Presidenciais – epílogo

-Terminadas as presidenciais, é hora de fazer um balanço sobre vencedores e vencidos, sim, apesar da manifesta falta de interesse dos portugueses no plebiscito, a abstenção terá sido a grande vencedora no passado Domingo, apesar de tudo havia mais em jogo para lá de decidir o nome do inquilino do palácio cor de rosa situado próximo da Antiga Fábrica dos Pastéis de Belém, durante os próximos 5 anos. [Read more…]

O Regresso…

…nascido em Fevereiro de 2006, abandonada mas não esquecido em 2010, regressa em força em 2011:

Um blogue não oficial e militantemente oficioso!

Bibi diz que mentiu – "todos são inocentes"

Carlos Silvino, Bibi, diz que mentiu e que todos os acusados são inocentes.

Junta que esteve sempre drogado e submetido a medicação muito forte. Adianta ainda que muitos dos rapazes foram obrigados a assinar.

Manobra de diversão ou não, estas declarações vão minar o resto do processo. O advogado de Carlos Cruz veio já dizer que o seu cliente foi condenado com base nas declarações de Silvino.

Curioso, também, é o facto de Bibi ter prescindido de José Maria Martins, seu advogado no processo Casa Pia desde 2003, há apenas três dias.

Nunca especulei sobre este caso, não vou fazê-lo agora. Mas admita-se por um breve momento que, na turbulência que aí vem, a sentença acaba anulada. Conseguem imaginar as consequências?

Eu não.

Adenda: Segundo o Público, Bibi diz que foi obrigado a mentir e

“Tive que dizer tudo com pena dos rapazes, que tinham levado bastante porrada. Via-se nos corredores [da Polícia Judiciária]”, afirma Silvino, que garante também ter feito todos os depoimentos sob o efeito de medicação e insinua também que lhe era sempre dado um copo com água “que não sabia o que tinha”. “Sempre que fui à Polícia Judiciária tomava aquele copo de água e sempre que regressava à prisão não me sentia bem, transpirava”, explicou.

Acordo ortográfico: um desacordo

Segundo esta notícia, o Acordo Ortográfico irá ser aplicado nas escolas, a partir do próximo ano lectivo. O tema merece ser debatido, mesmo sabendo que se trata de uma discussão tantas vezes obscurecida pela contínua referência à circunstância de ser um facto consumado.

Deixo, para já, algumas notas breves, pondo absolutamente de lado qualquer obsessão nacionalista, que não é para aqui chamada.

Em primeiro lugar, é importante que nos informemos. Nada melhor do que começar por consultar, por exemplo, o texto do Acordo.

Para além disso, também não é má ideia ler as opiniões de especialistas que colocam reservas ao acordo, como são os casos de João Andrade Peres e de Francisco Miguel Valada.

Finalmente, um exemplo: será que se pode chamar acordo ortográfico a um acordo que se baseia, por exemplo, em desacordos fonéticos? Para que serve um acordo que poderá manter, por exemplo, “recepção” no Brasil e cria “receção” em Portugal, ou, pior, que admita a opção individual entre as duas alternativas, tendo em conta a pronúncia do falante? Para que serve um acordo ortográfico?

As escolas privadas de Coimbra também foram chorar a Lisboa

Como era de esperar a luta dos empresários privados, e confissões religiosas, continua. Vejam o caso de Coimbra. A verde os que, só da zona urbana, foram hoje manifestar-se. A amarelo a rede de ensino pública (2º e 3º ciclo e secundário), com quase todas as escolas subaproveitadas, algumas muito longe do número de alunos que já tiveram.

Escolas-de-Coimbra

Transcrevo também o comunicado do meu Sindicato, o SPRC, que desde sempre denunciou esta situação pregando aos peixes, enquanto o Ministério da Educação continuava a esbanjar o seu orçamento para satisfazer a ganância de alguns empresários e de uma confissão religiosa:

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Voto, anonimato e cidadania.

Rui Tavares saca dos seus dotes de contador de estórias para nos sensibilizar sobre a luta antifascista e o quanto sabe bem votar. O acto, em si, chega a soar uma liturgia, debaixo da caneta de RT. E ontem, durante o telejornal da SIC, Miguel Sousa Tavares afirmou veementemente que não tem respeito nenhum pelos abstencionistas crónicos. Ora, eu acho que estamos aqui a esquecer uma coisa muito importante: a democracia não se faz com a desresponsabilização pelo voto. Poder escolher os órgãos por votação é fundamental e tal acto caracteriza as sociedades livres. Mas poder escolher não votar, também. Poder escolher riscar o boletim, ou entregá-lo em branco, a mesma coisa. Porém, o mais importante do conceito de cidadania não é ir de vez em quando às urnas, rezar uma oração durante o acto e depois voltar para casa e esperar que os políticos de carreira como o Rui Tavares falem por nós, façam por nós, exijam por nós – até porque, como estamos fartos de saber, os partidos têm estado à frente dos cidadãos. Eu não votei nesta eleições. Não o fiz porque fui passear, ou porque uma obrigação social ou profissional mo não permitiu. Fi-lo conscientemente por uma questão ideológica e de protesto. Mas o resto do ano não fico calado, nem no sofá à espera que a democracia funcione, como uma máquina onde se coloca uma moeda (sendo a moeda o meu voto). Exerço o meu papel de cidadão. Exijo, reclamo, pergunto, intervenho. O mal da democracia não é quando os cidadãos no dia das eleições, não vão votar e preferem ir ao futebol, ou ao centro comercial. É quando durante toda a sua vida não se interessam pela política, não fazem política ou a abominam. Afinal de contas, em democracia, quanto a mim, o que conta não são actos praticados anonimamente, mas aqueles em que mostramos a cara e nos batemos por eles. Digo eu… mas comparado com os grande politógos e políticos da praça, pouco ou nada sei…

A direita socialista no governo

A Jangada de Pedra Os governos de José Sócrates têm feito coisas que a dita direita (como se a tivéssemos) nunca ousaria fazer. Ou logo seria exonerada do governo ou tantas seriam as bocas a gritarem fascistas que a demissão seria o caminho.

