
o nosso futuro se as meddidas de austeridade avançam....
Bairro da Grande Lisboa, com prédios novos no fundo e bairros de lata ao pé para se sustentar dos trabalhos que resultam das construções dos prédios.
Queiram desculpar, mas sinto-me perdido. Por acaso moro num sítio de Portugal com imensas e evidentes desigualdades. Por acaso. Não encontrei outra casa no dia em que apareci em Portugal, tantos anos já, que até fui feito português, o que agradeço.
O que não agradeço nada, são as diferenças sociais, esses desencontros entre as pessoas: diferente classe social, diferentes saberes, hábitos de bisbilhotice, outros de solidariedade.
Pobreza e riqueza vivem juntas. Trabalho e falta de postos de trabalhos. Elegância e pobreza impossível de disfarçar. A arquitectura tem uma linguagem que explica que Portugal é um país classista. Há os que podem ter folga monetária, e há os que nada têm; há os que têm a esperança de um dia ter e os que sabem que esse dia nunca pode aparecer.
Há também os que moram em bairros de lata e os que possuem tantas casas, que têm que inventar sítios para se entreter além das contabilidades a que estão obrigados para calcular entradas e gastos, para um melhor gerir da sua riqueza, saber onde ir cobrar rendas e melhorar as suas posses.
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