Sim, a pornografia é uma indecência.
E eu sou contra o Plano Nacional de Barragens. Já me roubaram que chateia.
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
Sim, a pornografia é uma indecência.
E eu sou contra o Plano Nacional de Barragens. Já me roubaram que chateia.
…é o gajo que destila tanto ódio ao Aventar e a alguns dos seus autores que nem tomates teve para dizer quem é o autor do vídeo em causa e de onde o linkou.
Esse, sim, é um verdadeiro trampolineiro e a sua atitude diz bem da sua natureza… O que vale é que teve de engolir um sapo que lhe ia cortando a jugular.
Sim, a pornografia é uma indecência.
…que todos entendem:
Os cortes nos subsídios foram a forma encontrada para evitar o despedimento de mais de 100 mil funcionários públicos. Mais claro e frontal que isto, não era possível. Quem o confessou foi o Ministro das Finanças.
Semelhante decisão, despedimentos, seria uma catástrofe social.
Hoje de tarde, entre as 14.30 e as 17.30, não houve, em Lisboa, ligações fluviais no Tejo.
Porquê?
Porque os Trabalhadores estavam reunidos em plenário para decidirem o que vão fazer.
Segundo a TVI, as pessoas desesperaram pelo transporte que não havia.
Ao ver a reportagem, tentei, mas a sério que tentei mesmo, descobrir entre as caras indignadas que protestavam, o rosto de Ricardo Salgado ou de Américo Amorim. Não consegui. Eram só pessoas simples com aspecto de quem precisava do barco para ir para o trabalho ou para voltar para casa.
Por isso, e porque se começa a perceber que para além das reclamações legítimas de quem sofre e vai sofrer na pele a austeridade, subsiste um paradigma sindical, perverso, hipócrita e egoísta, que se marimba nos próprios Trabalhadores e no País, gostava que os “gajos” da Soflusa e da Transtejo que pararam os barcos para se reunirem, fossem à MERDA!
Um dos enigmas deste tempo de apertos, consiste no insólito facto de quase todos aqueles que se declaram de “federalistas”, serem invariavelmente, ferrenhos inimigos da Chanceler Merkel. Uma estupidez.
As declarações que esta proferiu há algumas horas, atacam os suspeitos fervores soberanos dos “indignados” do momento, sejam eles os do “contra-tudo” ou aqueles outros que almejam substituir a CDU num poder europeu cada vez mais concentrado no Reichstag de Berlim. Um contrasenso apenas ditado pelo costumeiro oportunismo de umas elites sem eira nem beira, esta é a verdade. Angela Merkel disse que os Estados que têm atentado contra a letra dos Tratados assinados, devem ser punidos e entre os castigos, lá está bem nítida, a questão da soberania. No fim de contas, esta nova febre soberana dos “indignados”, vai totalmente contra os entusiasmos “internacionalistas” de outras eras, eivados de “solidariedades e amores fraternais entre povos” tradicionalmente inimigos de morte. Enfim, a necessidade impôs novas regras e na esfera da “União Europeia”, o Euro – ao qual o regime se agarrou como um bezerro á teta da vaca – foi um dos argumentos mais poderosos para a homogeneização do pseudo continente. Merkel é acompanhada por quase todos os países do norte, centro e leste europeu e este é um incontornável facto que a muitos custará aceitar. Houve quem não cumprisse o acordado e entre os participantes, o regime português é um notório perdulário – para não dizermos vigarista – que há muito teria sofrido exemplar punição, caso a economia que ele próprio há décadas destruiu, não fosse um mero resquício de outros tempos. Quem é federalista, não pode ser anti-Merkel. [Read more…]
A tributação sobre os veículos ligeiros de alta cilindrada, as embarcações de recreio e as aeronaves de uso particular é agravada em 7,5%.
O limite de existência em sede de IRS é alargado, pela primeira vez, aos rendimentos de pensões, protegendo-se, desta forma, os pensionistas com menores recursos
Em resultado da renegociação do Programa de Assistência Económica e Financeira, o subsídio de desemprego, o subsídio de doença, os abonos de famílias e outras prestações sociais não serão sujeitas a tributação em sede de IRS.
Finalmente, um montante até 200 milhões de euros da receita adicional de IVA será alocado ao financiamento do Programa de Emergência Social, aumentando os recursos destinados ao auxílio das famílias portuguesas em situação de exclusão ou carência social.
Combate à fraude e evasão fiscais – os crimes fiscais mais graves terão as suas penas significativamente aumentadas. A pena máxima de prisão aplicável ao crime de fraude fiscal qualificada, nomeadamente pela ocultação de rendimentos através da utilização de paraísos fiscais, é agravada para 8 anos.
