Descubra as Diferenças

A propósito desta imagem, descubra as diferenças!

Eu dou uma ajuda.

O palhaço da esquerda é o Tiririca, recentemente eleito Deputado Federal no Brasil, o mais votado numa eleição nominal em que 1,35 milhões de eleitores brasileiros entenderam que ele, mais que qualquer outro isoladamente, é o melhor representante das suas vontades colectivas. Tiririca talvez não saiba ler o que não faz dele um analfabeto. Tiririca é um cidadão do mundo.

O pal.. senhor da direita é o Deputado à Assembleia da República de Portugal Ricardo Gonçalves, democraticamente escolhido de entre uma lista não-nominal na qual se incluem algumas outras dezenas de pessoas igualmente anónimas, não-nomeadas. Desconheço quantas pessoas escolheram este senhor Deputado para seu efectivo e nomeado representante. Este licenciado em Filosofia certamente sabe ler o que não faz dele automaticamente um alfabetizado funcional porque tem dado provas repetidas de que desconhece que 20% da população portuguesa vive no limiar da pobreza e muitas auferem não mais que o equivalente a 10 dias das suas ajudas de custo (60 euros por dia). Ricardo Gonçalves é um provinciano, assim se assume. Talvez seja o tempo de apanhar o autocarro p’ra Melgaço, regressar ao ensino da Filosofia e governar-se com 1000 euritos por mês, sem ajudas ou outras mordomias pagas, por enquanto,  por aqueles que insulta…

Ricardo Gonçalves, o Deputado-Palhaço


Maria José Nogueira Pinto é que tinha razão. E ainda faltava isto.

U2 em Portugal 2010:

Foram cerca de 7000 visualizações em apenas três dias naquele que foi o primeiro vídeo que meti no meu canal no YouTube. Foi um concerto memorável numa cidade maravilhosa:

Não gosto destas coisas, mas lá tem que ser…

Em primeiro lugar, não nomeio porque, simplesmente, não quero nomear. O que se deve discutir, pelo menos a este nível, são ideias e não pessoas. Aliás, sempre me fez uma enorme confusão esta perspectiva umbilical dos “Bloggers”. No entanto, não me é impossível reconhecer que esta vontade de exposição pessoal ajuda a conferir à “blogosfera” o seu carácter único. Mas, e há sempre um mas, o problema é que este tipo de discussões, demasiadamente pessoalizadas, levam a exageros (aquela da lealdade é completamente despropositada, desajustada e excessivamente paternalista para o meu gosto).

Quanto às ideias, repito que:

1.- Uma boa ideia é sempre de louvar. O facto de ser populista, o que ainda está por demonstrar, não lhe retira qualquer mérito, até porque não reconheço no populismo essa vertente diabólica. Não vem qualquer mal ao mundo por se conseguir um bom resultado (ouvir mais as pessoas) através de um meio pouco rebuscado e de fácil aceitação pelo público. Mais, existem reais possibilidades de redução da despesa do Estado em situações cujos contornos não são do conhecimento público e que precisam de ser divulgadas e apontadas.

2.- As pessoas que, através do mencionado site, apresentam as suas sugestões, merecem o respeito de toda a gente. É indiferente que as suas opiniões sejam ou não determinadas pela raiva ou por desforço. Por dinâmica de grupo ou de massas (como uma turba)  não é certamente porque se trata de um acto individual e realizado, maioritariamente, de forma desacompanhada. Já agora, acrescente-se que a raiva e o desforço são, muitas vezes, os fundamentos do voto eleitoral e aí ninguém se lembra de vir criticar os resultados por tal razão.

3.- Se o partido em causa, PSD, em outras situações não seguiu os mesmos princípios, elogie-se o progresso. Mas não é fácil, nem correcto,  acusar este novo PSD de ser culpado por algo que ocorreu muito antes da sua entrada em cena. Quanto muito, aplauda-se a alteração que, evidentemente, é para melhor.

Obrigado.

Preso por ter cão e preso por não ter

Não concordo com as medidas de austeridade do governo, especialmente por não incidirem onde deviam e por penalizarem mais quem menos pode, mas este post não é sobre isso. É, isso sim, sobre o FMI, o grande advogado das políticas de austeridade e dos cortes cegos sempre a direito. Agora saíram-se com esta:

“O FMI mostra que 2011 será mais um ano para esquecer: a economia não vai crescer (0%) e o desemprego deverá acelerar de 10,7% este ano para 10,9% no próximo. A inflação deverá ser muito baixa, reflexo da total anemia em que país vai cair. Razão: as políticas de austeridade do governo e a falta de competitividade das empresas.”

