Christine Lagarde, a poderosa líder do FMI que tem nas mãos o poder de vergar nações, foi condenada pela justiça francesa por negligência, num processo que remonta ao tempo em que era ministra das Finanças de Nicolas Sarkozy, e que previa uma moldura penal correspondente a um ano de prisão e uma multa de 15 mil euros. Em tribunal ficou provado que a conduta negligente de Lagarde custou 404 milhões de euros aos cofres franceses, porém, como é previsível neste tipo de casos, o poder sobrepõe-se à justiça e a directora do FMI, apesar de condenada, não foi alvo de qualquer tipo de sanção. Como é belo, o admirável mundo da imunidade absoluta das elites.
O caso, que diz respeito à venda da Adidas ao Credit Lyonnais por Tapie, e que se arrastava desde meados da década de 90, conheceu o seu desfecho em 2008, pouco depois de o empresário, militante do partido de centro-esquerda Parti Radical de Gauche, e que inclusivamente exerceu funções governativas no segundo mandato do socialista François Mitterrand, ter apoiado publicamente Nicolas Sarkozy na corrida de 2007 ao Eliseu. Qualquer tentativa de relacionar a deriva conservadora-liberal-democrata-cristã de Bernard Tapie com o desfecho deste caso, com a chancela da antiga ministra das Finanças de Sarkozy, pertence ao campo das teorias conspirativas. O historial de Tapie fala por si.
O FMI, pois claro, já reiterou a sua confiança na líder. Se ainda tivesse feito um frete à Grécia, compreendia-se a necessidade de saneamento. Agora um favorzito de 404 milhões de euros a um tipo de “esquerda” que até apoiou o seu partido no ano em que venceram as presidenciais francesas é algo que os mercenários do Fundo não só compreendem como saúdam. Faz parte do jogo.
Imunidade = Impunidade ?
talvez as “elites” fiquem descansadas,quando os refugiados,emigrantes,desempregados,terroristas,as mais variadas raças…começarem a forçar os portões dos condominios fechados onde vivem.
“…começarem a forçar os portões dos condominios fechados onde vivem.”
Nessa altura lembrar-se-ão que ao longo da História muitas revoluções começaram assim.
Jurarão arrependimento profundo e promessas de um novo rumo, como se o povo cansado de tanta humilhação estivesse na disposição de ouvi-los.
Por isso é que ela foi para o FMI, e renovou o cargo por mais um mandato, assim estava a salvo de qualquer “mesquinharia”.
Ela é uma antiga ginasta aquática olímpica. E continua no Olimpo.