Mário Nogueira é presidente do meu sindicato e da Fenprof. Nunca com o meu voto, pela simples razão de ter por princípio não votar em listas únicas, seja onde for, assim não fosse e nos 20 e tal anos de sindicalizado logo se teria visto. Temos as nossas divergências, tem os seus defeitos mas também qualidades muitas vezes obscurecidas pela espuma da propaganda dos governos e dos preconceitos sobre os militantes do PCP.
Nunca imaginei que esta fotografia oficial fosse sonhada pelo pior dos seus adversários, sobretudo porque tirada em plena campanha eleitoral.
Constato que uma das qualidades que lhe reconhecia, intuição, faro, traquejo, chamem-lhe o que quiserem, político, desapareceu. Não tenho dúvidas de que vai pagar por isto mais dentro do seu partido que fora dele.
Prefiro ler este acontecimento como mais uma demonstração da velha máxima: a profissionalização dos sindicalistas mata o sindicalismo, e pelos vistos os próprios sindicalistas.
Quanto ao Sindicato dos Professores da Madeira ou explica muito bem explicadinho onde arranjou tanto euro para a sua fantástica sede, ou deve ser imediatamente corrido da Fenprof. Assim seria, não fosse ser-se sindicalista uma profissão em Portugal.
Há horas que se espera uma explicação do SPM: o silêncio é o pior ruído.
TRAIDOR É ESSE sr E MAIS DOIS QUE MAIS PAREÇEM O SALAZAR UJT CJTP
Quando ouvi a notícia até me arrepiei. Depois ouvi a explicação “Eu não sou daqui, não voto” e achei que Professor, a sério, é o Alberto João. O outro era o “bom” aluno com a liçãozinha decorada 10 minutos antes do exame.
A Fenprof fez correr os professores por causa duma certa avaliação que depois negociou com o governo Sócrates 2 e ficou calada.
Depois, na altura em que convinha a todos os partidos correr com o Sócrates convencidos todos eles que iam esquartejar o cadáver do PS em proveito próprio, convenceu os professores que o Passos é que ia resolver o tal problema da avaliação.
Foram os professores todinhos votar no Passos ou nos outros, o que deu no mesmo e que faz a FENPROF?
Consegue obter do governo o retorno à avaliação de antes do governo Sócrates 2 mas calando o bico.
Enquanto Sócrates restaurava escolas e construía outras, andaram com a avaliação. Quando o Crato chegou, a FENPROF fez crer que era um homem novo, com novas ideias e que se lhe devia dar o “benefício da dúvida”.
Agora que só resta o “benefício da DÍVIDA” deixam os pobres professores desempregados bater sozinhos à porta do ministério e até barricarem-se lá dentro sem que haja sequer uma manifestação espontânea de colegas, muito menos da FENPROF.
Não o problema não é a funcionalização dos sindicalistas. O problema é a partidarização dos mesmos.
O PCP apostou sempre em fazer ganhar a direita pois, como partido leninista que é, funciona em função do “inimigo principal”. E o “inimigo principal” do PCP nunca foi a direita mas o PS.
O PCP é o último partido estalinista da Europa e que perpetua práticas velhas de quase um século. Já nos anos 30 os comunistas alemães consideravam os sociais-democratas como inimigo principal descurando Hitler. Como então ficar admirado com o pacto germano-soviético?
Também era por espírito funcionário de Stalin?
A FENPROF marcha por Passos Coelho e por Jardim sob ordem do comité central do PCP que aplica aqui a tática do “quanto pior melhor” porque “assim o povo e-nos reconhecido e se se revoltar contará connosco”.
Sempre assim foi desde o 25 de Abril, porque é que havia de mudar agora?
Tito Lívio Santos Mota
Coitado do Bigodes agora anafa a pagar os favores de quando andava a tentar destruir as 2 ministras como fez com os antecessores. OS CAVALOS TAMBÉM SE ABATEM