A China comprará Sines


Hu Jin Tao tem agendada uma visita a Portugal. Após as notícias chegadas de Atenas e da transformação do porto do Pireu num entreposto para a entrada de mercadorias chinesas na Europa, chegou a vez de Portugal.

Durante décadas, a despótica oligarquia que tomou o país de assalto, tem insistido no dichote de um Portugal periférico. Nada mais falso! Uma situação geográfica privilegiada e no cruzamento das principais rotas marítimas que ligam a Europa ao resto do mundo, poderá ditar o claro interesse da costa portuguesa para a potência mundial em ascensão. O comércio bem poderá voltar a ter um importante vértice no ocidente europeu, ligando a China à América do Sul, África e Europa. Não seria de todo impensável a resolução do problema dos transportes ferroviários terrestres, no caso de se confirmar este avanço chinês que a acontecer, decerto privilegiará Sines. A posse portuguesa de jure de uma plataforma marítima colossal, é também susceptível de colocar muitos olhos em bico, prevendo o futuro acesso a preciosas fontes de matérias primas que um dia serão arrancadas do fundo do Atlântico.

Portugal vai vender Sines a Pequim. Disso estamos certos. É esta, a consequência do atraso e desleixo de mais de um século, quando no final do reinado de D. Carlos I, se pensou na criação de um grande entreposto comercial em Lisboa, servindo de plataforma de entrada dos produtos brasileiros na Europa. Para a China, ao Brasil soma-se o espaço da África lusófona.

É o render da guarda. Mas a que preço?

O dilema consiste na falta de agentes políticos que garantam os interesses nacionais. São ineptos profusamente galardoados.

O absurdo regime da República Portuguesa, caduco, escandalosamente incapaz, corrupto, inconsistente, sem rumo e entregue a uma classe política de uma inacreditável voracidade em proveito exclusivo, não parece estar à altura de saber aproveitar uma potencialmente benéfica oportunidade, que deverá sempre, ser recíproca.

Os chineses sabem perfeitamente com quem lidam e têm uma panóplia de nomes para um certo tipo de gente. Herdada a adjectivação dos tempos do Livro Vermelho do Timoneiro Mao, é agora a cartilha do grande capitalismo que derrubou a outrora quase invencível Grande Muralha.

Sondagem Legislativas: PSD a subir, PS a cair, BE a levantar, CDU e CDS a dormir

Se houvesse hoje eleições legislativas os resultados, segundo o Diário de Notícias, dariam vantagem ao PSD – 40%- sobre o PS – 26%. O BE duplicaria o seu número de votos relativamente às sondagens anteriores- 12%-, a CDU e o CDS disputariam a liga dos últimos com 8 e 7% respetivamente.

“Ora agora governo eu, ora depois és tu, a seguir volto eu, descansas e voltas tu, desta vez a crise é minha, a seguir será a tua, eu terei mais uma ou duas e vou intervalá-las com as tuas. Virou”.

Siga a música, que os dançarinos são os mesmos.

Ah, o Halloween, essa tradição bem portuguesa

Lembro-me como se fosse hoje. Vestia-me de feiticeiro, com uma capa preta e o inevitável chapéu em forma de cone. Pegava numa pequena vassoura com a mão direita e num globo de neve com a esquerda, a simular uma bola de cristal. Era assim que saia à rua, par a par com outros miúdos da vizinhança. Corria as casas das redondezas a pedir doçuras e a prometer travessuras.

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Normalmente corria bem e os índices de açúcar no sangue subiam mais depressa que um foguetye em madrugada de ano novo. Um dia, o senhor Mota, dono de um belo Toyota vermelho, não quis dar nem um rebuçado da Régua, nem um mísero rebuçado do Dr. Bayar. Insistimos, chegamos a pedir por favor, primeiro, e a ameaçar uma travessura, depois. Nicles. O velho estava a pedi-las. Pimba! Uma pedra mágica voo em direcção ao vidro do retrovisor do lado do condutor e ele não resistiu. Partiu-se. Uma pequena grande tragédia. Houve o regabofe no momento da magia mas uma grande preocupação quando o Tó, o mais velho do grupo, disse, em voz grave e algo trémula, que partir um espelho equivalia a sete anos de azar.

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afinal, os terroristas quem são?

Assembleia da República, sítio de griteria e acusações: todos responsáveis pelo desgoverno. Ai se Afonso Henriques fosse vivo!

