“Barragem em betão, do tipo abóbada de dupla curvatura, com 108 m de altura máxima”
fonte EDP
O que tem a UNESCO a dizer a isto? O que tem a Secretaria da Cultura de Portugal a dizer a isto? O que tem o Ministério da Justiça a dizer a isto?
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
“Barragem em betão, do tipo abóbada de dupla curvatura, com 108 m de altura máxima”
fonte EDP
O que tem a UNESCO a dizer a isto? O que tem a Secretaria da Cultura de Portugal a dizer a isto? O que tem o Ministério da Justiça a dizer a isto?
Entretanto, a EDP continua a apagar do seu mural as dúvidas e as perguntas incómodas de cidadãos indignados.
Entretanto, a EDP continua a apagar do seu mural as dúvidas e as perguntas incómodas de cidadãos indignados.
Na última e quase escabrosa viagem aos Açores, observámos o sempre reservado Prof. Cavaco Silva cair às “mãos de César na vilória às moscas”, mas nem por isso deixando de posar diante diante do Falcon que lhe serviu de taxi. Vendo as coisas como elas são, a ora dos “sacrifícios e coragem para todos”, pouco ou nada tem a ver com Belém. Como se não existisse uma SATA ou uma TAP que transporte as excelências para aquela (ainda) parcela do território nacional, optam sempre por um brinquedo que custa milhares contos à hora? E para os “saltos” inter-ilhas, claro que não se dispõem a fazê-lo a bordo de um reles helicóptero da Força Aérea. Típico de gente chique e mal habituada.
Há uns bons anos, a Rainha Isabel II mandou definitivamente atracar o iate Britannia, numa necessária contenção de gastos e adequação aos “novos tempos difíceis para todos”. Nem sequer também valerá a pena perdermos muito com a “forreta” Rainha Sofia, obcecada viajante em low-cost. Por cá, nada se aprendeu ou esqueceu, pois ainda há uns meses e apesar da outra desastrosa visita a Praga – Falcon, limusinas e depois, um C-130 para a “pessoal menor” -, continua-se na mesma.
Quem quer repúblicas que as pague, até dá vontade de dizer, não? Mas atenção, há cada vez menos gente que está “para esse número”.
Hoje, à saída do 4.º Congresso Nacional de Economistas, essa feira de hipocrisia, vaidades e vacuidades do “economês” em que deixei de comparecer, segundo o “i”, Cavaco, a propósito do corte dos subsídios de Natal e de férias, terá afirmado:
…esta medida é uma violação de um princípio básico de equidade fiscal
Sublinha o ‘Público’, e bem, que o Presidente da República declarara idêntico juízo a propósito do corte de vencimentos na função pública de 3,5 a 10% em 2011, aplicado pelo anterior governo – o actual, aliás, mantém a medida no OGE 2012, com a agravante de ser cumulativa com o citado corte de subsídios.
Em primeiro lugar, apraz-me registar que Cavaco Silva, na linha do que escrevi neste ‘post’, considera a natureza fiscal do ‘corte de subsídios’. Assim é de facto. Ao invés da propaganda do governo, proclamada pelo trapaceiro Passos Coelho e o pastoso e hermético Vítor Gaspar, o ‘falso corte de despesa’, nos subsídios de funcionários públicos e pensionistas, mais não é do que a aplicação de um imposto, como todos os outros, decididos de forma unilateral e brutal sobre cerca de 3 milhões de portugueses.
A minha concordância com Cavaco Silva é acidental e restrita. Também estou de acordo, quando o PR diz:
“Os ajustamentos baseados numa trajectória recessiva são insustentáveis”
Trata-se de verdade insofismável. Porém, passando dos efeitos de políticas aos autores, é para mim redutor que Sócrates, que combati e abominei, seja o único responsável pelo endividamento externo do País. O nefasto ex-PM é responsável pelo aumento de 60 para 120% do PIB, mas restringir a análise a 50% da dívida corresponde, efectivamente, a um raciocínio de enviesamento e parcialidade que me recuso a subscrever.
Este não propriamente um post sobre segurança e criminalidade, é, isso sim, sobre o valor da vida.
Os crimes contra a integridade física têm aumentado de forma, para mim, inimaginável. É frequente ler/ouvir episódios de pessoas barbaramente agredidas apesar de entregarem os pertences aos assaltantes e de não oferecerem resistência. Começam também a circular histórias de pessoas violentadas por, simplesmente, não terem o que roubar.
Nos últimos dias duas pessoas foram mortas por tentarem ajudar vítimas de assaltos. O último caso envolvia aparentemente o roubo de… um boné e resultou, ao que parece, de uma uma vingança perpetrada mais tarde e a frio.