O prazo de prescrição das dívidas tributárias é alargado de 8 para 15 anos, sempre que estejam em causa factos tributários relacionados com a utilização de paraísos fiscais, e as transferências de rendimentos de capitais para entidades localizadas nestes territórios passam a ser sujeitas a uma tributação agravada de 30%.
Aumento em 50% do imposto sobre o tabaco – já me estou a preparar para comprar tabaco em barda antes do final do ano!
Durante os últimos 30 anos temos assistido, complacentes, ao crescimento descontrolado do consumo. Desde casas, a carros, a aparelhos electrónicos. A noção de desenvolvimento interior tem vindo a ser substituída por uma estranha noção de relacionamento social baseada em demonstrações de conhecimento rápido e luxo fácil. Tudo aceitámos enquanto nos tocasse parte deste excesso desenfreado. Enquanto houve dinheiro (dos pais), emprego, gadgets, nada dissemos, nem fizemos. Em Portugal o país foi investindo dinheiro de todos em estradas e estradinhas, fontanários e chafaricas de rotunda. A corrupção (a cunha) tem estado por todo o lado e só é nociva quando não nos toca uma parte desse bolo que os medíocres têm comido, transformando o país numa papa regurgitada, entre pais, filhos, tios enteados e primos.
A única manifestação em que estive, recentemente, foi na linha do Tua. Apareceram poucos porque o Tua, além de não dar palha nem grão, é longe do Porto e de Lisboa e lá não há rede de telemóvel. Por tudo isto, aos indignados ou à geração (à) rasca que contribuiu para criar o país que temos hoje não tenho muito a dizer. Quem faz a cama, deita-se nela. Mas há palavras que desarmam qualquer um. E ainda bem que não sou eu quem as escreve. Provavelmente não me levariam a sério:
Em vez de sair à rua para o inútil folclore do protesto, ou ficar em casa a remoer a sua impotência, melhor seria que cada um deitasse contas àquilo que como cidadão aceita ou definitivamente recusa. § Essa, sim, essa é a escolha difícil, fundamental. Improvável, também, no Portugal que os portugueses ao longo das últimas décadas transformaram num teatro de irrealidade e fantochada. Escolha que se faz no íntimo, não na praça pública.
De uma vez por todas, aprendam: a democracia em rede é para democratas, o que não é o caso de uma EDP, incapaz de discutir por exemplo o Plano Nacional de Barragens (PNB) que impôs ao anterior governo, a este e a quem venha a seguir (em Portugal quem manda são os bancos e as grandes empresas que vivem à pala do estado que eles governam, naquele incesto do sai de ministro vai para administrador).
Quem não quer discutir não tem vícios, meteram-se na dróga e virou-se o feitiço quanto ao feiticeiro: um improvisado grupo de críticos do PNB e defensores dos comboios, com o apoio deste bloguezeco, está a dar-vos um grande baile. A crítica já passou para as facturas. Pode ser que aprendam, ou contratem alguém que saiba ler e escrever com um teclado. Isto é muito moderno mas não é para meninos e nunca deve ser tentado em casa.
De Marco Marilungo Pictor, italiano, e muito a propósito (cuidado ao abrir a página, é explosiva).
Nestas coisas da Energia, já se sabe, quem manda em Portugal é o Mexia da EDP. O seu humilde capataz, o Passos – burro mas suficiente para o que é necessário fazer – lá vai executando, de gatas, as medidas do chefe. Quanto ao Viegas, entretido que anda a cobrar as entradas dos museus aos Domingos, ainda nem deve ter percebido muito bem que uma via férrea centenária quase única e uma paisagem Património da Humanidade também fazem parte do seu pelouro. Seja ele qual for.
Neste caso, nem sequer temos desculpa. O facto de sermos governados por um ignorante e iletrado, de quem nada se espera em termos de defesa do património natural e edificado do nosso país, não dá a ninguém o direito de cruzar os braços perante o atentado criminoso que se prepara para o Vale do Tua e a sua inacreditável linha ferroviária.
Para quem não sabe, a Linha do Tua foi equiparada, pelos mais reputados engenheiros, em termos de dificuldade, às Linhas ferroviárias dos Alpes Franceses ou Suíços. Pela sua beleza e rigor técnico, merecia ser classificada como Património Nacional ou, mesmo, Património Mundial da Humanidade.