É do tipo: vou dar-te duas bofetadas, uma do lado esquerdo e outra do lado direito mas, como sou muito teu amigo, deixo-te escolher qual queres primeiro. Se exerceres o direito de escolha dou-te ainda com mais força porque os amigos são para as ocasiões. Se não escolheres, vai ao murro e não te podes defender. Concordas, ou concordas?

Eu tenho horror a pobre

Aliás, e quanto aos pobres,  o ideal seria acabar de vez com a espécie.

história sintética da Galiza

bandeira da Galiza, ceibe e socialista

texto retirado do meu livro o crescimento das crianças, Profedições, 1998

O reino da Galiza tinha já sofrido diversas invasões. Como nas lembranças sociais de Victoria, nas de Pilar há também uma memória social que as repete. Mas, ao contrario que no caso de Victoria e os seus pares. Porque para Victoria, a Conquista é uma bênção que permite que um povo Nativo, seja primeiro um Reyno, depois um Estado e República independentes, autónomo. O que, como Pilar, a sua família e os seus pares, sabem que não é assim na Galiza. A Galiza é Celta, é Romana, é Sueva, é Visigótica, é Castelhana, é Lusa, é Espanhola, é autónoma, como Estado parte do Estado Espanhol, entre os séculos antes de Cristo e o dia de hoje. Quando a dita autonomia permite que a língua galega seja também língua oficial, em conjunto com a Castelhana. E a lei Galega, não o Estatuto de Castelão (1931) nunca aprovado na II República que o meu amigo Ramón Pinheiro defendeu até a sua morte. Uma lei directa, própria, sempre subordinada a lei geral do Estado Espanhol e às leis específicas que o Estado central, assina como Yo, el Rey. Embora saibam Victoria e Pilar, ou não saibam, que a Monarquia Espanhola é comum para os dois Reinos, o do Chile até 1818, e o da Galiza até hoje. Porque a invasão Napoleónica a Espanha, alastra ao Rei Fernando VII ao seu cativeiro de Paris, onde muito bem fica, faz-se revoltar ao Reyno de Chile que aderia á Coroa e á pessoa do Rei, e causa o seu afastamento de dita Madre Pátria, porque já não há proprietário, o Monarca. O que serve para basear a Independência na hoje América Latina, o que serve para começar os levantamentos contra os direitos

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A melhor resposta ao roubo nos salários: trabalhar menos 5%

Para já médicos e enfermeiros ameaçam recusar horas extraordinárias. Quem tem falado com funcionários públicos ouviu a mesma resposta ao gamanço dos ministros e ex-ministros do bloco carteirista: tiras-me 5%, trabalho menos 5%.

Sendo daquelas formas de luta que os sindicatos nunca assumirão cheira-me a que vai ser a mais praticada, e ainda antes de os salários baixarem. Discretamente, trabalhar menos 5% (os dos cortes de 10% não se metem nestas vidas) é a coisa mais simples deste mundo, até porque com a progressão na carreira congelada as avaliações passam a pura anedota.

Tivesse a função pública sindicatos a sério e chamava-se a isto greve de zelo. Quem já usou a expressão greve de zelo perante um sindicalista sabe porque não temos sindicatos a sério mas apenas carreiristas a brincar. Há excepções, confirmam a regra.

800 Pessoas ou Mais

Quantas pessoas cabem em 12 carruagens com 88 lugares cada?

Às sextas à tarde e domingos à noitinha é assim entre o Porto e Lisboa. Porque não dão carros a todos estes pobres? Já que temos auto-estradas grátis, era de aproveitar…

Acerca do novo site do PSD (Cortar na Despesa)

Em, primeiro lugar, devo afirmar que só a decepção de ver a qualidade resvalar para o fácil, me animou a publicar o que se segue.

1.- Acho a ideia boa. Qualquer tentativa de ajudar a que os Portugueses se façam ouvir, para mim é, sempre, boa. Por isso, louve-se a iniciativa.

2.- Se o autor da ideia, no caso o PSD, procedeu, anteriormente, de forma distinta para situação análoga, gabe-se o melhoramento. E ressalve-se, por obrigação ética, que, entre situações, muito mudou no partido.

3.- Porque algumas vezes se perde lucidez e perspectiva, repita-se que todos somos iguais perante a lei, perante a sociedade e perante a ética. Em democracia, não há TURBAS. Há pessoas. Há eleitores. E merecem respeito. O público não passa de soberano a turba por mero capricho do nosso desagrado.

4.- Gostaria de terminar, dizendo que a sugestão que deixei no site tinha a ver com a repulsa que me causa a existência de reformas douradas sem uma prévia, real e, minimamente, equivalente contra-prestação à Segurança Social.

Exposição de Fotografias de Vermoim, Maia (5)

Poderá ver mais fotografias AQUI