Farsantes de serviço


O PS e o PSD/Cavaco continuam o seu número de revista à portuguesa, simulando desentendimentos e um “trabalho aturado” que se prolongará noite fora. A jiga-joga tem como único fim, a tranquilidade do candidato ideal de ambos os sectores, pois aos rotativos convém o status quo. Como fica Passos Coelho neste palco, é coisa que ainda estamos para ver.
Amanhã é o dia do não-tabu e assim há que prolongar um pouco mais a ilusão, de modo a ser encenado um oportuno directo televisivo com a “boa nova”.

A “boa nova” é exclusiva de Cavaco. Com um fraquíssimo desempenho em Belém – quase ao nível de Sampaio -, recandidata-se sem ter coisa alguma para propor ao país, mas apenas porque lhe interessa. Para quê, já esta noite se depreendeu nas palavras do sr. Ricardo E.S. Salgado. Estão aflitos e precisam de dinheiro. É tudo.

Jorge Sampaio, em Berlim, responde a Angela Merkel

Jorge Sampaio, enquanto Alto Representante das Nações Unidas para a Aliança das Civilizações, apelou hoje em Berlim à criação de cidades interculturais e interétnicas na Europa. O apelo acontece no mesmo país e na mesma cidade onde Angela Merkel declarou, há uma semana, “oficialmente” morto o multiculturalismo na Alemanha.

Obviamente que Jorge Sampaio sabe e “pesou” a oportunidade das declarações. A este tema da multiculturalidade e da interculturalidade (que não são a mesma coisa) e algumas das suas “subtilezas”, prometo voltar brevemente.

PS. Eu sei que a notícia é recente mas, até este preciso momento, apenas o Açoriano Oriental e o Aventar dedicaram umas linhas ao tema. No tempo da “actualidade instantânea” a imprensa online portuguesa parece andar, uma vez mais, aos gambozinos.

diary of may malen, chapter 2

My dearest granddauther May, at her 3 months of age, at her house

My Darling granddaughter, May Malen.

I wanted you to be called Elisa, but your parents did chose the name of May because they wanted to, an Malen in honor to me, as Malen amongst the clan Picunche of the Mapuche Nation of Chile and Argentina, Mapuche being people of the land in Mapudungun, or as the people speak in English, that Nation that I analyze use the word Malen to mean pretty girl. And you are as Malen as no one else! You are Malen malen….

Few days ago, you were a little baby. These days you are growing up far too soon, as a plant with a special fertilizer…

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Rediculo

Uma das coisas que mais gosto no nosso país são os diferentes sotaques e como nos identificam.
Não acho mal que eu diga “vermalho”, outros “vermêlho” e mais alguns “encarnado”, até acho muito bem. Acho que faz parte da nossa identidade.

Claro que há, ou deverá haver, um português normativo, aquele que é o português bem falado, de coimbra como costumavam dizer, que poderá servir de referência mas isso não deve levar à anulação (até certa medida) das especificidades regionais.

Já ter um orgão público a optar por “oficializar” uma dessas especificidades regionais, para além de ridiculo parece-me um abuso.
Alguns exemplos do prontuário sonoro da rtp:
Palavra / transcrição
Ministro /mënistru
Visita /vësita/
Vizinho /vëzinhu/
E o que é mais fantástico é que se formos ouvir o som exemplificativo eles substituem mesmo o “i” pelo “e”.
Mas nem tudo está perdido, reparei que ainda não mudaram “treze” por “treuze”.

Adeus walkman

Walkman_2610

Tive um walkman. Como muitos da minha idade. Já lá vão uns anos. Era uma companhia habitual e levava-o para quase todo o lado. Nos primeiros tempos transportava-o na sua caixa de cartão e devidamente condicionado no plástico de origem. Como quem compra um carro novo e fica zangado com quem lhe suja os tapetes pela primeira vez. Não durou muito. Essa mania, claro, porque o walkman durou. Com jeito ainda o tenho para ai enfiado.

Era Sony, como só os verdadeiros walkmans podem ser. Preto, com as letras em prateado. Tinha rádio, com mostrador digital, auscultadores e um clip para prender ao cinto. Leu muitas cassetes. Por aquele aparelho passaram horas de Pink Floyd, Beatles, U2, entre muitos outros.

Foi uma notícia, a do fim da venda do aparelho pela marca nipónica, que me fez recordar dele. Tive um walkman. À parte uma certa nostalgia por tempos que já não voltam, segui em frente. Não o choro. Hoje o walkman é uma peça do passado. Já quase não há cassetes, a qualidade sonora é muito melhor em CD ou em MP3, por isso a ‘morte’ do aparelho é natural. Não tem razão de ser nestes tempos.

Depois de divulgada a notícia, o canal Fox, dos EUA, colocou um dos aparelhos nas mãos de um adolescente dos nossos dias, do digital, da internet, dos ficheiros. Andou algumas horas a ouvir cassetes e nem reparou que estas tinham dois lados. Estes tempos não são para o walkman. A reforma espera-te pá.

A guerra monetária e a estratégia do medo

Confirmando os sobressaltos por que o mundo passa nos tempos recentes, duas expressões ganharam novo fôlego e andam nas bocas dos estudiosos, políticos, analistas, etc. Uma delas tem atravessado o Brasil, onde o Dilma acusa Serra de impôr uma estratégia do medo (veja uma busca que inclui apenas resultados da última semana), e também a França – onde o porta-voz do PS acusa Sarkozy de criar uma estratégia do medo agitando os fantasmas do terrorismo e da emigração.

