Um filhodaputa nacional é um filhodaputa pior do que os outros
Estava escrito nas estrelas: se cada ataque a uma mesquita é uma medalha no peito dos três canalhas franceses que mataram no Charlie Hebdo, e portanto um acto de alguém que fica abaixo do nível deles porque ainda por cima lhes faz fretes, os nossos filhosdaputa não iam descansar enquanto não fizessem das suas:
O ataque à Mesquita de Lisboa tem um detalhe muito luso: a ignorância. Em 1143 não se fundou Portugal, que o parto já vinha de
traz trás e foi arrastado, e mesmo dando importância a um tratado que nem existiu teria sido assinado com o primo do Afonso Henriques, coisa de católicos, não tem nada que ver com mouros.
É no que dá umas décadas de historiografia fascista, que ainda não se apagaram.
Continuem a misturar os wahabitas, uma seita minoritária dentro do islamismo, com todos os muçulmanos, e quando acordarem depois de uma noite de cristal queixem-se.
Via 31 da Armada, nem toda a direita portuguesa é estúpida, não senhor.
Adenda: “Ironia é vandalizar uma mesquita usando numeração árabe” – da página Yronicamente, Facebook.
No País dos Papa-Charlies
“Santa Paciência… todos nós aqui temos que ter para fazer humor em Portugal“.
No país dos indignados onde, como diz Bruno Nogueira hoje – “não há um único programa de humor nas televisões generalistas sobre política” – toda a gente clama ser “Charlie”, vão poucos anos (1987) sobre a censura explícita ao programa “Humor de Perdição“, de Herman José. Depois de uma “entrevista histórica” à rainha Santa Isabel, o programa foi tirado da antena: uns quantos bois haviam-se queixado à RTP que não podia ser, isto de andar a gozar com personagens históricas, não pode ser. E o programa foi cancelado.
Claro, há que relativizar, o tempo passa e a mentalidade muda. Devem ter sido outras as razões para que o Contra Informação também tenha desaparecido da tv em sinal aberto.
No alvo
Um texto certeiro, e o que se pede aos textos neste momento é que acertem no pior dos alvos: a islamofobia.
Morte de Fidel Castro?
Esta notícia do Diário de Cuba deixa em aberto a possibilidade do anúncio oficial da morte de Fidel Castro. Notícia a confirmar. (Via Bruxelas)
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