A campanha das presidenciais tende a subjugar os portugueses à fatalidade de uma escolha simplificada: ou Cavaco ou o caos. É uma espécie de versão do provérbio “Outono, ou a seca das fontes, ou saltas as pontes”. Portanto, ou viveremos, como já acontece, sob a inclemência de uma seca também alimentada por Cavaco, ou sob o dilúvio de águas da agiotagem de juros de dívidas mais elevados, ‘Aníbal dixit’. Vários anos outonais nos aguardam.
O desfecho eleitoral seja ele qual for, com ou sem Cavaco, não evitará a continuidade da pior das crises económicas e financeiras da História de Portugal, e em particular no período pós 25 de Abril; induzida também, diga-se, pela crítica situação internacional. E, se historiadores e analistas objectivos e independentes investigarem com rigor todo o processo democrático do período pós-revolucionário, convergirão, entre outras, nas seguintes conclusões: Cavaco, enquanto PM, impôs ao País um modelo de destruição das capacidades produtivas na agricultura, nas pescas e na indústria; Guterres, mais dócil e popular, prosseguiu com o despesismo das grandes obras públicas. Durão Barroso, ajudado por Portas, comprou os submarinos e, à semelhança do antecessor, evadiu-se para cargo bem remunerado no estrangeiro; depois, a roleta do bloco central ofereceu-nos Sócrates, cuja prestação, tão negativa e contestada, dispensa comentários. [Read more…]
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