Poupar 1000 milhões é fácil

Ricardo Rodrigues, o deputado dos gravadores, alinha com a posição do seu partido e diz que as propostas do PSD para o orçamento implicam uma "perda" (!) de receitas na ordem dos mil milhões de euros e pergunta onde se vai buscar esse dinheiro.

É simples:

  • não gastar 408 milhões em publicidade
  • usar os 400 milhões que afinal não vão para a Mota-Engil
  • poupar 200 milhões na iniciativa "Redes de Nova Geração"  do Plano Tecnológico (eu também quero um Porsche mas não tenho dinheiro)

E ainda sobram 8 milhões para termos o leite com chocolate com, no máximo, o mesmo IVA de uma garrafa de vinho tinto.

Simples, não é?

A França já está a arder

Parece que a notícia do falecimento das greves e manifestações de rua como forma soberana de o povo dizer não aos que em seu nome governam era ligeiramente exagerada.

As jornadas de luta sucedem-se por toda a França, a violência volta às ruas, o Sarkonazi já não sabe muito bem para onde se virar, a gasolina escasseia nos postos de abastecimento, a França pode parar.

Tem muito de ironia que esta luta se trave em torno da idade de reforma e tenha já conseguido o apoio dos estudantes do secundário (ler no Spectrum: Ao lado da Igreja Notre Dame de LaCroix! No liceu já eu fazia broches…).

Conhecendo o histórico seguidismo lusitano no que às revoluções gaulesas e similares toca, resta-me esperar que os portugueses sigam o exemplo. A greve geral está oficialmente convocada. E se não vai servir para parar um orçamento de gamanço e continuidade nos lucros oferecidos a quem realmente manda, ao menos que sirva para estancar o roubo e o descarado gozo com que esta gente se governa.

Notícia das notícias em gráficos

O jornal Público divulga hoje o relatório da ERC sobre os gastos em publicidade por parte do Estado central – isto é, sem contar com autarquias, instituições de ensino, tribunais, Presidência e Assembleia da República. [Adenda a 20.Out.: a edição impressa acrescenta mais alguns detalhes. Sumário no fim deste texto.]

É portanto apenas uma parte do total desta desta despesa e desde logo espanta pelo seu valor: 408 milhões de euros! Caro leitor, fique sabendo que só para a propaganda do Estado central contribuiu no ano passado com mais de 40 euros. Contribuiu, aliás, bem mais do que este valor, pois o número de contribuintes efectivos é muito inferior a 10 milhões. Dada a falta de números oficiais, estima-se em 3.5 milhões o número de contribuintes efectivos. Neste caso, a sua generosa contribuição em 2009 para os cartazes do solar, das Novas Oportunidades, dos programas patrocinados na TSF, anúncios de página inteira em jornais e mais uma catrefada de "investimentos" (!) foi superior a 100 euros.

Mas vejamos esses números saídos hoje no Público, aqui apresentados em 5 gráficos, para depois  os lermos.

1. Gastos totais

 Gastos em PUB pelo Estado central

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Hoje tenho vergonha de ser português

Leis rigorosamente preparadas para que a corrupção não seja crime, num país onde os analfabetos chegam à fortuna, com “o esforço do seu trabalho” e luvas, muitas luvas e cunhas. O país do pato bravo, do especulador imobiliário, das mais valias não tributadas na valorização dos solos urbanos. O país onde a justiça é igual para todos, mas mais igual para os que pagam os malabarismos da advocacia.

O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou os recursos do Ministério Público e do vereador José Sá Fernandes contra a absolvição do empresário Domingos Névoa no caso Bragaparques

Não é isto que quero para o meu  país.

Cidades pela Retoma

Nos próximos dias 20 e 21, pelas 21.00, no Clube Literário do Porto terá lugar a conferência “Cidades pela Retoma”.

O programa das 2 sessões aposta em apresentações breves (15m) de 4 oradores por dia que irão introduzir diferentes temas que servirão para um debate alargado com a audiência.


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A Linha Saúde 24

No chão, estatelada, a criança gritava sem parar. O estrondo até fizera abanar o chão. Caíra da cama enquanto os pais tratavam da irmã mais nova e, agora, nem sequer se via o seu rosto. Apenas um «galo» enorme, monstruoso, que percorria toda a testa.
A mãe pegara na criança e também chorava copiosamente. Só tivera tempo para deitar no berço o bebé, que, ainda todo nu, não parava de gritar a plenos pulmões.
Do lado de lá da linha, calma, tranquila, a enfermeira de serviço respondia a tudo com a maior das afabilidades. O pai perguntava duas e três vezes, porque no meio da gritaria, não conseguia ouvir nada. Fez sete ou oito perguntas sobre o estado da criança e, como se a resposta fosse negativa, sossegou o pai: não é grave. É só pôr gelo na zona do galo de três em três horas e acordar a criança de duas em duas horas para ver se ela está a reagir bem.
«Podemos telefonar daqui a 12 horas para ver se está tudo bem?» Que sim, diz o pai, que só agradecia esse cuidado. E ainda não tinham passado as 12 horas quando o telefonema chegou. «Então, está tudo bem com a menina?»
No final, a pergunta de sempre: «O que teria feito se não nos tivesse contactado?» Claro, a resposta sacramental: direitinhos ao Hospital.
Linha Saúde 24. Eu gosto.