Ao invés, querem destruí-la. Para dar lugar a uma Barragem, que representará menos de 4% da produção de energia existente de norte a sul. Uma Barragem! Um monte de betão, tão do agrado dos novos engenheiros de Portugal. Os pequenos economistas que hoje mandam no país [Read more…]
A Joana Couve Vieira conta a história toda aqui. A jornalista do Público, Susana Almeida Ribeiro, veio aqui e conta a história no seu jornal citando exactamente esta frase publicada aqui, referindo que a recebeu por e-mail.
“Nunca pensei que esta simples publicação no Facebook tivesse esta repercussão, mas fico contente que tenha acordado outros para o problema. Não me incomoda muito ter sido banida, incomoda-me sim o que a EDP anda a fazer a este país, às pessoas e à Natureza, marketizando mentiras, sem que nada seja feito para o impedir”.
Entretanto o Mural da EDP no Facebook foi inundado de protestos “eu não pedi um plano nacional de barragens” como se vê aqui. No entanto, faltou aqui um link (ou referência) para o Aventar. Não que nos preocupe. Nós andamos sempre por aqui.
ADENDA: Já depois de publicado este post, o artigo do Público foi transferido para aqui. Sem o tal link, é claro.
GREVE GERAL
Deus nos valha!
Segundo alguns “heróis”, é mesmo disto que Portugal precisa.
Haja pachorra!
Agua engarrafada, beba da torneira
refrigerantes, beba água
congelados e refeições prontas, coma produtos frescos e faça as suas refeições
espectáculos, vá menos vezes
restaurantes, vá menos vezes ou escolha os “low cost”
frutas e conservas, coma fresca
óleos e margarinas, use azeite e manteiga
etc.
aprenda a poupar e a fazer você mesmo, vai ver que resulta
As gravuras não aprenderam a nadar. A EDP, que agora mete comboios a flutuar nas suas barragens, também não.
Na edição em papel do Público de hoje, e comemorando o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, é publicado um texto de que transcrevo, aqui, o início:
O Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, hoje, 17 de Outubro, é o momento ideal para pensar além da crise financeira e das operações de viabilização, e para reflectir sobre a rápida deterioração da situação de quem enfrenta a pobreza e a exclusão social. A recessão atirou mais adultos e os respectivos filhos para a pobreza extrema e os serviços de apoio local estão a atingir as capacidades máximas devido aos dramáticos cortes orçamentais. Só em Portugal, quase 18% (acima da média da UE, situada em 16,3%) da população encontra-se em risco de pobreza e vive com menos de 60% do salário médio nacional, o que representa quase 1,9 milhões de pessoas.
É difícil discordar. O resto do texto, que tem como co-autores László Andor, Comissário Europeu do Emprego, e Pedro Mota Soares, Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, constitui um elogio às medidas tomadas pela Comissão Europeia e pelo Governo Português no âmbito do combate à pobreza. Ficaremos a aguardar a invenção da fábula da raposa que se compromete a zelar pelo galinheiro.
A vida está cheia de ironias. A designação dada ao Ministério de Mota Soares é, só por si, uma dupla ironia, tal é a ausência de solidariedade e tão insegura é a sociedade criada por este governo. Para que a ironia fique completa, hoje é, também, o dia em que será entregue, na Assembleia da República, o Orçamento que garante o empobrecimento geral do país.
Assim foi em 1789. As cabeças rolaram por causa da guilhotina. Foi a sangue e fogo, com crueldade e manifestos. E a França levantou-se, ajudou outros Estados a andar sem a opressão dos ricos, a ter o seu livre pensamento. O primeiro foi Mozart ao escrever e exibir em Viena, Maio, 1º, 1786, a sua revolucionária ópera Le Nozze di Fígaro. A acção desenrola-se no Castelo do
O mundo anda indignado e faz bem. Ainda que não se saiba como vai ser, começa a perceber-se como não pode ser. Andaram anos a fazer-nos crer que o que é de todos não é de ninguém e foi assim que o comum passou a ser só de alguns, poucos, em todas as áreas e lugares. A começar nas nossas cidades, por exemplo, porque os privados, dizem eles, gerem melhor. Com cancelas, seguranças, aproveitamentos indevidos e aprovações tácitas. E com lacaios, claro, colocados nos lugares chave.
Gerem melhor o seu lucro graças ao nosso prejuízo, e riem-se, por enquanto.
