Dedicado ao local onde vivo

O Aventar tem sido um espaço onde, com a ignorância dos não profissionais, tenho procurado pensar a política no seu sentido mais nobre. Não vivo da política, nem vivo para a política. Entendo a política no seu sentido mais nobre como a gestão da coisa pública, como a organização, feita pelos cidadãos, do colectivo e não apenas como a gestão dos interesses privados ou até dos interesses dos partidos.

E entendo que esta atenção sobre a política faz ainda mais sentido quando olhamos para a nossa realidade, para a nossa terra, para o nosso cantinho. Vem daí a minha insistência em trazer para o Aventar a realidade de Vila Nova de Gaia, o meu cantinho. Não falo, nem escrevo sobre Vila Nova de Gaia desde Viana do Castelo ou desde Lisboa, nem tão pouco da rua Guerra Junqueira.

Não falo como adepto do partido A ou do partido B  – aliás continuo a não entender a existência de ultras na política: esses adeptos incondicionais, que seguem o seu partido para todo o lado, ainda que esteja evidente aos olhos de todos a estupidez das suas escolhas. Basta pensar, por exemplo, nos defensores de Relvas que estão sentados hoje no Parlamento para encontrar exemplos desses ULTRAS, que saltam de tacho em tacho, atrás sabe-se lá do quê!

E a análise da realidade partidária, em Gaia, mostra uma confusão em torno do poder – bastou o Presidente sair para se perceber o quanto o partido está unido em torno de um projecto. Aliás, a união do PSD de Gaia em torno de um projecto só encontra paralelo na união em torno do Governo: Guilherme Aguiar, Marco António, Mário Fontemanha e Firmino Pereira foram (são ainda?) possíveis candidatos a Vila Nova de Gaia.

Obviamente, a dificuldade do PSD em ter um candidato (creio que  o PSD de Gaia ainda não tem candidato) resulta apenas da luta pelos tachos e não da disputa de ideias para o concelho porque essas começaram e terminaram com o Menezes, que bem ou mal, tinha uma ideia para Gaia. Ao que parece, quem se segue é que não tem ideia nenhuma para nada, que não seja apenas ser um ULTRA. Sabemos todos, os que vivem e são de Gaia, que o PSD de Gaia está com o Guilherme Aguiar e por isso não há, ninguém, da sociedade civil que apareça da dar a cara pelo possível candidato ULTRA. Aliás, caro leitor, encontrei, esta semana, Presidentes da Junta de Freguesia que não me souberam dizer o nome do candidato do PSD. Se, a isto se juntar a penalização que o eleitorado vai fazer do próprio governo, o pânico na máquina do candidato ULTRA é total e só a certeza da derrota leva a interpretações romanceadas de entrevistas.

Eu percebo o teu papel meu caro amigo e percebo o isolamento da máquina profissional, que, na ausência do PSD real, tem necessidade de se mostrar viva, mas felizmente, o papel do PSD, em Gaia, terminou!

Comments

  1. A minha dúvida – apenas no que toca a Gaia pois na questão dos “ultra” na política, naqueles que olham para o partido como se fosse um clube de futebol, só nessa parte repito, concordo contigo – é se acreditas mesmo no que escreveste. O candidato que o PSD (e não só) escolheu é um independente, chama-se Carlos Abreu Amorim. Um (?) presidente de Junta não sabia o seu nome? Ó meu caro, cuidado, não faças dos presidentes de junta burros, que é coisa que o não são. Podem ser, positivamente, manhosos. Mas burros não são.
    Quanto ao mais, dia 29 de setembro, o Povo de Gaia decidirá e cheira-me que dia 30 será boa data para uma janta. Paga quem ganhar. Ou seja, vou ter de te pagar um jantar. Com muito gosto e prazer.

    • nightwishpt says:

      Independente só porque não quer pagar as cotas, porque de resto não tem nada.

    • Oi,
      se eu acredito? No que diz respeito a quem, ao candidato do PSD? Mas tens alguma dúvida? Quanto aos tais ultras, tens dois exemplos juntinhos na mesma candidatura: o candidato e o filho do outro, um daqueles que nunca trabalhou, que nunca fez nada na vida e que vive à custa de ter sido filho de quem é. São dois exemplos acabadinhos do que não deveria ser a política. Independente? Mas, estás a brincar? Um tipo que se coloca ao lado do Relvas como ele se coloca???!!! Quanto ao Presidente, eu disse que eram burros? Antes pelo contrário – fiz um elogio porque a verdade é que não sabem eles, nem ninguém! Quanto ao jantar, podemos acertar isso, claro e até podemos convidar o teu candidato a quem terei todo o gosto em pagar um almoço aqui em Gaia, assim como assim, sempre fica a conhecer alguma coisa deste lado do rio…

      JP

  2. Por fim, caro JP, realmente o Carlos não é de Gaia. É do Porto. Mas, como bem recorda hoje o Luís no JN, também Menezes não era nem é de Gaia mas, usando as palavras do teu candidato, fez um excelente trabalho…

    E, já agora, explica-lhe que os livros do 1º ciclo não são brindes. Os brindes, esses, quando muito, pode encontrar no bolo rei ou num qualquer jornal. Um abraço.

    • João Paulo says:

      Que Luís? O tal? Por favor… Para exemplo e argumento seria importante trazer gente que tenha trabalhado, que tenha feito alguma coisa na vida para além de militar numa jota, ok?
      Ser de Gaia não é, claro, só por si uma vantagem. Claro. Agora, ser do Manuel Monteiro e do Passos, de Braga e do Porto, depois de Viana, para ir a Lisboa, Bruxelas e agora, porque não havia mais ninguém, ser de Gaia é que não…

      E quanto ao tal Luís, podes sempre perguntar o que tem ele a dizer sobre a dívida do Pai aqui na terra… Algo do tipo 4-1. Talvez ele perceba…

      JP

  3. Lidia Sousa says:

    No dia 16 de Maro de 2013 5 15:01, Aventar

  4. Perfeitamente de acordo . O mal são os ultras , os fanáticos que os encaminham para o o seguidismo cego e obsceno , que leva ao Abuso de Poder e à Corrupção .

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