Banco alimentar parlamento: o cabaz

Deu quem pôde e quanto lhe foi possível. Ficou composto e, para quem não tem dinheiro para jantar no restaurante, é muito mais do que tinha. É bonito quando os que pouco têm partilham com os que ainda menos têm.

Cimbalino curto:

Curiosamente, é na direita que este projecto comunicacional encontrou alguns dos seus mais silenciosos e dedicados seguidores, cuja Banca e boa parte das grandes empresas são disso bom exemplo. A última embaixada dos bancários (não confundir com Banqueiros) à sede do PSD para pressionar Passos Coelho a aprovar o Orçamento de Estado para 2011 ficará nos anais da história como a cereja no topo do bolo dos corporativos.

pedófilos, serão os romanos apenas?

uma criança martirizada pelos seus adultos

A pedofilia não é prática exclusiva dos sacerdotes romanos de Boston…nem dos do Norte de Portugal…nem dos Bispos de Roma. É uma actividade generalizada de tempo imemorial. Em maus lençóis anda metida a fé dos católicos, com um Ratzinger ou Bento XVI, a não saber o que fazer! Adultos, guardai-vos dos vossos contemporâneos simpáticos…!

Romanos, conforme os Cânones 1, 2 e 8 do Código de Direito Canónico de 1983, são todos aqueles que dizem pertencer à Sé Apostólica ou Igreja chefiada pelo Bispo de Roma ou Romano Pontífice, definido pelo Cânon 330 do mesmo Código.

Ele, como todos os Sacerdotes ou pastores de almas, de acordo com o Cânon 542, estão obrigados à castidade, definida pelos artigos 915, 1632, 2053, 2337 e seguintes e 2374 e seguintes, do Catecismo da Igreja Católica, promulgado em 1992 por Karol Wojtila ou Joannes Paulus Secundus, Servo dos Servos de Deus. Infante é

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A Alemanha, a Europa, o Nosso Cantinho e a Xenofobia

Mantendo intacta a amizade, não partilho o tom e a radicalidade do último poste do Carlos  Fonseca, como não partilho  o tom de alguns comentários, um pouco como se fosse delírio ou mentira absoluta o que o poste diz. A Europa está cada vez mais xenófoba.(Como sempre?)

Num mundo desiquilibrado os extremos procuram-se. Geograficamente, os pobres dirigem-se para os ricos e os ricos abastecem-se de matérias primas nos pobres. Mas, num mundo desiquilibrado, os ricos não se abastecem de forma justa e ditam a lei quem tem contra quem não tem para imporem os seus negócios, como sempre foi. E abastecem-se ao preço que determinam daquilo mais precisam. É natural, dirão uns, é imoral, dizem outros.

Acontece (as razões aduzidas e ditas justificativas têm sempre perspectivas diferentes e em oposição) que o mapa da riqueza e da pobreza se encontra muito claramente delineado, apesar de zonas intermédias, e em alguns países ganha-se num ano o que noutros se ganha numa vida.

Ninguém é culpado de ter nascido onde nasceu. Ninguém é obrigado à fatalidade da pobreza extrema. Se, no meu meio, eu não puder proporcionar sobrevivência (já para não falar de vida digna) aos meus, tenho o dever de mudar o meio, de mudar de meio, de fazer o possível. E o possível, muitas vezes, é emigrar, tentar onde o meio pareça mais propício, onde existam mais oportunidades, mesmo sem certezas, nem papéis, nem sucesso.

Já os países ricos, por outro lado, têm o direito de se proteger, é compreensível e pode parecer natural, não fossem os desiquilíbrios por eles introduzidos serem perpetuadores deste status-quo.

A Europa talvez não possa acolher todos os milhões que atrai mas, quando precisa, atrai milhões. Tem o dever de os integrar e respeitar, assim como aos seus hábitos e culturas. O contrário, naturalmente, é igualmente verdade.

Acontece, porém, que neste caso a Europa não existe. A Europa não existe, a Alemanha não existe, a França não existe, Portugal não existe. Existem, isso sim, [Read more…]

Queres ver que a menina ainda vai acabar a carreira no FC do Porto…


Já tenho visto coisas mais excêntricas no mundo do futebol. A verdade é que o Nuno, Gomes de Fernando Gomes, passou ao lado de uma grande carreira… Uma injustiça, porque foi sempre um grande jogador.