Nestes últimos dias a comunicação social desdobrou-se em notícias sobre a prisão de Jorge dos Santos /George Wright diabolizando-o perante a opinião pública, sem informar sobre o contexto da realidade social e racial dos anos 60-70 nos EUA. Uma sociedade onde o racismo dominava e a comunidade negra vivia na pobreza, o que impulsionou activos movimentos de resistência e de lutas dessa comunidade pelos seus direitos. Edgar Hoover, o então chefe do FBI, estabeleceu como objectivo principal desta policia o desmembramento das mais activas organizações do movimento negro, entre as quais os Black Panthers uma organização que lutava pelos direitos da comunidade negra e instituiu um programa social de apoio à comunidade. Ao mesmo tempo outras organizações racistas eram toleradas pela polícia e desenvolviam frequentes provocações, espancamentos e linchamentos, nomeadamente os KKK (Ku Klux Klan). [Read more…]
O “código de conduta” do page facebook da EDP estabelece normas de utilização “democráticas”. Críticas ou comentário ao status quo é que não pode ser…
A EDP: Há já bastante tempo, mais do que andarem a hipotecar a vida dos portugueses, o que me incomoda mais é andarem a destruir o património natural e construído deste país. E a EDP é a maior materialização dessas destruição. Infelizmente, casos como Vilarinho das Furnas não são histórias do passado e repetem-se até aos dias de hoje. Num momento que vemos os EUA a desmantelar centenas de barragens, porque se chegou à conclusão que os prejuízos são muito maiores do que os benefícios, e tendo como exemplo as mentiras que nos passaram de que os barragens iriam trazer desenvolvimento às regiões em causa, a revolta aumenta.
Nunca pensei que esta simples situação de facebook iria ter esta repercussão, mas fico contente que tenha acordado outros para o problema. Não me incomoda muito ter sido banida, incomoda-me sim o que a EDP anda a fazer a este país, às pessoas e à Natureza, marketizando mentiras, e sem que nada seja feito para o impedir.
Joana Couve Vieira
ps: a reacção, por ora, da EDP no facebook. “A página da EDP no Facebook procura estabelecer um contacto mais próximo com o público, convidando a que nos sejam colocadas dúvidas, questões ou sugestões. Pretendemos potenciar a discussão construtiva e a partilha de informação”.
Aproveitei a pausa de almoço para ir às clementinas numa das poucas mercearias que por aqui resistem. Ao meu lado, entre os caixotes da fruta, uma mulher ia consultando a estátua maciça que a esperava à porta. ––Queres bananas, Zé? A estátua não se moveu. Silêncio absoluto. Ela escolheu um cacho e pô-lo no […]
Autoria da foto (e os meus agradecimentos): http://permanentereencontro.blogspot.com/2012/12/amores-de-perdicao.html
A propósito desta notícia de hoje.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
O PSD e o CDS a aliarem-se ao PAN, a direita a defender um ministro do PS, o PS a cumprir o programa político da direita, os benfiquistas a elogiarem decisões do Soares Dias…
Estará perto o apocalipse?
Um poema de Ricardo Araújo Pereira, sobre bafientos beatos.
«André Coelho Lima elogia acordo com PAN e defende que PSD é um “partido progressista”».
Ontem, Mário Cláudio falava acerca da “objectificação da mulher“. Hoje, o Presidente da República diz: «Mas a filha ainda apanha uma gripe! Já a viu bem com o decote?».
Pois eram. Ilda Figueiredo, “uma das 37 signatárias da petição que pede a remoção da obra, voltou atrás“.
saberia que aquela mulher não é Ana Plácido: “aquela mulher é simbólica – representa a mulher na obra do Camilo, no Amor de Perdição. Não é, nunca quis ser, um retrato de Ana Plácido“.
Direitos das crianças? É relativo. Para haver direitos tem de haver deveres, e as crianças não têm deveres. Enquanto Deus entender que a pedofilia na Igreja tem um benefício para a sociedade, irá continuar a existir.
A notícia é a reacção de Pinto da Costa ao acontecimento que o Porto Canal não noticiou. Uma tristeza. Siga.
(porque é um canal de fretes, apesar de o FC Porto não ser o clube da cidade do Porto), não transmite esta notícia. Porquê?
sem espinhas, no Expresso.
Já que na terra dele o ignoram (lembrei-me logo da “pátria que vos foi ingrata“, de Vieira), aproveite-o Lisboa, depois da nega do 17.º Patriarca.
“Feijóo quer reunir-se com Sánchez para que viabilize o seu Governo em Espanha“. Assim, não: “Durão Barroso vai casar em jJulho“.
uma política externa digna de um regime totalitário não é suficiente. Netanyahu e os seus extermistas querem acabar com a separação dos poderes. E estão a consegui-lo.
CH obrigado a reintegrar José Dias, militante e fundador do partido, expulso por invocar o santo nome do Bolsonaro da Wish em vão.
Comentários Recentes