Recentemente, à falta de melhor assunto, um jornal português que se publica na Bélgica e em França, deu à estampa uma entrevista do fatal José Cesário, de novo Secretário de Estado das Comunidades, apesar da sua reconhecida incompetência
Disse o governante que vão fechar vários consulados e embaixadas, e vai ser drasticamente reduzido o número de professores de Português no estrangeiro. Choveu no molhado, já que os portugueses expatriados estão fartos de saber que o governo é uma tesoura: vai tudo a eito e quem vier atrás que se dane. É, à direita, aquilo que o Partido Comunista foi nos idos de 1974/75: bota-abaixo, não deixando pedra sobre pedra, afirmando que sobre os escombros iria fazer um país novo. Nessa altura, os patriotas puseram termo à aventura.
Creio que toda a gente sabe e percebe o que penso a respeito dos professores da nossa comunidade. Mas repito: como nunca foram pagos pelo estado português, não lhe devem obediência nem obrigação. Continuem a ter as vossas escolas, como até agora, trabalhem bem, encham-se de brio, sejam uma referência para os pais que querem o melhor para os filhos. E mandem bugiar os arrivistas. Os senhores professores são cidadãos livres a viver num país livre. Está tudo dito.
Interessante, na referida entrevista, o silêncio de Cesário acerca da infâmia que se passou com a greve dos consulados na Suíça. Apesar de todas as tentativas e diligências, os representantes dos trabalhadores não conseguiram falar com o Ministro Paulo Portas nem com Cesário, criaturas que vivem em aviões,num sacrifício viajeiro que tem sido de um enorme utilidade para Portugal, como se sabe. Quando os trabalhadores consulares já não tinham reservas financeiras, estando portanto a passar mal com as famílias, tiveram de render-se. Foi então que o MNE saíu do silêncio e mandou a cada trabalhador um ofício dando-lhe conta de terem sido descontados os salários, restando um saldo de 98 euros!!!! Isto é de uma cobardia, de uma vileza, de uma baixeza sem tamanho. Devem ter aprendido isto na escola do ditador que atirou ao desemprego o cônsul Aristides Sousa Mendes pelo crime de ter salvado da morte milhares de judeus.
Dizem-se democratas, até se gabam de ser católicos praticantes, mas estas acções destapam toda a sua hipocrisia.
Fernanda Leitão
Se a Senhora que faz este comentário (blog?), Fernanda Leitão, salvo erro e omissão, diz que, e passo a citar “os patriotas puseram termo à aventura – Partido Comunista – Bota abaixo nos idos de 74/75”, então a Senhora está no País que merece, com os políticos que merece, com a crise que merece, e deixe-se de dizer asneiras e por favor, quando comentar algo, informe-se bem do que ouviu, viu ou leu, para que não caia na tentação de borrar a pintura com tanta tinta negra. Ah é verdade, deixe os comunistas em paz! Levaram muita porrada na ditadura Salazarista (talvez nem saiba o que isso foi!), e agora já estão de “saco” cheio! De porrada e de asneiras. Para a próxima, use bem o seu VOTO! É muito melhor do que estar para aqui a postar “postas de pescada podre”!
Antes de mais, obrigado por ser leitora do LusoJornal. É para nós uma honra saber que nos lê do outro lado do Atlântico.
Na entrevista feita a José Cesário, o LusoJornal não abordou a questão dos funcionários consulares na Suíça, porque não temos edição naquele país.
A questão do ensino é importante para nós, porque estão aqui 120 professores pagos pelo Instituto Camões a ensinar os nossos filhos. Por isso, esta questão tinha de ser abordada.
Apenas me preocupa que diga, no inicio do seu post “à falta de melhor assunto”. Se a opinião dos nossos Governantes não é importante, então o que será?
O LusoJornal é um órgão de informação independente e, se nos lê regularmente, saberá que está muito próximo das Comunidades que o lêm. Damos a informação e deixamos aos nossos leitores a liberdade de tirarem, eles próprios, as suas conclusões. Não temos por prática comentar a atualidade (aliás o Diretor nem publica editorial – até porque não necessita de tribuna) porque consideramos que os nossos leitores são suficientemente adultos para analizarem a atualidade política.
Por isso respeitamos a sua opinião, evidentemente, sobre as resposta (e silêncios) do Secretário de Estado.
Cumprimentos desde Paris
Carlos Pereira
Diretor do LusoJornal
http://www.lusojornal.com