Quando estes casos começam a banalizar-se, traçam um retrato muito negro da sociedade onde acontecem. Não se trata, aqui, de fome, crise ou desespero. Trata-se de a vida do próximo valer praticamente nada, trata-se de se considerar o outro um mero impecilho próximo de ser, apenas, uma personagem virtual que se pode apagar para que o jogo prossiga e o próximo nível (a aquisição de um boné, por exemplo) seja atingido.
Uma sociedade assim falhou. E, se falhou, falhámos todos. O pior de tudo, neste jogo, é que não se pode desistir, voltar atrás e começar de novo. Somos todos joguetes e jogadores de uma coisa onde a vida e a morte se equivalem. Pouco mais.
Enquanto a esquerda fazia a jeremíada do costume, a direita estava a odiar a clara omissão. A verdade é essa e para isso, bastará darmos uma vista de olhos na blogosfera pró-governo. Andava furiosa com o “esquecimento”.
Finalmente, o Ministro das Finanças decidiu-se a fazer alguma coisa quanto ao cardápio servido aos portugueses, vindo dizer agora, aquilo que logo deveria ter incluído no primeiro “pacote de emagrecimento”. Antes assim, mas ainda há muito para cortar, principalmente no que respeita a certos gastos que já não estão assim tão bem escondidos: PPP, “gabinetes de gestão” de empresas públicas, transumância do governo para certas empresas privadas – onde está o plano de legislação quanto a isso? – institutos, “mise au pas” de Belém com a Zarzuela – só em Belém estão 9 milhões €/ano a mais, fora os ex! – fundações privadas com dinheiro público, “consultadorias” – é assim mesmo que eles dizem consultorias -, cartõezinhos de “crédito” para gestores e outros que tais, motoristas e viaturas, telemóveis à conta, “ajudazinhas de custo”, viagens e “estadas” – antes dizíamos estadias, soava melhor -, despezinhas de representação, observatórios disto e daquilo, pensões acumuladas como neve de avalanches, etc. Ficamos à espera, muito há a fazer.
Circula por mail, já foi várias vezes republicado, é da autoria de Henrique Raposo, traduzindo do pasquim El Mundo, e não passa de um peça de propaganda dos rapazes que se preparam para a destruir o estado e a economia deste cantinho da Europa.
Começa assim:
Em 1930, um lago na Grécia secou, mas, o Estado Social grego acha que tem de existir um Instituto para a Protecção do Lago Kopais – o nome do tal lago que secou em 1930, mas que em 2011 ainda tem dezenas de funcionários dedicados à sua conservação. Calculo que estes Bem, funcionários devem estar a rua a gritar “abaixo o fascismo”.
Em primeiro lugar o Lago Copaís não secou, foi drenado primeiro por franceses e depois por ingleses, que só devolveram esta fértil região à Grécia em 1952. Em segundo lugar é uma zona arqueológica. E deve precisar de ser protegida, a zona, precisamente pelo seu valor arqueológico e económico. Se o Instituto é superfúlo? não sei, mas anedótico como é apresentado não parece.
A cantilena continua, e de resto a seu tempo andaram pela Grécia empregados de televisões a desenterrar as mesmas tretas: pensões vitalícias para filhas solteiras (será preciso muito para perceber de onde vem a ideia? é muito difícil o contexto histórico da protecção a mulheres órfãs?). Mas a melhor ainda é esta:
Querem mais? Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos. Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.
Também achei estranho, e fui ver:
Não digo como, mas encontrei isto:
O Ministério das Finanças encomendou um estudo que esconde desde Maio porque desfaz a ideia que os funcionários públicos são bem pagos.
O estudo tem a data de Maio de 2006 e foi feito pela Capgemini, uma das cinco maiores empresas mundiais de consultoria, mas como vai contra a ideia dos funcionários públicos serem bem pagos em relação aos que trabalham no privado foi escondido pelo Governo.20 EXEMPLOS DO ESTUDO
– Director-geral: -77%
– Gestor de RH: -8% [Read more…]
“Caro Cliente:
Queremos agradecer-lhe a sua confiança por tratar dos seus assuntos através do nosso Escritório On-line. Os dados foram recebidos correctamente e estão a ser processados. Se por qualquer motivo os nossos agentes precisarem de o contactar, fá-lo-ão através desta direcção de correio electrónico ou do número de telefone que nos forneceu.”
O Douro pode estar em risco de perder a designação Património da Humanidade…
…com o Alto Patrocínio da EDP e do seu mural censório…
Os nossos bancos desde o inicio que recusam aceder ao dinheiro da ajuda externa. O motivo é simples, os senhores da banca não admitem que o estado interfira nos seus negócios e isto até é compreensível, o mestre não pede conselhos ao aprendiz. Neste momento os bancos estão a fazer render o peixe de modo a obterem o dinheiro da forma mais vantajosa possível, mantendo os políticos à distância.