Outra expressão ressurgida -estava adormecida há sete ou oito décadas – é guerra monetária (veja resultados em português para “guerra monetária” nos últimos trinta dias e compare com o passado).

Enquanto a globalização econômica funcionava a favor dos EUA e dos grandes países europeus, e conforme suas empresas migravam para países do Terceiro Mundo pagando aos trabalhadores salários de miséria e vendendo seus produtos nos EUA e na Europa com suas margens de lucro aumentadas ao máximo, era tudo correto e ótimo, apesar das reclamações dos trabalhadores norte-americanos e europeus que perdiam seus empregos.

Contudo, agora, quando chinesas, brasileiras, vietnamitas, indianas e demais terceiromundistas empresas fabricam seus produtos com os quais inundam os mercados do Ocidente a preços fora de qualquer possibilidade de competição, os EUA e a empoada Europa começaram a choramingar suas mágoas e até ameaçar, esquecendo todas as suas juras ao “livre comércio”.

Os jornais alemães e franceses já ameaçam ostensivamente os chineses e demais produtores terceiromundistas com a aplicação de novas taxas e tarifas, se a China não permitir uma forte valorização do iuan [Read more…]

Quem são os criminosos afinal?

   
5 activistas da causa animal foram condenados a prisão efectiva por terem perturbado a santa paz de um laboratório onde se fazem experiências com animais. Entre outras coisas, fizeram telefonemas abusivos e enviaram embrulhos-bombas que, depois de abertos, afinal não tinham nada.
Grave, muito grave. Já a continuada tortura sobre animais indefesos, quando já existem muitas outras alternativas fiáveis, é perfeitamente natural e admissível.

Quem são os criminosos afinal?

Comunicado da AAP

À comunicação Social

COMUNICADO

A Associação Ateísta Portuguesa (AAP), na sequência da separação constitucional do Estado e das Igrejas e na defesa da laicidade daí decorrente, nunca se conformou com os benefícios fiscais concedidos em 1990 à Igreja católica e a sua extensão em 2001 às instituições religiosas não católicas e às instituições particulares de solidariedade social (IPSS), instrumentos de poder e de financiamento habitualmente ao serviço das diversas confissões religiosas.

Perante a crise em curso, a proposta de Orçamento do Estado (OE) de 2011 pretende retirar – e bem – os benefícios fiscais, que jamais deviam ter sido concedidos, às instituições religiosas não católicas. O que deixa a AAP perplexa e indignada é que se mantenham ainda os benefícios fiscais que privilegiam a Igreja católica.

Mantendo esta situação injusta e injustificável, o Governo acrescenta à deplorável genuflexão perante a Igreja Católica a discriminação para com todas as outras confissões religiosas. A injustiça ganha agora geometria variável, com o Estado laico a usar poder discricionário a favor de uma das confissões que disputam o mercado da fé, sem respeitar dois princípios constitucionais: o da igualdade e o da separação entre o Estado e as Igrejas.

A AAP acompanha no espanto e indignação todas as confissões religiosas não católicas e comunidades religiosas radicadas no país, bem como os institutos de vida consagrada e outros institutos que a prevista revogação dos artigos 65º da Lei de Liberdade Religiosa e 2º do Decreto-Lei n.º 20/90 remete para uma situação de desigualdade. É inadmissível que a proposta do OE 2011, pedindo tantos sacrifícios a todos os portugueses, ainda assim mantenha o Estado obrigado «à restituição do imposto sobre o valor acrescentado correspondente às aquisições e importações efectuadas por instituições da Igreja Católica», para fins religiosos, ao abrigo do  Artigo 1º do Decreto-Lei n.º 20/90, cirurgicamente preservado nesta proposta.

Assim, a AAP reivindica a revogação do Decreto-Lei nº 20/90, pondo fim aos benefícios fiscais concedidos à Igreja Católica e repondo a igualdade não só entre as confissões religiosas mas também a igualdade entre todos os cidadãos, sejam leigos ou padres, deixando aos crentes o ónus da sustentação do culto sem o fazer recair sobre todos os que não se revêem nessa religião: ateus, agnósticos, cépticos e crentes de outras religiões a quem não cabe custear o proselitismo da religião que se reclama dominante.

Associação Ateísta Portuguesa – Odivelas, 25 de Outubro de 2010

Inventar enredos para um final conhecido

Emoção, suspense, PSD chega uma hora atrasado à reunião, sinais de impasse, mas tudo pode acabar já hoje, as negociações do Orçamento seguem o guião de uma telenovela mexicana.

Tudo pronto para um final feliz, para banqueiros, grandes empresários e afins. Quanto o regime não tem juízo, o povo é que paga.

diary of may malen i. isley, chapter 1

May Mal, my flower, watching with me and her parents, the world cup 2010

As you fly away- you are going away exactly now-, as you flight back home, I think of you, of the week we spent together, with your parents, of your happiness, of your easy laughing about, of your tongue coming in and out of your sweet mouth, running away not to be kissed. Of your free spirit and of your wanting to be always sat down on Mum’s lap, my daughter Camila, or jumping away on the immense arms of Pa, Dad Felix by name. [Read more…]