionar dicho botón. Se crea entonces una creencia basada en dicha observación.

Contraste de suposiciones (según el principio de no contradicción): nuestro razonamiento funciona utilizando el principio de no contradicción, esto es, algo no puede ser y no ser al mismo tiempo. Ninguna de nuestras acciones tendría sentido si no consideramos este principio. No tendría sentido comprar un medicamento si este nos cura y no nos cura de una enfermedad. Si el medicamento cura, entonces lo mejor es comprarlo, si éste no nos cura, entonces lo mejor es ahorrar el dinero y no comprarlo, pero no hay ninguna acción lógica que pueda decidirse a partir de la creencia de que el medicamento nos cura y al mismo tiempo no nos cura. No hay ninguna acción lógica que pueda decidirse a partir de la suposición de que algo es y no es al mismo tiempo. Entonces nuestras creencias son contrastadas entre ellas, y de este contraste las creencias aumentan o disminuyen su credibilidad. Si una creencia no es coherente con el resto de nuestras creencias, es probable que la desechemos como una creencia válida. Un buen ejemplo de este mecanismo son los sueños. Los sueños son considerados sueños y no realidades debido a que son incoherentes con el resto de nuestras creencias. De igual manera una ilusión óptica (un espejismo en la carretera que parece ser un charco) es considerada ilusión y no realidad, porque contradice la mayoría de nuestras creencias (los charcos de agua no desaparecen rápidamente cuando nos acercamos a ellos).

Toma de decisiones a partir de nuestras creencias: Los seres humanos tratamos de aumentar las sensaciones o sentimientos agradables y de disminuir las sensaciones y sentimientos desagradables. Para eso tomamos decisiones basados en nuestras creencias imaginando las posibles consecuencias de nuestras acciones.

En resumen, los seres humanos sentimos, hacemos suposiciones simples a partir de lo que sentimos convirtiendo dichas suposiciones en creencias, tratamos de que nuestras suposiciones sean coherentes, por lo que desechamos las suposiciones más incoherentes con nuestras creencias, y realizamos acciones a partir de esas creencias tratando de maximizar nuestra felicidad. Las acciones probablemente producirán nuevas percepciones que harán que ampliemos o modifiquemos nuestro sistema de creencias previo.

Las leyes científicas son establecidas y modificadas utilizando el mismo mecanismo de suposiciones y contraste de creencias. Después de numerosas experiencias, los científicos establecieron que dos planetas se atraen con una fuerza proporcional al producto de sus masas e inversamente proporcional al cuadrado de la distancia que las separa. Después de varias experiencias, una persona establece la creencia de que el sol aparece y se oculta regularmente en un ciclo que dura veinticuatro horas. Pero también son establecidas de esta manera creencias más cotidianas, incluso muchas creencias religiosas y supersticiosas. El hecho de que una plegaria se realice antes de la curación de un enfermo puede producir la creencia de que la plegaria es la causa de la curación.

 

Os «problemas comezinhos» de Mário Soares

Para Mário Soares, o processo «Face Oculta» é um problema comesinho da política portuguesa que está a ser alimentado pela Comunicação Social.

O facto de estar envolvido um antigo governante do PS, hoje em dia administrador de um dos principais Bancos portugueses pela mão do próprio PS, não é relevante. Tal como não são relevantes as suspeitas de existir uma teia de corrupção que afecta algumas das grandes empresas públicas; tal como não são relevantes as escuta que, no âmbito do processo, atingem o primeiro-ministro.

Para Mário Soares, habituado a lidar com casos tão comezinhos como a Emaudio, o Fax de Macau ou as obras do Colégio Moderno, tudo isto são, afinal, «peanuts».