Vejamos apenas um pouco do que tem feito aquele que se diz o maior defensor do estado social:

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50 anos de tremoços

Mudança: candidatos a presidência por apenas um mandato

Vamos no quarto presidente da república desde o 25 de Abril e o padrão começa a ficar claro. Um primeiro mandato contido, com o último ano a servir de campanha eleitoral, e um segundo mandato mais interventivo, sem o peso de tentar a re-eleição.

Querendo-se um presidente da república descomprometido, torna-se obrigatório que apenas lhe seja permitido um mandato. De outra forma continuaremos a assistir a este padrão comportamental, com o mal que tal tem feito a nós cidadãos. Por exemplo, teria esta miserável lei eleitoral sido promulgada se Cavaco não estive com o olho na reeleição?

Defendo por isso que cada pessoa apenas se possa candidatar a um mandato consecutivo, ao contrário dos dois que agora pode tentar. Nem que o mandato tenha que ser aumentado para 6 anos. Falta de voluntários para o cargo não será problema, como ainda no passado domingo se viu. Ganha a transparência e ganhamos nós.

A taxazinha no recibo de vencimento

E o Pagode Paga e Não Bufa

SUBVENÇÃO DO ESTADOS PARA OS CANDIDATOS CHEGA AOS QUATRO MILHÕES

Agora que as eleições findaram, vamos a contas. Enquanto uns esfregam as mãos de contentes pois vão receber mais do que esperavam, Cavaco e Nobre, outros, Alegre e Lopes, irão receber pouco para o que estavam à espera, e ainda outros, Coelho e Moura, não receberão a ponta de um chavo.
No total, o Estado, nós, vamos pagar aos candidatos, ganhador e perdedores acima dos 5%, quatro milhões de euros, para os ajudar, coitadinhos, a pagar as despesas que tiveram com a campanha eleitoral.
A somar a estes números, temos que acrescentar o que se gastou em boletins de voto, em propaganda, em horas pagas aos senhores e senhoras que estiveram longas horas nas secções de voto e aos que depois os contaram, em tempo de antena, em horas de trabalho perdidas nos empregos, etc., etc., etc.. [Read more…]

Ainda as Presidenciais: Coelho, Nobre e o resto

Coelho e Nobre incandesceram a noite das presidenciais. Homens da comunicação social, politólogos, comentadores e gente anónima assim ajuizou. Concordo também, recusando,embora, deter-me na mera constatação dos factos. Há capítulos da história eleitoral para investigar e tentar interpretar as causas do sucesso de ambos. Sim, as causas existem e são diferentes para cada um deles.

Os votos em Coelho, perfazendo 4,50%, foram produzidos por razões demográficas e políticas distintas, se considerarmos a distribuição geográfica dos eleitores. O discurso cru e terra-a-terra, no Continente, rendeu-lhe os votos de descontentamento e do protesto em relação à classe política convencional; na Madeira, onde colheu 39% de votos, abaixo apenas 5% de Cavaco Silva, poderá significar que, naquele arquipélago, o estilo boçal e dominador do Alberto João, apenas, será susceptível de ser combatido com eficácia, se as armas utilizadas estiverem no mesmo comprimento de onda.

Passamos a Fernando Nobre. Tido por  homem bom, mas sofrendo de entropia comunicacional, chegou ao resultado de 14,1%,  o qual até parece ter surpreendido o próprio. Se Nobre comunicava de forma deficiente  e, em reportagens das TV’s, revelava fraca atracção popular, excepto no Bolhão, como se justifica, então, a percentagem de votos alcançada? Uma das explicações, a meu ver, foi ter contado com o suporte da máquina soarista; da qual o rosto mais emblemático foi a mandatária Margarida Pinto Correia – havia sido há anos mandatária para a juventude de Mário Soares.

Yo, Maria del Totoral-5


Maráa del Totoral huye de la casa de adobe

El mayor problema lo tiene con su madre, por lo cual refiere tanto lo que su padre hace: juega con las niñas, las toma en brazos, las besa, en cuanto su madre está siempre atareada con la quinta que cuidan dentro de casa. Es lo que se observa en la vida rural de Chile. La madre de Cecilia tenía que cuidar los animales, hacer la comida, tratar de la ropa, vivía prácticamente recluida en el hogar. Además, Maria Cecilia no la tocaba porque la madre parecía tener un secreto, y no sabía, en su imaginario infantil, si el secreto era porque casó embarazada de otro hombre, con el marido que haría las veces de papá, o porque ella misma era hija sin papá y no quería que el mundo lo supiera. [Read more…]

Régua-Lamego à Beira Alta de Comboio

Projectos da estação ferroviária de Lamego (final dos anos 1920, nunca construída); no entanto, todo o canal e a ponte do Varosa vieram a ser rasgados permacendo até aos dias de hoje. Ao lado existe a AE 24 (Viseu-Chaves), “grátis”.