Durante um ano sindicatos e ministério da Educação travaram uma guerra pela avaliação. Os sindicatos não querem a avaliação , apoiaram o não cumprimento das directivas do Ministério quanto a essa matéria. O Ministério prometeu que a avaliação seria levada a sério, que quem cumprisse veria a avaliação ser factor de ponderação nos concursos e na graduação dos professores. Porque a verdade disse-a Mário Nogueira: a avaliação para quem teve “muito bom” ou “excelente” vale 400 a 500 lugares na lista para concurso! É este o problema!
Agora, perante esta situação , o ministério ou os sindicatos, um deles, vai perder a face!
Os sindicatos tentam embrulhar o problema de fundo em supostas questões técnicas informáticas, que o secretário de Estado já veio desmentir, dizendo o que é óbvio. As questões técnicas serão resolvidas. Mário Nogueira, tomado da alucinação habitual, já ameaça com guerra total, estava convencido que o ministério, informalmente, já tinha aceite a posição de não dar crédito à avaliação.
Mas como pode o ministério dar o dito por não dito prejudicando quem cumpriu? E os sindicatos vão dar razão a quem, entre os professores, os acusam de terem feito um mau acordo? Quem vai a partir de agora ter dúvidas que Mário “alucinado” mais não faz que cavalgar as ondas de descontentamento entre a classe? Ou irá tudo começar de novo?
O principio do fim da co-governação, sindicatos/burocratas do Ministério e o ínico da escola autónoma entregue a quem a trabalha?
São os professores que têm a resposta!
Até vale mais que 500 lugares.
Donde, tendo sido a avaliação um processo fraudulento e desigual, como só não vê quem não quer, aplicá-la a um concurso seria uma monstruosa sacanice.
É tão simples como isto.
Não é essa a questão, João. E nem sequer me pronunciei sobre isso. Estou a levantar uma questão que vai dar muito que falar.
Quando perceberes que não houve profes que cumpriram e outros que não o fizeram, perceberás a questão.
Houve sim processos de avaliação diferentes de escola para escola, como de costume, razão pela qual mal me falam de autonomia das escolas até tremo, e chamo logo o estado de direito. Ou achas que autonomia passa por directores nomeados pelos caciques da terra, como neste momento sucede em grande parte do país?
Não é essa a questão. Se um de nós estivesse na posição dos que vão ganhar com isto e do ministério que pode perder a face perante a opinião pública, teria a mesma dificuldade, não é por acaso que os sindicatos ameaçam com guerra total.