Pornografia no Baixo Tâmega

A merda continua, há-de continuar porque o povo daqueles bandas é soberano, ainda que particularmente analfabruto. Estão perdoados.

Joaquim Monteiro da Mota e Silva, presidente da Câmara Municipal do Celorico de Basto, torna público, em cumprimento da deliberação desta Câmara, de 6 de Outubro de 2010, que no próximo dia 22 de Outubro de 2010 se vai proceder pelas 11 horas, no salão nobre do edifício dos Paços do Município, em Celorico de Basto, se procederá à alienação em hasta pública dos travessas, carris e restante material ferroso existente na extinta linha do Tâmega (entre o km 25,724 e o km 45,439)”

Quem tem razão é o Malmaior.

A ex-Baixa de Lisboa


Já foi “a Baixa”. Local de passeio, de compras para uns e de olhares sonhadores para outros, que debruçados sobre montras de tecidos, bolos, jóias ou bibelots, esperavam por melhores dias. Foi o motivo de orgulho português, de uma modernidade setecentista que adequou Lisboa à sua condição de capital imperial. Muitos aqui pacificamente flanaram, enquanto outros, do alto dos seus cavalos, por ela passearam como conquistadores e dela logo saíram à pressa, como derrotados e efémeros invasores. O próprio arquitecto Speer, à cata de ideias para as faraónicas construções destinadas a um muito provisório Reich, por ela vagueou, confessando a sua admiração pela pureza das linhas, pela luz, grandeza da perspectiva e seca modéstia nos ornatos. Aqui deparou com essa sublime pobreza do supérfluo, confirmando a grandeza. A Baixa, foi o centro da atenção daquele Poder que tinha a perfeita consciência do cenário oferecido aos lisboetas e que impressionava quem numa galeota dourada – Eduardo VII, o poderoso kaiser Guilherme ou o president Loubet – desembarcava em visita oficial.
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Ranking das escolas: Comparação 2001 – 2010 ou os efeitos nefastos de Maria de Lurdes Rodrigues

São estes os verdadeiros números do «ranking» que interessam. À medida que as medidas de Maria de Lurdes Rodrigues foram sendo implementadas, as escolas públicas foram desaparecendo do mapa:
Média 2001/2006 – 2 escolas públicas nos 10 primeiros lugares; 6 nos 20 primeiros; 10 nos 25 primeiros; 33 nos 50 primeiros. 2007 – 1 nos 10 primeiros; 5 nos 20 primeiros; 9 nos 25 primeiros; 28 nos 50 primeiros. 2008 – 0 (ZERO) nos 10 primeiros; 3 nos 20 primeiros; 7 nos 25 primeiros; 23 nos 50 primeiros.
No «ranking» de 2009, por exemplo, havia uma escola pública nos vinte primeiros lugares. E mesmo essa, não serve de grande exemplo: só levou a exame 14 alunos. Agora há duas.
Foi a isto que conduziu a política educativa da Ministra da Educação e do anterior e actual Governo. E de quem é a culpa que as escolas públicas estejam a desaparecer progressivamente dos primeiros lugares do ranking?Deve ser dos professores. Os tais que, pelos vistos, dantes não eram avaliados, mas que conseguiam melhores resultados para os seus alunos do que agora.
Ou então é dos alunos. Aqueles que são cada vez menos responsabilizados e cujo sistema facilita cada vez mais a sua progressão, ao ponto de se querer acabar com as reprovações. Aqueles que vêem que tanto faz reprovar porque se está doente ou porque se vai para o café. Aqueles que vêem que tanto faz estudar ou não.
Das senhoras ministras? Que ideia! Nem pensar! Então não se vê o clima sadio que ela criou nas escolas para professores e alunos. Então não se vê como as escolas privadas vão esfregando as mãos de contentes?

Muito mais haveria a dizer sobre isto. Porque, no fim de contas, as escolas privadas não são em nada melhores do que as públicas. Algumas serão, a maioria não. A falácia destes números, onde tanto vale uma escola com 50 exames como outra com 500, e onde tanto vale seleccionar os alunos como acolhê-los a todos, não esconde, no entanto, o desaparecimento das escolas públicas desde 2005.
Desde o dia em que Maria Lurdes Rodrigues entrou no Ministério da Educação para enfernizar a vida a toda a comunidade educativa com os milhares e milhares de diplomas, leis, decretos e despachos que diariamente ia vomitando para cima das escolas.
A História lhe fará a justiça devida.

SCUT e TGV, o mesmo problema

O principal problema nesta questão das scut é que não deviamos estar a perguntar se as devemos pagar ou não, mas sim se elas deviam ser construidas.
Essa era a principal questão mas também é uma questão que já não faz sentido…
Ficamos assim somente com o sentimento de injustiça de quem paga e vê outros a não pagar, de quem não pagava e não tem alternativas e passa a pagar.
Tudo isto ao mesmo tempo que quem criou um modelo insustentável tenta resolver o problema sem nunca assumir que o criou.

“Sempre tive algumas críticas ao actual modelo de concessões. Teve o seu tempo, teve a sua história, foi importante para desenvolver a rede rodoviária nacional, mas hoje não é um modelo sustentável”

Voltando à questão inicial, a pergunta deveria ser se queremos ou não estas estradas.
Porque me parece que grande parte destas estradas foi construida não na perspectiva de resolver um problema (mobilidade) mas com o simples objectivo de construir estradas, aliás auto-estradas, de preferência através de contratos de exploração garantidissimos para quem os explora.