Entretanto temos a economia parada à mingua de crédito:
por Francisco Miguel Valada*
Texto escrito imediatamente após a entrevista do senhor ministro das Finanças à RTP.
Texto sem alusão a doutrinas, sem floreados, sem menção aos pareceres ignorados pelo poder político que os requereu, sem referência ao que neste momento se pode fazer para impedir a vigência do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 e sem recurso a referências científicas, para não assustar as pessoas.
O autor destas linhas não é adepto do texto panfletário, assume alguma inaptidão para este estilo, pede de antemão desculpa a quem se sentir incomodado e promete que evitará a todo o custo regressar a este formato, desaparecendo imediatamente no estudo e na reflexão, mal acabe de afixar este projecto de panfleto na sua página do feicebuque. Dito tudo isto, sem mais delongas, vamos ao que interessa.
Não farei qualquer juízo de valor relativamente ao Relatório do Orçamento do Estado para 2012 (OE2012), pois não sou nem político activo, nem comentador político. A propósito, o OE2012 poderá eventualmente ser lido aqui: http://bit.ly/qHuWuo. Muito menos aludirei publicamente a aspectos técnicos do OE2012, pois não sou sequer pretendente a perito em matéria económico-financeira.
Concentrar-me-ei no carácter de perenidade deste documento, obtido através da sua dimensão escrita. Ao contrário daquilo que sucede quando falamos, aquilo que escrevemos fica. Aquilo que se diz levará o vento, mas aquilo que se escreve permanece.
Ao realizarmos o acto de escrever, assumimos uma opção muito clara: ou adoptamos a ortografia determinada pelo Estado, ou escolhemos uma grafia pessoal (intransmissível ou nem por isso), ou elegemos uma grafia correspondente a um grupo etário, a um estrato social, et caetera e por aí fora.
Contudo, quando o Estado escreve, deve adoptar uma ortografia.
Em Portugal, quem manda na ortografia é o Estado.
A minha leitura do OE2012 leva-me a apelar ao seu definitivo e claro CHUMBO por parte dos deputados à Assembleia da República. A aprovação deste OE2012 será efectivamente um ponto de viragem: constituirá a descredibilização completa e categórica quer da Língua Portuguesa, quer, em última análise, da própria capacidade de expressão escrita do Estado português. [Read more…]
Foi enquanto lia uma compilação da correspondência entre dois autores que comecei a pensar: “Ah, bons tempos!”, o que nunca augura nada de bom, é certo. Mas reparem: a carta chegava, quase sempre a horas previsíveis, e podia ser aberta de imediato ou guardada para momento mais oportuno. Guardá-la podia ser, aliás, mais saboroso do […]
Autoria da foto (e os meus agradecimentos): http://permanentereencontro.blogspot.com/2012/12/amores-de-perdicao.html
A propósito desta notícia de hoje.
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Ontem, Mário Cláudio falava acerca da “objectificação da mulher“. Hoje, o Presidente da República diz: «Mas a filha ainda apanha uma gripe! Já a viu bem com o decote?».
Pois eram. Ilda Figueiredo, “uma das 37 signatárias da petição que pede a remoção da obra, voltou atrás“.
saberia que aquela mulher não é Ana Plácido: “aquela mulher é simbólica – representa a mulher na obra do Camilo, no Amor de Perdição. Não é, nunca quis ser, um retrato de Ana Plácido“.
Direitos das crianças? É relativo. Para haver direitos tem de haver deveres, e as crianças não têm deveres. Enquanto Deus entender que a pedofilia na Igreja tem um benefício para a sociedade, irá continuar a existir.
A notícia é a reacção de Pinto da Costa ao acontecimento que o Porto Canal não noticiou. Uma tristeza. Siga.
(porque é um canal de fretes, apesar de o FC Porto não ser o clube da cidade do Porto), não transmite esta notícia. Porquê?
sem espinhas, no Expresso.
Já que na terra dele o ignoram (lembrei-me logo da “pátria que vos foi ingrata“, de Vieira), aproveite-o Lisboa, depois da nega do 17.º Patriarca.
“Feijóo quer reunir-se com Sánchez para que viabilize o seu Governo em Espanha“. Assim, não: “Durão Barroso vai casar em jJulho“.
uma política externa digna de um regime totalitário não é suficiente. Netanyahu e os seus extermistas querem acabar com a separação dos poderes. E estão a consegui-lo.
CH obrigado a reintegrar José Dias, militante e fundador do partido, expulso por invocar o santo nome do Bolsonaro da Wish em vão.
“O STOP e a cidade que queremos construir“, artigo aberto, no Público.
vem a Portugal com o Al-Nassr inaugurar um centro de alto rendimento. Triste.
“O Mundo a seus pés” é um podcast do Expresso que merece ser ouvido. O último episódio foi sobre a “iliberal” Polónia.
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