São traumas senhor, são traumas

F. Câncio fez uma reportagem sobre funcionários públicos. É preciso passar a mãozinha pelo pelinho desses gajos, amansá-los, e a em tempos excelente repórter – agora mais vocacionada para o policiamento profissional – lá foi cumprir o frete governamental.

Curiosa a peneira que apenas procura funcionários de licenciado para cima. Incluindo uma professora, lá tinha de ser, de uma dessas excelentíssimas fábricas de fabricantes de analfabetos diplomados chamadas Escolas Superiores de Educação. Mas não chega, tinha de encontrar um anónimo (com a desculpa de uma lei da rolha que nunca impediu ninguém de enquanto cidadão constitucionalmente se expressar, excepto se tiver vergonha do que diz, ou a cobardia dos que lambem as botas ao chefe que é quem avalia – discriminadamente como mandam as regras do SIADAP):

Há uma contaminação de todo o universo por causa de classes com muita força e visibilidade, como os professores – certas corporações espelham essa imagem genérica do funcionário que recusa a avaliação, que quer regras especiais. Quando entrei, ainda havia o antigo sistema de avaliação e de quotas, o que percebia é que quem trabalhava muito e bem a partir de certa altura desmotivava porque sabia que ao fim do ano ia ter o mesmo.

Porque os professores estão para a FC como Cartago esteve para Catão.  Não resistiu. Há traumas que devem ser irrecuperáveis.

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