Os homens providenciais sempre me assustaram. O mundo pula e avança graças a um conjunto de indivíduos e nunca por obra e graça de um só. Mesmo que esse homem especial tenha uma importância extra no desenrolar da história.
Messi pode ser determinante no Barcelona mas se não tiver outros dez jogadores a ajudar não ganha nenhum jogo. Há um anos, quando Cavaco Silva garantiu que ou era ele ou o caos, tremi. Foi por isso que nunca fui fã do reeleito presidente da República. Por isso e por causa do episódio do consumo de bolo-rei com a boca aberta. É um crime comer bolo-rei daquela forma.
Há dias, Gilberto Madaíl admitiu recandidatar-se à liderança da FPF, depois de ter dito, várias vezes, que não, que não faria mais nenhum mandato. Comecei a ficar assustado.
Depois, já hoje, Horácio Antunes anunciou que desistia. O pior estava para aconter e, pumba, aconteceu. Hoje, Madaíl confirmou: se os novos estatutos forem aprovados, ele recandidata-se.
É que não era preciso. A saúde já não ajuda, a idade começa a pesar e a FPF até funciona em piloto automático.
Este é mais um exemplo do nível de estupidificação a que chegaram os portugueses (a cena de perder tempo com lyoncificações).
Já sabíamos que ninguém está para mover o rabo do sofá para mudar o estado das coisas na política, justiça ou educação em Portugal; que continuamos anestesiados com os centros comerciais e com a bola ao fim-de-semana; mas, agora, este é mais um exemplo de que merecemos os Soares, os Loureiros e os Sócrates desta vida. É o que eu digo: dispenso um presidente, mais de metade dos deputados, de 70% das pastas do governo e, helas, ficamos nas mãos das grandes decisões – leia-se dinheiro – de Bruxelas. Portugal já não é (ou, se calhar, nunca foi) um país europeu. É simplesmente uma aldeia de pessoas (ou será lavradores) com mania de grandeza – tiques à benfiquista…lololol
Quando é que o gajo vai prá América orientar a Xulexão Mericana ? (e nos deixa em paz)