Estes dias que vivemos, parecem-me estarem cheios de tristezas, injustiças e lágrimas, bem como de solidariedades, declarações, debate, uso da razão, uso das emoções. É um falar constante dos acontecimentos que sobre nós caem. Corpos mortos, corpos feridos, fuga do perigo, vida de terror. A resposta à pergunta do título podia ser simples: os que matam sem motivo ou sem motivo aparente provocam depressão a outros seres humanos. Se quisermos uma lista do terror sobre os seres humanos, basta-nos ler o jornal e ver que desde 2002 em Bali, até ao dia 7 de Julho deste ano, ocorreram oito actos denominados terroristas e, consequentemente, tivemos mortos, feridos, seres triste… um mundo dividido. [Read more…]

Um homem novo candidata-se à presidência

“O que teria acontecido sem os alertas e apelos que lancei na devida altura, sem os compromissos que estimulei, sem os caminhos de futuro que apontei, sem a defesa dos interesses nacionais que tenho incansavelmente promovido junto de entidades estrangeiras?”

O momento

Eucalipto

Esta excelente fotografia de Minerva Bloom é uma metáfora do momento presente: uma réstia de vida em cima de um eucalipto seco.

Via Photo of the day na Fotopedia

Aventar na TV

Mais logo, pelas 22h, no Porto Canal vamos discutir o Orçamento e as Presidenciais (entre outros temas).

Estão todos convidados

Se As Eleições Fossem Hoje

SE … Mas Não São!

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Mas não são, que se fossem o PSD ganhava por larga margem. Dizem as sondagens.
E se o sr dr Passos Coelho não fizer o que deve, que é deixar passar o Orçamento, nem quando forem ele ganha.
Se o sr dr Passos Coelho não aprovar na generalidade o Orçamento, vem aí o FMI, mas se ele o aprovar não deixará de vir, virá mais tarde, mas vem de qualquer forma, e com maneiras mais duras e gravosas para todos nós.
O sr dr Passos Coelho vai ter de aprovar o Orçamento, porque se o sr dr Passos Coelho o não aprovar, irá dar ao ainda nosso Primeiro todas as possibilidades de, nos próximos seis meses se fazer de vítima, dizer a toda a gente e aos ventos que não pode governar por culpa do sr dr Passos Coelho. E todos sabemos a lata deste ainda nosso Primeiro. Irá, nessas circunstâncias, convencer toda a gente da sua capacidade e da sua falta de responsabilidade no que se estará a passar, e nas próximas eleições, vence de novo e com larga margem.
Assim o sr dr Passos Coelho tem a obrigação de deixar passar este Orçamento, de modo a obrigar o ainda nosso Primeiro e a sua equipa a governar (mal, como é seu hábito) e a demonstrar que não tem capacidade para o fazer. Até cair de podre, daqui a alguns meses, que se esperam muito poucos.
Se as eleições fossem hoje, o PSD ganhava por larga margem, mas não são, e não vale a pena embandeirar em arco por causa desta sondagem.

Reformados e pensionistas: Vítor Melícias

7450 euros

O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros

CM

Falemos de vampiros, marajás e ganância

Por SANTANA CASTILHO

No momento em que escrevo, PS e PSD ainda negoceiam para viabilizar o Orçamento de Estado para 2011, o qual, todos sabemos, vai ser aprovado. Independentemente da filiação ideológica, numa coisa os economistas estão de acordo: este orçamento gerará recessão económica. A falta de transparência é evidente: é impossível cotejar a realidade com o passado e o futuro e até o próprio valor do PIB não está explicitado; o investimento público
cai aparentemente, mas ninguém sabe o valor da desorçamentação operada com recurso ao cancro das parcerias público-privadas; sobre o incumprimento evidente do acordo feito com o PSD, em Maio transacto, aquando do PEC II, nem uma palavra. Se retirarmos a receita extraordinária originada pelo confisco dos 2,6 mil milhões de euros do Fundo de Pensões da PT, o decantado défice aproximar-se-ia dos 9 por cento. [Read more…]

a (des)igualdade da criança

menina pobre, desigual e doente

O estatuto socioeconómico dos pais é determinante do incremento da (des) igualdade fisiológica das crianças denominadas de educação integrada ou especial.

Parece-me evidente que, ao falarmos em criança, estamos a pensar num ser humano novo, rechonchudo, de riso aberto, olhos azuis, cabelo encaracolado, impossível de atingir na sua rápida corrida. Ou, num pequeno que adora esconder-se dos adultos, ouve histórias lidas à noite, sabe contar contos e é espontâneo para colocar os seus braços em redor do nosso pescoço. Ou nessa pequena menina que brinca a ser mãe e canta às suas bonecas, as suas preferidas canções de embalar. O mundo ideal, do tipo Huxley. Mundo ideal que raramente acontece, na vida real. Ou, por outra, verdade que atribuo mas não concerta com o mundo material.

Porque esses olhos azuis podem não ver e perguntar aos seus ascendentes como é que é…tudo. Porque essas orelhas cor-de-rosa, podem não ouvir. Porque essa boca de

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