Separar o trigo do joio é do interesse do País e das escolas
Os textos acerca do Colégio Rainha Santa, em Coimbra, do Colégio Paulo VI, em Gondomar, ou do Grande Colégio Universal, no Porto, não tiveram como objectivo criticar a existência de escolas privadas com contrato de associação (e, se assim o pretendessem os seus autores, estariam no seu pleno direito). Limitaram-se a analisar casos específicos, tendo demonstrado que, nas três situações, as referidas escolas estão na proximidade de escolas públicas, para além de, ao que tudo indica, seleccionarem os alunos, quebrando, de uma penada, duas regras impostas pelo contrato de associação, tal como, aliás, está anunciado no site “Escolas com contrato de associação”. Situações como estas já deveriam ter sido analisadas, há vários anos, e deveriam estar mais que resolvidas.
No entanto, com a sensibilidade de um mamute numa loja das mais finas porcelanas, a Direcção-Geral das Finanças para os Assuntos Educativos, vulgo Ministério da Educação, recebeu ordens para reduzir as despesas relativamente a todas as escolas com contrato de associação, indiscriminadamente. Esta tendência taurina do governo para baixar a cabeça e ir em frente tem como inevitável consequência fazer pagar o mesmo a justos e pecadores. Não deixa, também, de ser verdade que as escolas com contrato de associação parecem estar a agir em bloco, certamente acreditando que a união faz a força, mas correndo o risco de se misturarem justos e pecadores.
É urgente separar o trigo do joio e descobrir quais são as escolas que merecem manter o contrato de associação e as que não merecem. Se isso não for feito, as que não merecem continuarão a receber dinheiro a que não têm direito, mesmo que com cortes, e as cumpridoras verão diminuído o orçamento. José Canavarro tem aqui uma proposta que me parece sensata. [Read more…]
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