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Resumindo e clarificando

Depois de um intenso esforço de decifração vou tentar resumir e clarificar este comentário do sr. deputado Ricardo Gonçalves:

“Eu não disse aquilo que dizem que eu disse porque eu não disse aquilo que disse. Dizem que digo o que sei que não disse porque dizem o que dizem apenas por dizer. Não é o meu caso: eu não digo o que digo porque o que digo não digo. Ou seja, digo e não digo mas não digo como dizem que digo. O que eu digo e o que eu digo não são a mesma coisa. O que eu digo é que o que eu disse não é o que eu disse. Se não compreendem o que eu digo, não digam que disse o que não disse tendo dito o que disse. Tenho dito.”

os aguerridos chilenos

O Morro de Arica, vergonha do Chile

Falar da República do Chile, é falar da fortaleza dos seus cidadãos, da sua força, das suas lutas pelo viver e sobreviver. A República foi fundada a 18 de Setembro de 1810, numa primeira instância. Colónia da coroa de Espanha, e com o rei Fernando VII de Borbon, sequestrado e levado para França por Napoleão Bonaparte, a população do país, especialmente a de Santiago, sentia que não tinha quem a governasse. O Governador, Mateo de Toro y Zambrano, feito Conde da Conquista pelo Rei para poder gerir as suas posses, reunia todos os requisitos para o cargo: Mateo de Toro Zambrano y Ureta (Santiago, 20 de Setembro de 1727Santiago, 26 de Fevereiro de 1811), vizconde prévio de la Descubierta, conde de la Conquista y cavaleiro de la Orden de Santiago, militar e político criollo chileno. Convocou uma reunião de notáveis para escolherem quem havia de governar a colónia, porque não havia rei. Como é evidente, os notáveis eram os senhores de posses, nobres também, como já relatei noutros ensaios, editados neste sítio de debate académico.

De facto, esse 18 de Setembro é uma metáfora por causa do rei Fernando VII, ao voltar do seu exílio em França, querer recuperar as suas colónias. Para isso, enviou um exército que os chilenos, durante quatro anos, souberam muito bem combater até há expulsão dos denominados godos, do território nacional, o que aconteceu em 1818, após a vitória, com colaboração da República Argentina (livre desde 1805), na batalha de Maipú.

Até àquela data, a maioria dos líderes independentistas teve que fugir para Mendoza, na Argentina. Formaram o Exército dos Andes, a cargo do general argentino José de San Martín, no qual participava Bernardo O’Higgins, líder das milícias chilenas. Este Exército Libertador, que inicialmente contava com 4.000 homens e 1.200 militantes da tropa de auxílio, para condução de mantimentos e munições, cruzou a

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Mas quanto nos custa a cantina da Assembleia da República?

O comentário do deputado Ricardo Gonçalves despertou-me uma pequena dúvida . Diz ele:

[Os políticos] Terão que se adaptar à crise, nem que para tal seja necessário abrir a cantina da Assembleia da República, à noite, para que lá coma quem quiser. Não vejo nisso nenhum problema, pois é um espaço gerido por uma empresa privada, sendo um sítio digno e aprovado pela ASAE. Em vários parlamentos da Europa a cantina está aberta ao jantar, sem que os opinadores lá da terra se escandalizem.

Gerido por uma empresa privada? Mas será que a cantina da AR dá lucro?

Consta do Orçamento da AR para este ano (Diário da República nº 28 – I série – 10 de Fevereiro de 2010 – Resolução nº 11/2010) a rubrica:

Serviços de restaurante, refeitório e cafetaria  – 960.850,00

prevendo-se a receita de 260.000,00 proveniente  da venda de senhas de refeição.

É só fazer as contas, e duplicar, almoço e jantar. Claro que isto não é uma simples subtracção. Mas quanto nos iria custar o jantar do ilustre deputado na “cantina” da AR, pelo qual ele iria pagar 4,65 euros ?

Paulo Bento na entrevista de Judite de Sousa

Está confirmado: o homem está mesmo a receber lições de Português.

Comentário de Ricardo Gonçalves (deputado)

Exma(o). Sr(a).
São-me atribuídas afirmações que, no essencial, nunca proferi. São, por isso, falsas e injustas. Limitei-me a constatar o facto de que os políticos têm os maiores cortes nos vencimentos. Não critiquei esse facto, nem me queixei da situação.
Sei muito bem as dificuldades e as angústias pelas quais os portugueses estão a passar. Disse – e mantenho – que os políticos devem dar o exemplo em todos os aspectos, devendo ser os primeiros a assumir as medidas de austeridade. Terão que se adaptar à crise, nem que para tal seja necessário abrir a cantina da Assembleia da República, à noite, para que lá coma quem quiser. Não vejo nisso nenhum problema, pois é um espaço gerido por uma empresa privada, sendo um sítio digno e aprovado pela ASAE. Em vários parlamentos da Europa a cantina está aberta ao jantar, sem que os opinadores lá da terra se escandalizem. Já foram tomadas medidas como cortarem os cafés e os chás que sempre eram servidos durante as reuniões das comissões.
Mas tudo bem! Cabe aos políticos darem o exemplo. [Read more…]