Uma rádio portuguesa, com certeza

TSF

Segundo uma rádio portuguesa, a página do Bloco de Esquerda publicou a carta aberta escrita por Alexis Tsipras, traduzida por um “blogue português”. Ora, para quem não souber, o “blogue português” referido pela rádio portuguesa é o AVENTAR. A-V-E-N-T-A-R. Exactamente: o Aventar.

Não percebo o motivo de a rádio portuguesa não ter dito que a página de um “partido português” tinha publicado uma tradução de um “blogue português”. Ou somos todos portugueses, ou há moralidade.

Agora, vamos ao *Handesblatt.

Em primeiro lugar, não é Handesblatt, é Handelsblatt. H-A-N-D-E-L-S-B-L-A-T-T. Se, na rádio portuguesa, lerem com atenção a tradução feita pelo “blogue português”, perceberão.

Cito:

A maior parte de vós, caros leitores do Handelsblatt.

Em segundo lugar, registo o facto de a rádio portuguesa referir — sem grande êxito, como se percebeu — o nome do jornal alemão e de não mencionar o nome do “blogue português”.

Como não sou mal-educado, ficai a saber que a rádio portuguesa que não menciona o nome do “blogue português” é a TSF.

Lamentável, lamentável, lamentável.

Vergonhoso, vergonhoso, vergonhoso.

Actualização (31/01/2015): Entretanto, a TSF retractou-se. Causa finita est.

tsf retractação

Quem lhe desse com um sétimo selo de salomão no codex…

José Silva

Eu sei que é requentado e que deve ser aplicado o desconto de estar ultra editado, mas para quem, como eu, ainda não tinha tido o privilégio de ouver com os seus próprios ouvolhos, aqui fica um momento circense de primeira água! Será que o orelhas anda a investir na criação de um novo estilo jornalístico – o mirábolo-jornalismo histérico-engajado – inspirado na sua ficção de pacotilha?! Que dados lhe permitem afirmar que a maioria dos gregos faz declarações fraudulentas de impostos? Ou que “muitos” dos cidadãos – que é como quem diz, o grego comum – que passa à frente da casa do ministro da defesa são paralíticos? E que “muitos” taxistas – que é como quem diz, o comum dos profissionais do ramo – subornaram médicos para terem subsídios de cegueira? E a tibieza jornalística da incrível história dos pinguins homicidas (os gregos) e das focas leopardo predadoras (o resto da europa)? E a rigorosíssima asserção jornalística de que aquilo que os gregos querem é viver como antes da austeridade e que a Europa lhes pague os vícios? E onde está o estado de necessidade para a segurança das pessoas e o interesse público que pudesse fundamentar deontologicamente o recurso à câmara oculta no hospital onde não foi autorizado a filmar? A Comissão da Carteira e a ERC andam a dormir? A embaixada grega nada diz?

Agendas ideológicas e mau jornalismo: José Rodrigues dos Santos exposed

Videomontagem@TV em Directo

Extremismo, piscinas, a pequena corrupção, os paralíticos que não são paralíticos, as generalizações abusivas, pinguins, focas-leopardo e um jornalista experiente que aparentemente se esqueceu do significado da palavra “isenção”. Só lhe faltaram os unicórnios. Jornalistas de referência com agendas ideológicas, financiados pelos nossos impostos, são um insulto aos valores da imprensa livre e um insulto ainda maior aos portugueses que recebem informação falseada e distorcida. O video em cima ilustra na perfeição o que acabo de escrever.

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Criar & Criticar

yanis_ministerCarlos Roque

A enorme diferença entre o Syriza e as oposições que se babam com a sua estrondosa vitória por esse mundo fora é um detalhe de marketing: o partido grego tem um produto – um programa criativo que fez sonhar o eleitor – e elas não têm nenhum.
Isto das eleições rege-se pelas mesmas regras do mercado: é preciso vender. E, para vender, ou temos reconhecidamente um excelente produto ou, pelo menos, temos de fazer parecer muito bom o produto que temos. E, no panorama global das oposições, o que vemos? Criticar. Dizer mal, pura e simplesmente, e só, de cada acção dos governos – o produto dos outros – e perder paulatinamente uma excelente oportunidade de, ao fazê-lo, mostrar uma alternativa aliciante, o seu bom produto, e ganhar uns pontos de simpatia e de vontade de comprar de quem vota. [Read more…]

Orthodox Connection

O Paulo Rangel, na “prova dos nove”, parecia uma personagem saída de um desses romances esotéricos que por aí andam. Nunca li mas, pelos títulos, talvez um daqueles do José Rodrigues dos Santos

Se fossem bardamerda era pouco

Vai Obama prestar vassalagem ao país que é cérebro, coração, pulmão, pernas, os braços eles pagam, do terrorismo internacional, e o problema é a esposa mostrar o cabelo.

Retrovisores analíticos

A rodada geral de debates e comentários dos programas televisivos de ontem foi bizarra. A maioria dos comentadores do auto-designado “arco da governação”, sobretudo os da direita reinante (com as duas excepções conhecidas), encheram as velas com o que pensam ser os ventos de feição e aí vai disto. Esmeraram-se nos adjectivos e atacaram forte e feio.

Notem que não duvido da complexidade da situação da Grécia, da seriedade dos problemas que ela encerra e do interesse em os discutir. Mas permito-me chamar a atenção para o que tem sido uma tónica destes ataques: tenta-se atribuir ao governo agora eleito todos os alegados vícios de que o país enferma e todos os erros cometidos nos anos anteriores como acontece nas tragédias clássicas gregas, em que os sucessores são amaldiçoados com os pecados dos antepassados, numa trama que se dirige ao fatal desenlace sem que nada o possa impedir. Ora, quem governou a Grécia nos anos anteriores foram os “partidos irmãos” dos partidos dos nossos assanhados comentadores! A Grécia afundou-se na má governação, vigarices e e expedientes dos seus partidos de direita e de centro-direita, assistidos pelo Goldman Sachs. E, frequentemente, com a tolerância silenciosa ou mesmo cumplicidade dos que agora tanto se agitam.
Passaram quatro dias sobre a eleição e já há quem pergunte se o governo delas saído já resolveu todos os problemas da Grécia.
Corja de seráficos hipócritas, galinhas que cacarejam histéricas cada vez que uma ave quer voar alto.

Privatização do José Rodrigues dos Santos, já!